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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Desportos

Departamento: Educação Física/DEF

Dimensão Institucional: Pesquisa

Dimensão ODS: Social

Tipo do Documento: Projeto de Pesquisa

Título: PRESENÇA DA EDUCAÇÃO FÍSICA COM ABORDAGENS EM MINDFULNESS

Coordenador
  • CARLOS LUIZ CARDOSO
Participante
  • CARLOS LUIZ CARDOSO (Di)
  • EMILIO BEN BARRETO FREIRE

Conteúdo

Nossa meta é a criação de um banco de dados par...nossa meta é a criação de um banco de dados para expandir a produção de conhecimento e ao mesmo tempo deixar disponível dados para pesquisas acadêmicas. como breve justificativa, no brasil, principalmente a nível de produção acadêmica, existem raras pesquisas vinculadas à educação física e ao mundo do esporte em geral, considerando os princípios do mindfulness. as existentes, situam-se na grande área da saúde e raramente nas ciências sociais e humanas ou mesmo na educação. portanto, são grupos de pesquisa e pesquisas na área da saúde, recuperação de enfermidades vinculadas ao estresse e ansiedade e, pelo levantamento inicial, aparece a unifesp que oferece projetos de extensão e cursos de mindfulness, embora sem aplicação no esporte e na educação física escolar. muitos dos artigos desses grupos são publicados em revistas brasileiras, constantes nos estratos superiores (a1, a2, b1, b2 e b3) da plataforma sucupira, que agrupa revistas das mais diversas áreas, principalmente a área 21 (da saúde), na qual a educação física encontra-se alojada. a meta é relacionar os grupos, as pesquisas e as metodologias empregadas nas coletas de dados, uma vez que apesar de se constatar ser um campo novo de pesquisa, venha adotando desenhos metodológicos das ciências naturais e com abordagens na segunda e terceira pessoas, não levando em conta novos procedimentos como aqueles adotados em pesquisas pertencentes ao campo da neurofenomenologia, que procura adotar a metodologia de pesquisa na primeira pessoa, segundo varela e shear (1999). ainda como meta temos a construção de um mapeamento para verificar a presença desses diversos desenhos metodológicos nos atuais grupos e linhas de pesquisa relacionados à educação física e mindfulness. apesar do mindfulness ter fontes no budismo zen, foi trazido da china no século 6. ainda é relativamente novo dentro do mundo científico ocidental e foi introduzido inicialmente pelo professor jon kabat-zinn, por meio do programa mindfulness based stress reduction (mbsr) em 1979, na universidade de massachusetts. o objetivo na época era tratar pessoas com dores crônicas. atualmente passa a pertencer ao campo de investigação no estresse, ansiedade, depressão e outras enfermidades. no entanto, a partir desse êxito no tratamento da atenção, foi se aproximando do campo esportivo em função das especificidades e exigências de concentração e domínio da ansiedade no mundo do esporte, principalmente em alto nível. em estudos mais recentes constatamos uma definição bastante utilizada sobre mindfulness: “mindfulness significa prestar atenção de uma maneira particular, propositalmente, no momento presente e sem julgar” essa definição foi dada pelo professor kabat-zinn no seu livro wherever you go, there you are: mindfulness meditation in everyday life, (2004 - onde quer que você vá, aí você está: meditação mindfulness na vida cotidiana). porém com o crescimento do mindfulness dentro do mundo acadêmico foram aplicadas diversas outras definições como a da professora s. shapiro e colegas (2006), que define mindfulness como intenção, atenção e atitude. ainda em coffey & hartmann (2008), aparece uma crítica indicando falta de definição clara do que é mindfulness e concluíram que tal técnica de meditação possui duas facetas: 1) atenção centrado no presente; e 2) aceitação da experiência. durante os últimos 30 anos a maioria das intervenções psicológicas no esporte fizeram parte do grupo de psychological skills training (pst) que, na maior parte é influenciado pelas terapias comportamentais e cognitivas. essa abordagem tenta mudar estados internos como pensamentos, emoções e experiência física para melhorar o rendimento no esporte, principalmente no alto nível. apesar de vários estudos mostrarem a eficácia desses métodos, a aplicação das metodologias de treinamento para atletas parece ser limitada, uma vez que os atletas consideram difícil de controlar seus processos cognitivos através desses métodos. também temos presente aqui o princípio doutrinário da psicologia comportamentalista, que por meio do sistema estímulo-resposta [s-r] de skinner, espera que os atletas possam controlar as reações motoras diante de eventos durante o desempenho esportivo. no entanto, começam a surgir indicações no campo da neurociência e neurofenomenologia alertando para o fato de que os estados emocionais é que determinariam a força da ação/movimento, de modo que o atleta teria que aprender