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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Comunicação e Expressão

Departamento: Libras/LSB

Dimensão Institucional: Pesquisa

Dimensão ODS: Social

Tipo do Documento: Projeto de Pesquisa

Título: FORMAÇÃO DE TRADUTORES E INTÉRPRETES DE LIBRAS-PORTUGUÊS: COMPETÊNCIA, DESENHO CURRICULAR E MODALIDADE GESTUAL-VISUAL

Coordenador
  • CARLOS HENRIQUE RODRIGUES
Participante
  • BIANCA SILVEIRA
  • CARLOS HENRIQUE RODRIGUES (D)
  • DEISE CLÉA LEONEL
  • EDUARDO ANDRADE GOMES (Di)
  • FÁBIO JÚLIO PEREIRA BRIKS
  • FERNANDO DE CARVALHO PARENTE JUNIOR
  • FERNANDO EUSTAQUIO GUEDES (Di)
  • JADE GEOVANA SILVA MOIA
  • JOABE BARBOSA PIMENTEL
  • JOÃO GABRIEL DUARTE FERREIRA
  • LUIZA TEIXEIRA COSTA
  • MARÍLIA DUARTE DA SILVA
  • PRISCILLA OUVERNEY MARTINS (Di)
  • RODRIGO FERREIRA DOS SANTOS (Di)
  • SILVANA AGUIAR DOS SANTOS (D)
  • STEFANY GOMES PEREIRA
  • THAÍS FLEURY AVELAR
  • TUAN PERES
  • VITÓRIA TASSARA COSTA SILVA
  • WARLEY MARTINS DOS SANTOS (Di)

