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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Ciências Agrárias

Departamento: Aquicultura/AQI

Dimensão Institucional: Pesquisa

Dimensão ODS: Ambiental

Tipo do Documento: Projeto de Pesquisa

Título: A INVASÃO DO MEXILHÃO-DOURADO (LIMNOPERNA FORTUNEI) NOS RESERVATÓRIOS DAS USINAS HIDRELÉTRICAS DO ALTO RIO URUGUAI: EFEITOS COLATERAIS E MECANISMOS DE CONTROLE BIOLÓGICO

Coordenador
  • EVOY ZANIBONI FILHO, ALEX PIRES DE OLIVEIRA NUNER
Participante
  • ALEX PIRES DE OLIVEIRA NUNER (D)
  • CAROLINA ANTONIETA LOPES (Di)
  • CLAUDIA TASSO CALLIL
  • DAVID JOSE CAUME
  • EVOY ZANIBONI FILHO (D)
  • FELIPPE LUIZ DALPIAZ (Di)
  • GRAZIELA FAGUNDES MINATTO CARDOSO
  • JANAÍNA DOS SANTOS PEDRON
  • JOSE LUIZ PEDREIRA MOURINO (D)
  • JOSÉ VICTOR SAFADI FERRAREZI
  • JOSIANE RIBOLLI
  • JULIE CHRISTINE MARTINS
  • JURANDIR JOAQUIM BERNARDES JÚNIOR
  • KENNYA ADDAM GOMES SILVA (Di)
  • LAILA FREITAS OLIVEIRA DE ASSIS READ ALLSOP
  • LORENA PINHEIRO SILVA (Di)
  • LUAN RENATO DOS PASSOS AIRES (Di)
  • LUCAS GARBO MIGUEL
  • LUCIANO AUGUSTO WEISS (Di)
  • LÚVIA SOUZA DE SÁ
  • MARCOS CAIVANO PEDROSO DE ALBUQUERQUE (D)
  • MAURICIO LATERCA MARTINS (D)
  • MAURICIO MACHADO
  • MAURICIO MELLO PETRUCIO (D)
  • MICHELLE DAS NEVES LOPES (Di)
  • NEI KAVAGUICHI LEITE (D)
  • NUNO DE CAMPOS FILHO
  • OTAVIO RECHSTEINER MAGHELLY (Di)
  • PAULA BOSCHINI BELO
  • PAULA BRANDO DE MEDEIROS (Di)
  • PEDRO IACZINSKI
  • RENATA MARIA GUERESCHI
  • ROBSON ANDRADE RODRIGUES (D)
  • RONALDO DA SILVA
  • SAMARA HERMES SILVA
  • SARA RUTH DOS PASSOS
  • SÉRGIO LUIZ DE SOUZA
  • SOPHIA CASSOL
  • SUNSHINE DE AVILA SIMAS (Di)
  • SUNSHINE DE ÁVILA SIMAS
  • TAMIRIS HENRIQUE FERREIRA (Di)
  • VINICIUS MULLER BURATTO
  • VITOR HUGO MARIANO DE CAMPOS
  • YASMIN RODRIGUES DE SOUZA

