
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Socioeconômico
Departamento: Ciências da Administração/CAD
Dimensão Institucional: Pesquisa
Dimensão ODS: Econômica
Tipo do Documento: Projeto de Pesquisa
Título: ANÁLISE DO SISTEMA NACIONAL DE INOVAÇÃO
Coordenador
- GABRIELA GONCALVES SILVEIRA FIATES
Participante
- GABRIELA GONCALVES SILVEIRA FIATES (D)
- LUIZ RICARDO DE SOUZA (Di)
- OMAR BARBOSA DE OLIVEIRA JUNIOR (Di)
- RAFAELA ESCOBAR BÜRGER
Conteúdo
No cenário atual de complexidade, no qual inúme...no cenário atual de complexidade, no qual inúmeras variáveis estruturantes e sistêmicas modificam-se continuamente afetando de forma simultânea umas às outras e às
organizações inseridas no sistema, uma postura inovativa tem se mostrado importante para o desenvolvimento de vantagens competitivas sustentáveis (fiates; fiates, 2008). de fato, desde
schumpeter (1934) a inovação tem sido associada ao desenvolvimento econômico, trazendo a tona a inconsistência empírica do ciclo estático proposto anteriormente pelo paradigma clássico.
no entanto, o processo inovativo não é uma ação individual da firma, mas sim fruto de ações coletivas, envolvendo múltiplos atores e desenvolvendo-se a partir das interações estabelecidas entre estes (edquist, 2007). freeman e soete (2008, p. 503) argumentam que “o ambiente nacional pode ter uma considerável influência para estimular, facilitar, retardar ou impedir as atividades inovativas das firmas”. nesse sentido, a busca pelo fortalecimento e promoção de sis é importante para que um país/local possa de forma articulada empreender ações que gradativamente permita desenvolver competências para solucionar os dilemas socioeconômicos existentes. para edquist (2005, p. 182), o conceito de sistemas de inovação pode ser compreendido como “os determinantes do processo inovativo, importantes fatores econômicos, sociais, políticos, organizacionais, institucionais e outros, que influenciam o desenvolvimento, difusão e uso de inovações”.
no entanto, não se pode presumir que o desenvolvimento da capacidade de atuar harmonicamente em um sistema com atores diversos seja algo fácil. nelson (1992) identificou e destacou papéis a serem desempenhados principalmente por três atores nos sni: as universidades, o governo e as empresas, traçando uma análise análoga à proposta por etkowitz e leydesdorff (2001) no modelo da tríplice hélice.
quanto às universidades, caberia o desenvolvimento de profissionais, além da realização de pesquisas tecnológicas e científicas. ao governo, caberia o direcionamento
de programas focados ao incentivo e fomento às atividades de p&d tanto nas universidades como nas organizações. e finalmente às empresas, caberia a maior parte do esforço em prol da inovação,
no sentido de se tornarem competitivas tanto interna, quanto externamente, se beneficiando, nesse quesito das interações desenvolvidas no sni.
segundo lundvall (2007), além dos atores e de seus papeis, outro elemento determinante para o sucesso de um sni é o processo de aprendizagem e o conhecimento resultante deste processo.
kretzer (2009) e pereira e dathein (2012) enfatizam inúmeros tipos de aprendizado:
learning-by-doing, leaning-by-operating, learning-by-changing, learning-by-training, learningby-hiring,
learning-by-searching; learning-by-using, learning-by-interacting, learning from
advances in science and technology, learning from inter-industry spillover; individual,
organizational and institutional learning; etc. lundvall (2005, 2007) aponta deficiências básicas da abordagem do sni. por um lado, existe a necessidade de adequação do conceito para a aplicação em países em desenvolvimento, por outro, o conceito, ao se concentrar na aprendizagem interativa pode negligenciar conflitos que dificultem a cultura cooperativa necessária a um ambiente de aprendizagem.
para melhor compreensão do fenômeno em torno dos sni em diferentes contextos, a organização para a cooperação e desenvolvimento econômico (ocde) empreendeu alguns estudos no escopo do projeto intitulado national innovation systems (nis), de 1995 a 2001, com o objetivo de gerar dados a partir de um modelo interativo de inovações e adicionalmente gerar recomendações
para o desenvolvimento de políticas públicas que possam criar mecanismos de articulação dos atores e fomento à inovação. durante este período inúmeras publicações foram desenvolvidas (ocde, 2001; 2002; 2005; 2011) sobre clusters industriais, redes e mobilidade de recursos humanos. além disso, foram desenvolvidos alguns relatórios destacando mudanças em termos de política de
inovação (oecd, 2002; 2005; 2013; 2015).
entretanto, ao final destes estudos, algumas questões permaneceram:
1. se as economias desenvolvidas estão se movendo em direção a um modelo dinâmico orientado à inovação, será que os atores em diferentes contextos agem de forma semelhante?
