
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Não Informado
Departamento: Não Informado
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Ambiental
Tipo do Documento: Dissertação
Título: EFEITOS DO AUMENTO DA TEMPERATURA E ACIDIFICAÇÃO OCEÂNICA NA FISIOLOGIA DAS ALGAS CALCÁRIAS E GRAMAS MARINHAS
Orientador
- PAULO ANTUNES HORTA JUNIOR
Aluno
- ELLIE REGINA BERGSTROM
Conteúdo
O aumento de co2 e temperatura dos oceanos, decorrente das atividades antrópicas, causam e causarão enormes impactos para uma grande diversidade de organismos marinhos em todo o planeta. os produtores primários costeiros são especialmente sensíveis devido ao seu importante papel na assimilação de carbono inorgânico nos ecossistemas marinhos costeiros. no entanto, ainda existem muitas lacunas no conhecimento sobre as respostas dos produtores primários calcários e não calcários às mudanças climáticas globais, bem como o efeito das interações metabólicas entre espécies nessas respostas. no presente trabalho, foram realizados experimentos que manipularam múltiplas variáveis (co2, temperatura e espécies presentes), usando uma instalação inovadora, o mesocosmo marinho, no brasil, a fim de analisar os efeitos da acidificação e aumento da temperatura dos oceanos (oa & ow) na fisiologia das algas calcárias (halimeda cuneata, lithophyllum sp., lithothamnion sp. e mesophyllum sp.) e a grama marinha (halodule wrightii). primeiramente, foi avaliado o impacto de oa e ow no rendimento fotossintético dos três táxons dominantes e morfologicamente distintos de algas calcárias não articuladas de um banco de rodolitos tropical. a análise de fluorescência revelou respostas específicas para cada espécie de rodolito. lithophyllum sp. não mostrou nenhuma mudança de fv/fm, independente do tratamento, lithothamnion sp. teve uma redução no fv/fm sob elevada temperatura e mesophyllum sp. sofreu uma queda de fv/fm relacionado ao acoplamento de alto co2 e temperatura. sugerimos que as diferentes taxas de rendimento fotossintético são indicadores de estratégias fisiológicas diferentes que podem ser enraizadas no nível de complexidade da morfologia de cada espécie de rodolito. caso essa hipótese seja corroborada por estudos específicos, podemos prever uma redução da complexidade de bancos de rodolitos imposta pela pressão seletiva de valores extremos de co2 e de temperatura. em seguida, testou-se as respostas de calcificação e produção primária líquida (npp) da alga calcária verde, h. cuneata, e grama marinha, h. wrightii, bem como a interação metabólica entre as duas espécies. sob elevado co2, h. cuneata teve uma resposta positiva de npp e negativa de calcificação, enquanto h. wrightii não apresentou variações significativas de npp. porém, h. cuneata conseguiu maiores taxas de calcificação na presença de h. wrightii do que na ausência, mostrando a capacidade da grama mitigar os efeitos da oa através da assimilação rápida de carbono inorgânico dissolvido (dic) do microambiente. a temperatura não causou nenhum efeito observável sobre h. cuneata nem h. wrightii, em virtude da provável plasticidade ou adaptação destes organismos tipicamente tropicais, à magnitude de variação da temperatura observada em ambientes recifais rasos. concluímos que as populações de h. cuneata que coexistem com populações de h. wrightii podem ter maiores chances de sobrevivência em níveis de co2 esperados para o ano 2065. deve-se ressaltar que as previsões acerca do futuro dos ambientes costeiros, considerando as mudanças climáticas observadas e previstas, devem levar em consideração não só a variabilidade inter e intra específica, uma vez que a plasticidade fenotípica, combinada com pressões seletivas determinadas, pode levar à expressão de diferentes morfotipos a partir do mesmo genótipo. por outro lado, é imprescindível considerar que as interações biológicas têm um papel fundamental nas respostas fisiológicas, as quais proporcionam uma alta resiliência para as populações envolvidas. assim, para poder melhorar planos de conservação costeira, é essencial fornecer previsões realistas que são baseadas em estudos multivariados, para que ambientes costeiros, contendo espécies chaves, possam ser efetivamente preservadas.
Índice de Shannon: 3.14508
Índice de Gini: 0.809616
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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2,22% | 3,57% | 4,09% | 2,98% | 2,52% | 3,00% | 4,16% | 2,86% | 2,83% | 2,83% | 3,13% | 3,00% | 20,30% | 36,83% | 2,84% | 2,84% |
ODS Predominates


2,22%

3,57%

4,09%

2,98%

2,52%

3,00%

4,16%

2,86%

2,83%

2,83%

3,13%

3,00%

20,30%

36,83%

2,84%

2,84%