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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Ciências da Saúde

Departamento: Ciências Farmacêuticas/CIF

Dimensão Institucional: Pesquisa

Dimensão ODS: Social

Tipo do Documento: Projeto de Pesquisa

Título: SISTEMAS COAMORFOS INOVADORES PREPARADOS COM FÁRMACOS ANTIRRETROVIRAIS VISANDO À MELHORIA DO SEU PERFIL DE DISSOLUÇÃO E A ASSOCIAÇÃO EM DOSES FIXAS COMBINADAS

Coordenador
  • HELLEN KARINE STULZER KOERICH
Participante
  • BIANCA RAMOS PEZZINI (D)
  • GIOVANA CAROLINA BAZZO (D)
  • HELLEN KARINE STULZER KOERICH (D)

Conteúdo

Para fármacos administrados por via oral a diss...para fármacos administrados por via oral a dissolução nos fluidos gastro-intestinais é um dos principais pré-requisitos para que ocorra a absorção e, consequentemente, o efeito terapêutico. no entanto, muitos fármacos utilizados atualmente apresentam baixa solubilidade aquosa, podendo ter a sua biodisponibilidade oral prejudicada, como é o caso do ritonavir e do atazanavir, fármacos antirretrovirais empregados no tratamento da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (hiv) (laitinen et al., 2017). de acordo com o boletim epidemiológico publicado pelo ministério da saúde, de 2007 até junho de 2017 foram notificados 194.217 casos de infecção pelo hiv no brasil. a infecção pelo hiv faz parte da lista nacional de notificação compulsória de doenças (portaria nº 204, de 17 de fevereiro de 2016); assim, na ocorrência de casos de infecção pelo hiv, estes devem ser reportados às autoridades de saúde. no entanto, o próprio ministério da saúde ressalta que a notificação compulsória da infecção pelo hiv é muito recente, o que impede uma análise epidemiológica rigorosa com relação às tendências da infecção no brasil. de qualquer forma, a cada ano aumenta o número de portadores da doença e, consequentemente, de usuários dos medicamentos antirretrovirais (no ano de 2016, 38.090 novos casos foram registrados) (ministério da saúde, 2017). até julho de 2017 a combinação lopinavir/ritonavir (200 mg/50 mg) vinha sendo recomendada para o tratamento de adultos e crianças maiores de 12 anos de idade portadores de hiv e ainda é comercializada na forma de comprimidos de dose fixa combinada (kaletra®, abbvie farmacêutica ltda). no entanto, essa combinação vem sendo excluída dos principais protocolos internacionais em função da toxicidade, dos efeitos adversos e da posologia mais complexa (administração de 4 comprimidos em duas doses diárias). em uma nota informativa, publicada em julho de 2017, o “departamento de vigilância, prevenção e controle das infecções sexualmente transmissíveis, do hiv/aids e das hepatites virais”, ligado ao ministério da saúde, recomendou a substituição da associação lopinavir/ritonavir (200 mg/50 mg) por atazanavir/ritonavir (300 mg/100 mg), o qual deve ser administrado em dose única diária, seguindo o protocolo recomendado pela maioria dos países (ministério da saúde, 2017). ao contrário da associação lopinavir/ritonavir, ainda não existe disponível no brasil a combinação atazanavir/ritonavir em uma mesma forma farmacêutica, havendo a necessidade de administrar os dois medicamentos separadamente. recentemente tem crescido o interesse das indústrias farmacêuticas pelo desenvolvimento de formulações contendo dois ou mais ativos em doses fixas combinadas, assim como vem aumentando o número de especialidades disponíveis para comercialização. o emprego de formas farmacêuticas contendo doses fixas combinadas é especialmente útil no tratamento de doenças que requerem a administração de diversos medicamentos, como câncer, diabetes, desordens cardiovasculares e doenças infecciosas, como a causada pelo hiv (alhalaweh, bergström, taylor, 2016). outro ponto que também tem despertado o interesse das indústrias farmacêuticas e de grupos de pesquisa de diferentes universidades e institutos de pesquisa é o desenvolvimento de estratégias tecnológicas para aumentar a solubilidade aquosa e o perfil de dissolução de fármacos pouco solúveis em água. neste sentido, as dispersões sólidas, nas quais o fármaco é molecularmente disperso em um carreador polimérico amorfo, são os sistemas mais estudados. embora seja um sistema bastante útil para melhorar a solubilidade de fármacos pouco solúveis, as dispersões sólidas podem apresentar problemas de estabilidade física, especialmente na presença de umidade. a água pode atuar como plastificante e induzir a recristalização do sistema amorfo levando, consequentemente, a uma diminuição da velocidade de dissolução do fármaco após determinado período de armazenamento (petry et al., 2017). a obtenção de uma mistura de dois fármacos na forma amorfa (sistemas coamorfos) é uma estratégia promissora que vem sendo estudada recentemente, visando ao incremento da solubilidade aquosa e da taxa de dissolução de fármacos pouco solúveis, em substituição às dispersões sólidas. além de promover um aumento da solubilidade de ambos os fármacos, os sistemas coamorfos apresentam, normalmente, maior estabilidade física no que se refere à recristalização do que os fármacos isolados e também possibilitam a obtenção de formas farmacêuticas em doses fixas combinadas dos fármacos na forma coamorfa (alhalaweh, bergström, taylor, 2016). embora sejam sistemas inovadores e bastante promissores, poucos grupos de pesquisa têm se dedicado ao preparo e caracterização desses sistemas.

Índice de Shannon: 1.88076

Índice de Gini: 0.460747

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
1,39% 1,94% 73,08% 1,38% 1,44% 2,08% 1,39% 2,43% 2,98% 1,88% 2,01% 1,62% 1,38% 1,74% 1,41% 1,85%
ODS Predominates
ODS 3
ODS 1

1,39%

ODS 2

1,94%

ODS 3

73,08%

ODS 4

1,38%

ODS 5

1,44%

ODS 6

2,08%

ODS 7

1,39%

ODS 8

2,43%

ODS 9

2,98%

ODS 10

1,88%

ODS 11

2,01%

ODS 12

1,62%

ODS 13

1,38%

ODS 14

1,74%

ODS 15

1,41%

ODS 16

1,85%