2. como ocorre a dinâmica institucional e organizacional nos arranjos de governança de sistema inovação?
3. qual o impacto do sni no sistema catarinense de inovação?
4. de que forma os si auxiliam as organizações a internacionalizarem?
5. de que forma as organizações desenvolvem capacidades dinamicas para inovar?
6. de que forma grandes organizações podem contribuir para o desenvolvimento de inovações em startups?
7. como as universidades podem contribuir para o desenvolvimento de competencias empreendedoras?
8. como é a relação entre as universidades e os si?
9. como potencializar o papel do estado nos si?
objetivos
o presente projeto tem por objetivo conhecer em profundidade o sistema nacional de inovação brasileiro, seus atores, seus processos, sua governança e seu desdobramento no sistema de inovação catarinense.
considerando a multiplicidade de atores, interesses, recursos e estratégias envolvidos nos sistemas de inovação, buscar-se-á alcançar neste projeto os seguintes objetivos específicos:
1. comprender os papeis desempenhados pelos atores em diferentes contextos socioeconômicos.
2. descrever a dinâmica institucional e organizacional nos arranjos de governança de sistema inovação.
3. descrever o impacto do sni no sistema catarinense de inovação.
4. analisar como os si auxiliam as organizações a internacionalizarem suas atividades.
5. descrever como as organizações desenvolvem capacidades dinamicas para inovar.
6. identificar estratégias e programas que promovem a contribuição de grandes organizações para o desenvolvimento de inovações em startups.
7. descrever como universidades podem contribuir para o desenvolvimento de competencias empreendedoras.
8. analisar como é a relação entre as universidades e os si.
9. identificar estratégias que possam potencializar o papel do estado nos si.
justificativa
a instabilidade política e a consequente necessidade da revisão das bases geradoras de valor para a economia nacional apresentam-se como um contexto de oportunidade para a elaboração e implementação de novos sistemas de inovação, nesse cenário a compreensão da dinâmica presente nesses sistemas e a possibilidade de contribuir do ponto de vista academico com o aprofundamento desta área de conhecimento e do ponto de vista prático para a identificação de possíveis caminhos alternativos para o desenvolvimento e consolidação dos si.
é importante considerar que tais sistemas devido a sua amplitude devem ser revestidos da visão estratégica que contemple em sua constituição o desenvolvimento sócio-histórico brasileiro e catarinense, por isso a relevância de um projeto que contemple uma análise sistêmica de todos os atores e demais fatores determinantes.
os países, em geral, têm usado uma diversidade de mecanismos para elevar o nível de inovação no âmbito de suas empresas, governos e, ultimamente, no segmento social, de forma a buscar/ desenvolver soluções criativas para as mais variadas demandas.
essa relação da inovação com o desenvolvimento tem se aprofundado devido ao contexto de globalização dos mercados, sociedade do conhecimento e acirramento da competitividade da empresarial que caracterizam os dias atuais. logo, o reconhecimento da necessidade de inovar parece ter chegado ao seu ápice, nesse sentido, a inovação parece ser condição inquestionável de uma nação em desenvolvimento.
frente a esse cenário, os governos de todos os níveis, em conjunto com o setor privado e demais organizações de suporte à inovação, têm buscado identificar elementos que possam favorecer o processo, ou mesmo gerenciá-lo, a fim de prover melhores padrões de desenvolvimento e bem-estar.
o brasil tem implementado deliberadamente políticas de c&t, posteriormente chamadas de políticas de inovação, desde os anos 1950. entretanto, como destaca dagnino (2007) a instituição científica, vista no passado como uma sociedade ideal, hoje constitui uma elite que se dissociada de demandas pragmáticas e viabilidade econômica.
nesse contexto, mazzzucato (2014) demonstra que a divisão entre o público e o privado na busca pela inovação se configura como na busca pela inovação se configura como um mito, pois inúmeras inovações,
bem como ambientes de promoção das mesmas são originárias do setor público, ou resultam da cooperação público-privada. por isso, compreender os sistemas de inovação se configura como um importante elemento para a projeção de melhorias e ajustes, permitindo reduzir obstáculos e otimizar resultados. sendo assim, identificar e compreender elementos que permitam às organizações melhorarem seu potencial inovador torna-se relevante academica e praticamente.
Índice de Shannon: 0.601798
Índice de Gini: 0.13189
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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ODS Predominates


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