
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Ciências da Educação
Departamento: Metodologia de Ensino/MEN
Dimensão Institucional: Pesquisa
Dimensão ODS: Social
Tipo do Documento: Projeto de Pesquisa
Título: GINÁSTICA BRINCANTE: UMA PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL
Coordenador
- ANDRIZE RAMIRES COSTA
Participante
- ANDRIZE RAMIRES COSTA (Di)
- GABRIELI MAZZUCO PRAVATO
Conteúdo
A legislação da educação brasileira estabelece ...a legislação da educação brasileira estabelece a educação básica em três níveis de ensino: a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio. a educação infantil (ei), sendo o foco do nosso estudo, refere-se, segundo a lei de diretrizes e bases da educação nacional – lei 9394/96, à primeira etapa da educação básica, a qual é ofertada em creches e pré-escolas, com a finalidade de proporcionar condições para o desenvolvimento integral de crianças de zero a cinco anos de idade (brasil, 2020).
assim, representa um tempo e espaço de descobertas e de ampliação das experiências individuais, culturais, sociais e educativas, através da inserção da criança em ambientes distintos dos da família.
nessa etapa de ensino, o corpo da criança ganha centralidade, pois é a partir dele que ela irá se comunicar com o mundo, com os outros e consigo mesma (kunz, 2007).
deste modo, o papel que a educação física (ef) exerce nesse processo é muito importante, pois tem a capacidade de proporcionar a criança uma diversidade de experiências através de situações nas quais possam criar, inventar, descobrir movimentos novos, reelaborar conceitos e ideias sobre o movimento e suas ações. a ef enquanto uma prática pedagógica, tem a possibilidade de proporcionar às crianças amplitudes de conhecimentos oriundos de uma cultura de movimento. a base nacional comum curricular (bncc) tematiza suas práticas corporais em suas diversas formas de codificação e significação social, entendidas como manifestações das possibilidades expressivas dos sujeitos, produzidas por diversos grupos sociais no decorrer da história, entre elas os jogos e brincadeiras; a dança; os esportes; a ginástica; e as práticas corporais de aventuras (brasil, 2017).
logo, dentre os conteúdos que a ef aborda, a ginástica é um eixo importante a ser desenvolvido durante esse processo de ensino e aprendizagem na primeira infância. visto ser uma prática que possui um potencial educativo deslumbrante, dada a multiplicidade de elementos e manifestações que esta comporta, assim como a sua capacidade para estimular e desafiar a criança no ambiente educacional (gaio; góis; batista, 2010).
no entanto, apesar de ser uma manifestação que propicia inúmeros benefícios no desenvolvimento de crianças e jovens, a ginástica ainda é uma prática pouco desenvolvida no contexto escolar e pré-escolar (ayoub, 2004; schiavon; nista-piccolo, 2007). isso decorre a múltiplos fatores (falta de infraestrutura; falta de materiais; preconceito quanto à dificuldade de seus movimentos; e principalmente pelo desconhecimento por parte dos professores), sendo o último atribuído à precária formação inicial na área, e à falta de estudos que contemplem esta manifestação no contexto escolar e, mais propriamente dito, na ei.
apesar dos avanços em a ef ter se tornado efetivamente um componente curricular obrigatório na educação básica, ainda não existem leis específicas que determinem quem deve ministrar essas aulas, deixando assim uma lacuna a ser preenchida. por não existir essa legitimidade, muitos cursos de graduação em ef acabam não priorizando a ei em sua grade curricular, tornando a formação desses professores defasada e insuficiente (pinto, 2001).
portanto, muitos professores e professoras optando por retirar a ginástica de suas aulas, justamente por não terem adquirido conhecimentos necessários em sua formação inicial ou posteriormente a ela. ademais, quando há o desenvolvimento dessa prática, estas acabam sendo ensinadas por metodologias que não contemplam o mundo vivido da criança, orientadas a partir de atividades fechadas, com movimentos padronizados e técnicas rígidas. resultando, portanto, em uma prática engessada e padronizada, o que se torna desinteressante e frustrante para as crianças pequenas (nunomura; tsukamoto, 2009).
a criança enquanto um ser brincante, para quem a brincadeira significa seu modo de viver, dialogar e sobreviver no mundo de maneira livre e espontânea (costa, 2017), quando lhe são impostas atividades totalmente direcionadas, e com início e fim determinado, estas acabam não atendendo seu mundo, e por sua vez colaboram para a inibição de sua autonomia, criatividade, liberdade e imaginação, tornando-a mera reprodutora de movimentos. elas necessitam da exploração de possibilidades, de descoberta de si e do outro, dos objetos que a rodeiam, da criatividade, imaginação e autonomia.
portanto, o cenário no qual vem sendo desenvolvida a formação inicial dos professores de ef para atuarem na ei no que tange os conhecimentos gímnicos se mostra preocupante, tanto para o desenvolvimento docente, quanto para o processo de ensino e aprendizagem das crianças pequenas, e este precisa ser urgentemente repensado e refletido.
objetivo geral:
o presente estudo busca propor ações de formação continuada aos professores e professoras de ef que atuam na ei do município deflorianópolis/sc voltadas a perspectiva de uma ginástica brincante.
objetivos específicos:
- identificar os conhecimentos e experiencias dos professores de ef com as práticas gímnicas;
- reconhecer as dificuldades enfrentadas pelo corpo docente para atuarem na ei com o ensino e aprendizagem da ginástica;
- conhecer e refletir como a ginástica se manifesta nas aulas de ef na ei;
- planejar e vivenciar experiências formadoras no contexto das práticas gímnicas, buscando superar a dicotomia entre a ginástica e a escola nessa etapa educacional.
justificativa:
este estudo se justifica por buscar atenuar lacunas existentes no ensino e aprendizagem da ginástica na ei, tendo em vista a escassez de estudos que contemplem esta prática no contexto pré-escolar. algo que pode ser observado no estudo de oliveira, lopes e nobre (2019), que ao analisarem as publicações dos anais do fórum internacional de ginástica para todos, do ano de 2001 a 2018, perceberam que apenas 3% das publicações relacionam-se ao desenvolvimento das práticas gímnicas com crianças pequenas, e a maioria desses estavam atribuídos a relatos de experiência.
logo, essa ampliação da literatura acerca da ginástica com crianças pequenas, além de contemplar uma prática mais significativa para o ensino aprendizagem na ei, tem a possibilidade de embasar a formação dos futuros profissionais atuantes na área, como também de auxiliar na docência dos professores que já estão inseridos neste contexto, assim ampliando novas perspectivas de transformação da ginástica no contexto pré-escolar.
Índice de Shannon: 0.362908
Índice de Gini: 0.0721795
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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ODS Predominates


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