a acompanhar o impulso por meio da atenção, antes que viesse a ser tornar tal ação/movimento. ou seja, depois que tal força ou potência se transforme em ação, é inviável e impossível desenvolver uma faculdade de controle, como a atenção, por exemplo. portanto, alguns colegas professores e pesquisadores da área apresentam novas possibilidades a partir do início da década de 90. duas teorias poderiam ajudar a compreender tais fenômenos acima descritos. uma delas como teoria de controle dos processos mentais e do mesmo tema, no entanto vinculada ao campo do esporte, enquanto a segunda pertence à teoria do reinvestimento: 1) a teoria de processos mentais irônicos de controle mental [mental control ironic mental process theory] de wegner (1994) e de janelle (1998) a ironic mental processes in sport [processos mentais irônicos no esporte]; e 2) a teoria do reinvestimento [the theory of reinvestment] de masters & maxwell (2008). como o mindfulness não tem como objetivo mudar esses estados internos, mas sim mudar apenas o relacionamento do praticante [esportivo] com esses estados internos, é considerado um exemplo de uma intervenção da terceira onda de terapia comportamental (hayes, 2006). em 1985, kabat-zinn e colegas providenciaram treinos para remadores olímpicos com aplicações específicas para essa modalidade esportiva. vários dos remadores falaram que os treinos com mindfulness vinha ajudando-os a chegar ao seu máximo potencial quando conquistaram medalhas olímpicas. depois desse início muito promissor com os referidos atletas, a prática do mindfulness aplicada ao esporte sumiu por aproximadamente duas décadas, retornando agora com mais vigor e profundidade. em meados da década de 90, hendricks (1995), descreve uma experiência desenvolvida na década de 70, com autorização do professor e com o tema da respiração consciente realizado com meninas em uma escola do ensino fundamental (6ª ano), no conteúdo denominado basquetebol nas aulas de educação física escolar. segue no momento acadêmico, um crescente interesse no uso de métodos fenomenológicos na psicologia do esporte. ela poderia ajudar na investigação considerando aspectos geradores de obsessão por medicação e sua predição em casos de uso de complementos energéticos e até o caso extremo de doping. a fenomenologia tem como princípios uma série de pressupostos muito diferentes do enfoque das ciências naturais, nas quais residem a maioria das pesquisas e investigações relacionadas à prática de esportes ou mesmo na psicologia do esporte. a fenomenologia insiste que a psicologia explicativa (comportamentalista) deveria centrar-se no sentido de investigar também a essência da experiência humana, considerando os fenômenos subjetivos do se-movimentar. como exemplo, temos o conceito da ansiedade que ocupa uma posição central dentro das perspectivas fenomenológicas na psicologia. em publicações recentes de reid (2012 e 2011), encontram-se experiências com ansiedade no esporte, levando em conta o trabalho realizado na psicologia aplicada com futebolistas profissionais da ‘english premier league’ [epl]. muitos dos artigos desses grupos são publicados em revistas brasileiras, constantes nos estratos superiores (a1, a2, b1, b2 e b3) da plataforma sucupira, que agrupa revistas das mais diversas áreas, principalmente a área 21 (da saúde), na qual a educação física encontra-se alojada. a meta é relacionar os grupos, as pesquisas e as metodologias empregadas nas coletas de dados, uma vez que apesar de se constatar ser um campo novo de pesquisa, venha adotando desenhos metodológicos das ciências naturais e com abordagens na segunda e terceira pessoas, não levando em conta novos procedimentos como aqueles adotados em pesquisas pertencentes ao campo da neurofenomenologia, que procura adotar a metodologia de pesquisa na primeira pessoa, segundo varela e shear (1999). ainda como meta temos a construção de um mapeamento para verificar a presença desses diversos desenhos metodológicos nos atuais grupos e linhas de pesquisa relacionados à educação física e mindfulness. o resgate da produção no campo da educação física e mindfulness vai demonstrar, em primeiro lugar, a presença de diversos desenhos metodológicos, e em segundo lugar qual a predominância desses procedimentos. desta forma será possível visualizar o eixo epistemológico da intervenção nessas pesquisas, uma vez que as neurociências tenham proporcionado avanço na compreensão antropológica do ser humano.

Índice de Shannon: 3.44607

Índice de Gini: 0.856069

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
3,16% 4,94% 9,33% 32,70% 4,15% 2,24% 2,87% 4,50% 6,43% 2,67% 3,43% 3,34% 3,79% 3,52% 3,62% 9,30%
ODS Predominates
ODS 4
ODS 1

3,16%

ODS 2

4,94%

ODS 3

9,33%

ODS 4

32,70%

ODS 5

4,15%

ODS 6

2,24%

ODS 7

2,87%

ODS 8

4,50%

ODS 9

6,43%

ODS 10

2,67%

ODS 11

3,43%

ODS 12

3,34%

ODS 13

3,79%

ODS 14

3,52%

ODS 15

3,62%

ODS 16

9,30%