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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Ciências da Saúde

Departamento: Saúde Pública/SPB

Dimensão Institucional: Pesquisa

Dimensão ODS: Social

Tipo do Documento: Projeto de Pesquisa

Título: USO DE DROGAS E O PROCESSO PREVENTIVO: REVISANDO SEUS PRINCÍPIOS

Coordenador
  • FATIMA BUCHELE ASSIS
Participante
  • FATIMA BUCHELE ASSIS (D)

Conteúdo

Somente a partir da redemocratização brasileira...somente a partir da redemocratização brasileira, da consolidação da reforma sanitária e da reforma psiquiátrica (1970/1980) e da inserção das ciências sociais na discussão acerca das drogas, é que se desenharam movimentos questionadores desse modelo de repressão e abstinência como solução para a problemática do uso de drogas. as políticas públicas de prevenção ao uso de drogas propostas com base em dados reais do contexto brasileiro são recentes, datam dos últimos 20 anos. conforme apontam bucher (1992) e canoletti e soares (2004, 2005), até a década de 1990, os modelos de prevenção às drogas instituídos no brasil eram trazidos de outras realidades (principalmente dos eua), já que no brasil se faziam poucas pesquisas acerca dessa temática. o modelo repressivo e criminalizante, difundido por esse discurso do “combate às drogas” pode ser questionado pela comprovada ineficácia em diminuir o consumo de drogas e em contribuir para resolver as questões de saúde coletiva por meio de um sistema de “intervenção injusto e desumano” (trad, 2010; bucher e oliveira, 1994), justificando, assim, a necessidade de revisitação das políticas públicas no país. para tanto, faz-se necessário humanizar a atenção ao usuário de drogas, considerando suas demandas, necessidades e subjetividades, bem como a de seus familiares e redes de apoio. nessa acepção, as legislações brasileiras acerca da redução da demanda e da oferta de drogas passam a se ocupar desse compromisso, ainda que paulatinamente, a partir de outros modos de operar o cuidado em saúde. o fenômeno uso de drogas tem se colocado como um dos mais complexos e multifacetados na/para a saúde coletiva e a saúde mental, em função das significativas repercussões na sociedade e da enorme variação de entendimentos e representações. por meio da política nacional sobre drogas (2005), aprovada em 2001 como política nacional antidrogas, a estratégia da redução de danos se propagou, principalmente a partir de 2003, como estratégia para superação do modelo moralista e proibitivo de “combate às drogas”. a redução de danos se caracteriza enquanto política de saúde que busca reduzir os prejuízos biológicos, sociais e econômicos do uso de drogas, pautando-se no respeito ao usuário, em seu direito de consumir drogas, com vistas a melhorar a saúde. assim, a redução de danos se coloca alinhada aos pressupostos da reforma psiquiátrica, da lei nº 10.216/2001 e da política nacional sobre drogas, à medida que respeita os direitos do usuário, do acesso universal e descentralizado do cuidado em saúde (machado e boarini, 2013; marlatt, 1999). de acordo com o estilo de pensamento proposto nesse novo e outro modelo de atenção à saúde mental e, por conseguinte, aos sujeitos que usam drogas, com base na lei nº 10.216/2001, a prevenção em saúde (modelo de redução de danos) surge como prática essencial e de responsabilidade da saúde coletiva. prevenção em saúde se caracteriza, segundo marques e ribeiro (org. 2006), pela produção de conhecimentos capazes de estimular nos sujeitos a escolha corresponsável de hábitos e atitudes saudáveis, a partir do seu lugar no mundo. ou seja, a prevenção em saúde/redução de danos possibilita, sob essa ótica, a reconstrução do cuidado em saúde. essa nova e outra forma de ver, observar, perceber e conceber o cuidado em saúde mental, assume que a prevenção em saúde se pauta no conceito positivo de saúde, postulando a ideia da saúde como resultante de complexas condições como acesso aos serviços de saúde, lazer, alimentação, justiça social, renda e educação. sendo assim, a prevenção em saúde – ainda que se valha da produção do conhecimento específico – deve ir além de uma ação técnica e normativa, posto que propor um novo modelo de prevenção em saúde implica em circular entre diferentes formas de entendimento da realidade, tendo como referencial os acontecimentos cotidianos que mobilizam a planejar, elaborar e intervir em saúde (czeresnia, 2003). portanto, pensar a prevenção em saúde em relação ao uso de drogas significa pensar estratégias combinadas, que considerem as subjetividades humanas, a determinação social no processo saúde doença e façam referência crítica aos modos de considerar os fatores de risco e de proteção do contexto dos sujeitos. como o campo das ações de prevenção em saúde referente às drogas se mostra abrangente, coloca-se