Conteúdo

A existência de impactos ambientais e operacion...a existência de impactos ambientais e operacionais provocados pela invasão do mexilhão-dourado nos reservatórios de usinas hidrelétricas é uma realidade atual. os impactos negativos dessa invasão podem ser observados tanto na fauna nativa, na alteração do equilíbrio do ambiente com consequente comprometimento das funções e dos serviços ecossistêmicos, quanto nas unidades geradoras de usinas hidrelétricas, trazendo prejuízos econômicos. nesse contexto, pesquisadores e empresas privadas do brasil e do mundo têm buscado medidas de controle e erradicação do mexilhão-dourado. a busca por um controle biológico deste molusco invasor na fauna nativa, mais especificamente na ictiofauna, se destaca como uma solução eficiente e inovadora quando o foco são os reservatórios de hidrelétricas. esta poderá ser a solução para evitar os possíveis problemas decorrentes do uso de químicos ou de outros métodos de controle, que atualmente vêm sendo utilizados, e que geram impactos ainda desconhecidos ao ambiente. métodos de controle biológico são amplamente utilizados nos sistemas agrícolas buscando diminuir o uso de químicos, e visam diminuir a população da espécie invasora abaixo do limite de dano econômico. no entanto, seu uso relacionado à geração de energia elétrica no brasil ainda é inexistente. a identificação de um ou mais potenciais predadores do mexilhão-dourado possibilitará a redefinição de ações de manejo ambientalmente compatíveis buscando contornar a problemática da presença deste invasor nos reservatórios de hidrelétricas da região. dessa forma, os objetivos gerais deste projeto são: definir a situação da espécie invasora limnoperna fortunei em reservatórios de usinas hidrelétricas na região do alto rio uruguai; avaliar métodos biológicos para o controle da população de mexilhão-dourado; identificar outros organismos que apresentem potencial para o controle do mexilhão-dourado; identificar organismos associados ao mexilhão-dourado que possam atuar como vetor de zoonoses relacionadas à saúde pública. para alcançar os objetivos, o projeto foi organizado em seis etapas: 1. sistematização e consolidação de informações já existentes sobre o mexilhão-dourado. essas informações serão trabalhadas a partir de revisões bibliográficas e a organização de um evento técnico científico com a participação de especialistas no assunto, incluindo grupos nacionais e estrangeiros; 2. levantamento da distribuição do mexilhão-dourado nos reservatórios da região do alto rio uruguai. nessa etapa serão realizadas amostragens prévias em diferentes pontos de cinco reservatórios da região para identificar a presença do mexilhão-dourado e definir os ambientes que serão monitorados ao longo de um ano. o monitoramento de presença e quantificação do mexilhão dourado será realizado em diferentes pontos e, em conjunto serão realizadas análises de qualidade de água (análise biológica – fitoplâncton e zooplâncton; análise física – temperatura, radiação, entre outros; análise química – concentração de nutrientes e íons) buscando identificar possíveis fatores limitantes ao desenvolvimento do mexilhão-dourado na região. nesta etapa também será realizada a avaliação da parasitofauna do mexilhão-dourado visando identificar a existência de organismos que possam atuar no controle de sua população (análise de efeitos agudos e crônicos através da avaliação histológica dos tecidos dos animais parasitados), bem como identificar possíveis agentes causadores de doenças para os seres humanos. 3. avaliação do recrutamento do mexilhão-dourado. o recrutamento será avaliado através de amostragens com substratos artificiais em locais e períodos previamente determinados (testes realizados in situ) e testes em ambiente controlado para permitir a manipulação de fatores (principalmente relativos à qualidade de água) a serem realizados no laboratório de bioensaio (testes ex situ). 4. testes de eficiência da predação de espécies de peixes sobre o mexilhão-dourado. para esses testes serão selecionadas espécies previamente consideradas como predadoras de mexilhão-dourado através de revisão bibliográfica e/ou pela compilação de informações existentes. os testes serão realizados em aquários (espécie de peixe x mexilhão-dourado), para avaliar aspectos como intensidade de consumo, digestão do molusco e seletividade de predação das suas diferentes fases. esses testes serão realizados em distintas condições ambientais (variação da qualidade de água), permitindo definir a amplitude da variável ambiental que assegura a eficiência de determinada ação de controle. 5. testes com o biopesticida zequanox para o combate do mexilhão-dourado. o biopesticida zequanox produzido para o controle de duas espécies de moluscos invasores de diversos países do hemisfério norte, o mexilhão zebra dreissena polymorpha e do mexilhão quagga d. rostriformis bugensis, será testado neste projeto para o mexilhão-dourado, como uma promissora ferramenta de controle biológico desta espécie nos reservatórios brasileiros. os testes serão realizados em aquários (mexilhão-dourado + zequanox), buscando determinar fatores como a concentração do produto, o tempo de tratamento e a taxa de mortalidade, além de outros parâmetros, como os da qualidade da água que possam influenciar na eficiência do produto. os animais submetidos ao zequanox nas distintas concentrações serão avaliados para identificar o mecanismo de atuação do produto em doses letais e sub-letais (hematologia: alteração na composição sanguínea; imunologia: alteração no sistema de defesa do organismo; histologia: alteração na estrutura dos tecidos – brânquias, fígado entre outras). 6. como etapa final, será realizada uma análise de custo para as soluções identificadas (predadores e/ou biopesticida) e serão elaborados materiais para divulgação dos resultados obtidos, como artigos científicos, cartilhas educativas, webpages, vídeos de curta duração, tanto para a comunidade da região quanto para o meio científico. as informações sobre o efeito da presença do mexilhão-dourado sobre a fauna de peixes da bacia do alto rio uruguai poderá ser aplicada para outros reservatórios de usinas hidrelétricas com influência do mexilhão. além disso, a identificação de peixes que predam o mexilhão-dourado em suas diferentes fases de vida, e o entendimento do efeito desta predação sobre a espécie invasora na bacia do alto rio uruguai, são informações extremamente valiosas que poderão ser utilizadas para a definição de medidas de controle biológico, de desaceleração da dispersão deste molusco invasor e da mitigação dos seus impactos em outras bacias hidrográficas afetadas pela espécie. a identificação de parasitas do mexilhão-dourado trará informações importantes relacionadas tanto aos potenciais problemas à saúde pública quanto à descoberta de novos organismos com potencial para o controle biológico desta espécie invasora. a necessidade de controlar organismos invasores com maior eficiência e baixo custo, associado a um menor impacto ambiental e operacional, tem sido o principal motivo para que grupos de pesquisa se dediquem a esta problemática. nenhuma pesquisa até hoje desenvolvida com o mexilhão-dourado foi conclusiva, mas toda pesquisa é uma ponte que conduz a realização de novos estudos e descobertas. a região do alto rio uruguai ainda é carente em estudos com o mexilhão-dourado, seja sobre o impacto deste invasor sobre a fauna nativa ou mesmo sobre a geração de energia elétrica. o conhecimento obtido a partir deste projeto poderá auxiliar na melhoria de ações preventivas e corretivas relacionadas à presença deste molusco invasor nos reservatórios de hidrelétricas a partir do uso de técnicas ambientalmente compatíveis, permitindo a adoção de ações para o manejo integrado da conservação do meio ambiente e da geração de energia elétrica.

Índice de Shannon: 3.77575

Índice de Gini: 0.9142

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
3,10% 4,35% 7,65% 3,84% 3,16% 16,90% 7,60% 3,24% 5,51% 2,95% 4,99% 8,15% 3,98% 13,53% 6,54% 4,51%
ODS Predominates
ODS 6
ODS 1

3,10%

ODS 2

4,35%

ODS 3

7,65%

ODS 4

3,84%

ODS 5

3,16%

ODS 6

16,90%

ODS 7

7,60%

ODS 8

3,24%

ODS 9

5,51%

ODS 10

2,95%

ODS 11

4,99%

ODS 12

8,15%

ODS 13

3,98%

ODS 14

13,53%

ODS 15

6,54%

ODS 16

4,51%