Conteúdo

A formação de intérpretes e tradutores de língu...a formação de intérpretes e tradutores de língua de sinais no ensino superior brasileiro é muito recente, sendo inaugurada somente após o reconhecimento da libras (lei 10.436/2002) e a sua regulamentação (decreto 5.626/2005). a graduação em letras bacharelado em libras a distância, iniciada em 2008, foi o primeiro curso superior visando à formação de tradutores e de intérpretes de libras-português. com a criação dessa graduação, tem-se a necessidade de se responder a seguinte questão: como se ensina a traduzir e a interpretar de/para línguas de diferentes modalidades? ou seja: quais seriam os conteúdos, as estratégias, os métodos, os procedimentos, as técnicas ou os recursos didáticos e pedagógicos capazes de potencializar a aquisição e o desenvolvimento da competência tradutória intermodal? considerando a atualidade dessa formação, a pesquisa pretende identificar, descrever e analisar quais seriam os princípios teóricos e didáticos fundamentais à formação de tradutores e de intérpretes de libras-português, os quais estão relacionados (i) aos conteúdos curriculares escolhidos; (ii) aos objetivos de aprendizagem definidos; (iii) às abordagens pedagógicas utilizadas; (iv) às estratégias didáticas empregadas; (v) aos tipos de tarefas propostos; (vi) aos procedimentos avaliativos aplicados; e (vii) aos fundamentos epistemológicos que sustentam e orientam o processo formativo. a pesquisa tem como embasamento algumas propostas brasileiras sobre a definição, caracterização e modelagem de competência tradutória (gonçalves, 2005; alves, gonçalves, 2007) e sobre didática da tradução bem como as propostas e modelos desenvolvidos pelo grupo pacte (procés d'adquisició de la competència traductora i avaluació) da universidade autônoma de barcelona, espanha, e pelo grupo avanti (avances en traducción e interpretación) da universidade de granada, espanha. para o desenvolvimento da pesquisa, utilizaremos perspectivas qualitativas e, quando for o caso, quantitativas. será feita uma revisão bibliográfica de produções sobre competência tradutória nas três últimas décadas e um levantamento dos princípios fundamentais e das bases epistemológicas que compõem e definem o atual processo de ensino e aprendizagem da tradução e da interpretação. para a manipulação dos dados, empregaremos algumas categorias de análise com o intuito de melhor organizá-los e, por sua vez, cumprir com nossos objetivos de pesquisa. assim, nos valeremos de categorias presentes nos modelos de competência tradutória de gonçalves (2005) e alves e gonçalves (2007), do grupo avanti (kelly, 2002) e do grupo pacte (hurtado albir, 2017). em sequência, realizaremos uma revisão dos componentes desses três modelos com o intuito de verificar como a modalidade de língua impactaria esses componentes e como poderia ser prevista em meio a eles. então, estabeleceremos uma análise conjunta, a partir da questão da modalidade de língua e seus efeitos sobre a tradução e a interpretação, sobre os princípios norteadores da didática da tradução com o intuito de identificar e/ou propor categorias capazes de definir e guiar a construção de um desenho curricular específico à graduação generalista de um tradutor e intérpretes intermodais. um dos passos iniciais da pesquisa é o mapeamento e estudo dos currículos dos cursos brasileiros de graduação que visam à formação (1) do tradutor e/ou do intérprete de línguas orais (nos pares línguas estrangeiras – português) e (2) do tradutor e intérprete de línguas de sinais (no par libras-português), comparando-os entre si e, também, aos dos cursos de formação de tradutores e de intérpretes oferecidos na espanha pela universidade autônoma de barcelona, pela universidade pompeu fabra e pela universidade de granada. além disso, com base nessa análise comparativa, investigaremos os planejamentos propostos pelos professores das disciplinas específicas de tradução e de interpretação: tanto as definidas como práticas quanto aquelas chamadas de teóricas. vale dizer que, nas duas últimas décadas, temos observado uma intensificação das pesquisas e das reflexões voltadas à formação de tradutores e de intérpretes: à didática da tradução. entretanto, é possível observar também que as didáticas da tradução ainda não se desenvolveram tanto quanto as didáticas de outras áreas de conhecimento (hurtado albir, 1999, 2005, 2007; gonçalves, 2015). quando falamos de tradução e de interpretação intermodal, a situação é bem mais crítica, já que o campo disciplinar dos estudos da tradução e da interpretação de línguas de sinais ainda é muito jovem (rodrigues, beer, 2015), assim como a formação de tradutores e de intérpretes intermodais de libras-português no ensino superior (lacerda, 2010; quadros, 2014) e sua inserção temática na pós-graduação (pereira, 2010; vasconcellos, 2010; santos, 2013). diante desse quadro, é evidente que carecemos de pesquisas que tenham como foco de análise o desenho curricular necessário à formação de tradutores e de intérpretes que atuam entre uma língua gestual-visual e outra vocal-auditiva, principalmente pelo fato de essa tradução/interpretação ser intermodal (padden, 2000; meier, cormier, quinto-pozos, 2004; quadros, souza, segala, 2012; rodrigues, 2012, 2013, 2018; quadros, segala, 2015). pesquisas, como a proposta aqui, precisam alicerçar-se tanto em saberes pedagógicos e didáticos da tradução, quanto em conhecimentos específicos dos estudos da tradução e dos estudos da interpretação, principalmente, aqueles que se referem à aquisição e ao desenvolvimento de competência tradutória. em suma, a realização da pesquisa possibilitará, dentre outros: (i) o mapeamento das perspectivas de formação de tradutores e de intérpretes intramodais vocais auditivos e dos intermodais, libras-português, no contexto brasileiro; (ii) o alinhamento e a descrição das propostas curriculares que orientam esses cursos formação; (iii) a identificação, descrição e análise dos princípios teóricos e didáticos fundamentais à formação de tradutores e de intérpretes, inclusive dos de libras-português; (iv) a reflexão sobre a construção de um desenho curricular adequado à formação de tradutores e de intérpretes intermodais no contexto brasileiro; (v) o desenvolvimento de enfoques específicos ao desenvolvimento da competência tradutória intermodal e, por fim, (vi) o desenvolvimento da base necessária à construção de desenho curricular (objetivos, conteúdos, metodologias, competências e avaliação) próprio à formação acadêmica de tradutores e de intérpretes intermodais. com os resultados da pesquisa, oferece-se a possibilidade de os cursos voltados, especificamente, à formação de tradutores e de intérpretes intermodais, línguas de sinais – línguas orais, poderem contar com um conjunto sistematizados de dados e reflexões capazes de subsidiar o desenvolvimento de um desenho curricular próprio à formação acadêmica de tradutores e de intérpretes que atuam entre uma modalidade gesto-visual e outra vocal-auditiva. nesse sentido, a pesquisa contribuirá significativamente com a expansão, com o amadurecimento e com o avanço da didática da tradução no ensino superior brasileiro e, por consequência, dos cursos de formação de tradutores e de intérpretes tanto de línguas orais (profissionais intramodais vocais-auditivos) quanto de línguas de sinais (profissionais intermodais e profissionais intramodais gestuais-visuais). por fim, destacamos que o aprimoramento dos cursos de graduação voltados à formação de tradutores e intérpretes de línguas de sinais é uma demanda social, política e acadêmica, visto que implica na melhoria da qualidade de acesso das pessoas surdas à sociedade como um todo: aos seus bens e serviços, à escolarização, aos conhecimentos e informações que circulam cotidianamente. além disso, favorece o reconhecimento e a valorização das línguas de sinais e, inclusive, dos profissionais tradutores e intérpretes intermodais.

Índice de Shannon: 3.52781

Índice de Gini: 0.867916

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
3,34% 4,77% 4,91% 31,01% 4,17% 2,91% 3,48% 6,50% 8,32% 3,24% 5,86% 2,93% 3,99% 3,43% 3,50% 7,66%
ODS Predominates
ODS 4
ODS 1

3,34%

ODS 2

4,77%

ODS 3

4,91%

ODS 4

31,01%

ODS 5

4,17%

ODS 6

2,91%

ODS 7

3,48%

ODS 8

6,50%

ODS 9

8,32%

ODS 10

3,24%

ODS 11

5,86%

ODS 12

2,93%

ODS 13

3,99%

ODS 14

3,43%

ODS 15

3,50%

ODS 16

7,66%