Com o aumento na expectativa de vida da populaç...com o aumento na expectativa de vida da população mundial é esperado um aumento significativo na incidência de doenças no sistema nervoso central (snc) no século 21[1,2]. dentre estas, as doenças degenerativas tem sido um grande desafio para a clínica médica e estratégias de tratamento eficazes para essas doenças são limitadas atualmente. ao contrário do que se acreditava, hoje é reconhecido que as doenças neurodegenerativas, tais como doença de alzheimer, parkinson e huntington, podem ser de natureza multisistêmica e isso representa enormes dificuldades para o tratamento potencial das mesmas[3]. a diminuição gradual da função neuronal, muitas vezes acompanhada pela morte neuronal nestas doenças é provocada por uma cascata de múltiplos eventos deletérios moleculares e celulares e não por um simples fator patogênico[1,2]. doenças como a de alzheimer é caracterizada por altos níveis de estresse oxidativo no cérebro e acúmulo anormal de metais (fe e cu) no sistema nervoso. desta maneira, compostos antioxidantes e quelantes de metais são uma promissora fonte de novos fármacos para o tratamento desta doença. nos últimos anos houve um crescente reconhecimento do papel da neuroinflamação na patogênese de doenças como a de parkinson[4,5]. sendo assim, parece que terapias anti-inflamatórias seriam benéficas para o tratamento de indivíduios com a doença de parkinson e portanto, o controle da inflamação ou da resposta imune pode ser um passo importante para proteger os neurônios dopaminérgicos nesta doença. o tratamento mais comum do parkinson envolve a administração pela via oral de precursores de dopamina, como a levodopa, e embora os sintomas desapareçam, este tratamento é ineficaz ao longo do tempo. no entanto, mesmo assim, a maioria dessas substâncias não atinge o cérebro de uma forma completa e são, em vez disso, totalmente ou parcialmente metabolizadas pelo fígado[4]. compostos organoselênio são classes de compostos que tem sido descritos na literatura como compostos tanto capazes de inibir a enzima acetilcolinesterase quanto capazes de agirem como espécies antioxidantes no combate ao estresse oxidativo.[5] durante as últimas décadas, os compostos orgânicos de selênio vêm atraindo considerável atenção devido à descoberta de selenoproteínas, inicialmente encontradas em bactérias[6] e posteriormente em mamíferos[7]. tais proteínas estão envolvidas em uma série de processos fisiológicos, como no sistema antioxidante, na produção do hormônio da tireóide, no sistema imunológico e reprodutor, dentre outros[8]. uma das descobertas mais expressivas demonstrou que o selênio desempenha papel fundamental na atividade da enzima glutationa peroxidase (gpx), a qual apresenta atividade antioxidante, protegendo o organismo do estresse oxidativo. este processo é de extrema importância uma vez que o estresse oxidativo pode desencadear uma série de doenças neurodegenerativas, como envelhecimento precoce, mal de parkinson e alzheimer[9]. desta forma, os objetivos deste projeto são o desenvolvimento de novos fármacos contendo átomos de selênio em sua estrutura, voltados ao tratamento de doenças degenerativas e a avaliação quanto a sua atividade farmacológica e farmocinética. além disso, será avaliado o efeito potencial agudo e crônico destes novos fármacos em ratos wistar.