Sistemas a eventos discretos (seds) são sistema...sistemas a eventos discretos (seds) são sistemas cujo espaço de estados é discreto e cuja evolução (transição entre estados) é realizada pela ocorrência, em geral, assíncrona de eventos. diversos sistemas podem ser caracterizados como seds como, por exemplo, sistemas de manufatura, sistemas computacionais e sistemas de energia. seds estão sujeitos à ocorrência indesejada de falhas. a ocorrência de uma falha pode levar o sistema a executar uma sequência de eventos indesejada, podendo ocasionar uma operação perigosa do sistema. quando nessa situação, o contínuo funcionamento do sistema pode trazer risco para operadores, e equipamentos podem ser danificados. assim, a identificação da ocorrência de eventos de falha é fundamental para se evitar esses danos. geralmente, eventos de falha são não observáveis, ou seja, não existem sensores dedicados a identificar a ocorrência desses eventos. nesses casos, é necessário construir e implementar um dispositivo chamado de diagnosticador para detectar a ocorrência de eventos de falha com base na sequência de eventos observáveis executada. os diagnosticadores são obtidos a partir do modelo pós-falha e sem falha do sistema, usualmente sendo modelados por autômatos. em geral, sistemas são formados por vários subsistemas que trabalham em paralelo com o objetivo de finalizar uma tarefa. um modelo que descreva o comportamento global do sistema pode ser obtido a partir do modelo de seus componentes. o crescimento do modelo global com o número de componentes leva a um alto custo computacional para técnicas de diagnóstico de falhas baseadas nesse modelo. recentemente, uma nova abordagem para o diagnóstico de falhas em sistemas compostos, ou seja, sistemas que são constituídos a partir da composição de subsistemas, que evita o uso do modelo global, foi apresentada na literatura. essa abordagem utiliza os modelos sem falha dos componentes do sistema para a construção de um diagnosticador. essa técnica de diagnóstico de falhas levou à definição de diagnosticabilidade síncrona de seds. apesar da técnica de diagnóstico síncrono ter sido implementada em laboratório e ter se mostrado eficiente em uma série de experimentos, sua aplicação em uma arquitetura distribuída ainda não foi explorada. nessa arquitetura, os diagnosticadores locais podem comunicar eventos observados e estimativas de estado de seus respectivos componentes para outros diagnosticadores locais. embora a possibilidade de maior informação sendo comunicada possa ser aproveitada para um diagnóstico de falha mais eficiente, problemas de comunicação como atrasos ou perdas de pacote podem interferir no diagnóstico e levar a resultados inesperados. neste projeto, o problema de diagnóstico síncrono distribuído é abordado. para tanto, a descrição da arquitetura em rede dos diagnosticadores locais, bem como um protocolo de comunicação devem ser propostos. além disso, tornar diagnosticadores locais robustos a problemas de comunicação considerando-se a arquitetura síncrona distribuída é também previsto neste projeto. outro problema considerado neste projeto é a identificação de sistemas a eventos discretos para aplicação da técnica de diagnóstico síncrono. uma metodologia de identificação permitirá a validação de diversas arquiteturas de diagnóstico síncrono, como arquitetura centralizada, descentralizada e distribuída. outras aplicações, como o desenvolvimento de algoritmos para identificar quais componentes são estritamente necessários para o diagnóstico síncrono de falhas e quais as consequências de se utilizar esses componentes, também são consideradas. aplicações práticas de técnicas de diagnóstico síncrono para sistemas reais também são apresentadas como objetivos deste projeto.