como condição sine qua non envolver a interação de aspectos biopsicossociais. a partir disso, diretrizes nacionais e internacionais afirmam que é importante considerar, de modo reflexivo e aberto, princípios da prevenção em saúde, a fim de direcionar as estratégias e programas em saúde relacionados ao uso de drogas. com base nisso, os princípios da prevenção propõem que os programas de prevenção se fundamentem em abordagens amplas e complexas, para que haja conhecimento acerca dos padrões de uso de drogas, noção das características sócio demográficas (situação contextual e temporal) desse uso, atuação multifatorial (fatores de proteção e risco) e multidisciplinar, com intervenção permanente e compartilhada entre as esferas públicas e privadas (estado, profissionais de saúde, familiares, comunidade), e privilégio de estratégias interativas (emcdda, 2011; unodc 2014b; campos e figlie, 2011; brook, et al., 2002; silva e silva, 2011 e bucher, 2007). essa nova e outra forma de ver, observar, perceber e conceber o cuidado em saúde mental, assume que a prevenção em saúde se pauta no conceito positivo de saúde, postulando a ideia da saúde como resultante de complexas condições como acesso aos serviços de saúde, lazer, alimentação, justiça social, renda e educação. sendo assim, a prevenção em saúde – ainda que se valha da produção do conhecimento específico – deve ir além de uma ação técnica e normativa, posto que propor um novo modelo de prevenção em saúde implica em circular entre diferentes formas de entendimento da realidade, tendo como referencial os acontecimentos cotidianos que mobilizam a planejar, elaborar e intervir em saúde (czeresnia, 2003). portanto, pensar a prevenção em saúde em relação ao uso de drogas significa pensar estratégias combinadas, que considerem as subjetividades humanas, a determinação social no processo saúde doença e façam referência crítica aos modos de considerar os fatores de risco e de proteção do contexto dos sujeitos. como o campo das ações de prevenção em saúde referente às drogas se mostra abrangente, coloca-se como condição sine qua non envolver a interação de aspectos biopsicossociais. a partir disso, diretrizes nacionais e internacionais afirmam que é importante considerar, de modo reflexivo e aberto, princípios da prevenção em saúde, a fim de direcionar as estratégias e programas em saúde relacionados ao uso de drogas. com base nisso, os princípios da prevenção propõem que os programas de prevenção se fundamentem em abordagens amplas e complexas, para que haja conhecimento acerca dos padrões de uso de drogas, noção das características sócio demográficas (situação contextual e temporal) desse uso, atuação multifatorial (fatores de proteção e risco) e multidisciplinar, com intervenção permanente e compartilhada entre as esferas públicas e privadas (estado, profissionais de saúde, familiares, comunidade), e privilégio de estratégias interativas (emcdda, 2011; unodc 2014b; campos e figlie, 2011; brook, et al., 2002; silva e silva, 2011 e bucher, 2007). essa nova e outra forma de ver, observar, perceber e conceber o cuidado em saúde mental, assume que a prevenção em saúde se pauta no conceito positivo de saúde, postulando a ideia da saúde como resultante de complexas condições como acesso aos serviços de saúde, lazer, alimentação, justiça social, renda e educação. sendo assim, a prevenção em saúde – ainda que se valha da produção do conhecimento específico – deve ir além de uma ação técnica e normativa, posto que propor um novo modelo de prevenção em saúde implica em circular entre diferentes formas de entendimento da realidade, tendo como referencial os acontecimentos cotidianos que mobilizam a planejar, elaborar e intervir em saúde (czeresnia, 2003). portanto, pensar a prevenção em saúde em relação ao uso de drogas significa pensar estratégias combinadas, que considerem as subjetividades humanas, a determinação social no processo saúde doença e façam referência crítica aos modos de considerar os fatores de risco e de proteção do contexto dos sujeitos. para tal o objetivo principal ficou assim constituído: analisar os princípios que norteiam os programas de prevenção em saúde em relação ao uso de drogas, apresentados nas publicações científicas brasileiras nos últimos 10 ano em bases de dados nacionais e internacionais da área de saúde coletiva.

Índice de Shannon: 0.0432682

Índice de Gini: 0.00644893

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
0,02% 0,03% 99,68% 0,01% 0,02% 0,02% 0,01% 0,01% 0,01% 0,03% 0,02% 0,02% 0,02% 0,01% 0,01% 0,07%
ODS Predominates
ODS 3
ODS 1

0,02%

ODS 2

0,03%

ODS 3

99,68%

ODS 4

0,01%

ODS 5

0,02%

ODS 6

0,02%

ODS 7

0,01%

ODS 8

0,01%

ODS 9

0,01%

ODS 10

0,03%

ODS 11

0,02%

ODS 12

0,02%

ODS 13

0,02%

ODS 14

0,01%

ODS 15

0,01%

ODS 16

0,07%