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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Não Informado

Departamento: Não Informado

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Social

Tipo do Documento: Tese

Título: ATIVIDADE ANTITUMORAL DE EXTRATOS DE PIPER NIGRUM LINNAEUS CULTIVAR BRAGANTINA (PIPERACEAE)

Orientador
  • ROZANGELA CURI PEDROSA
Aluno
  • VALDELUCIA MARIA ALVES DE SOUZA GRINEVICIUS

Conteúdo

A relevância etnofarmacológica de piper nigrum l. (piperaceae) (pimenta preta) se revela nas preparações herbais da medicina tradicional usadas para tratamento inflamação, febre, asma e câncer. no brasil, o conhecimento tradicional quilombola atribui à pimenta preta efeitos benéficos sobre a saúde incluindo redução de inflamação. nesta pesquisa buscou-se validar tal uso tradicional através de estudos fitoquímicos e bioquímicos realizados após tratamentos com extrato etanólico (et) e supercríticos (esc) produzidos com pimenta preta (piper nigrum l. cultivar bragantina). estes extratos foram considerados como melhor tecnologia disponível para extrair metabólitos secundários. o extrato etanólico (et) foi obtido por maceração (72 h) com rendimento de 6,40 ± 0,03 %. os extratos supercríticos foram produzidos com dióxido de carbono supercrítico mantido na pressão de 150 bar (esc150); de 200 bar (esc200 ou esc200+etoh com etanol como cossolvente; 7,5 %) ou de 300 bar (esc300). cromatografia de camada delgada revelou piperina, pepirilina e retrofractamida c nos extratos. após a purificação das bandas foram confirmados fragmentos de massa destas alcamidas (espectrometria de massas por eletronebulização). análise por cromatografia líquida de alta eficiência mostrou que o extrato esc200 teve maior conteúdo de piperina (60,3 ± 0,1 %) comparativamente ao et (32,12 ± 0,11 %). análise por cromatografia gasosa acoplada à espectrômetro de massa revelou em esc200 a presença de sesquiterpenos majoritários ?-cariofileno, ?-humuleno e ?-copaeno. enquanto que et apresentou principalmente ?-cariofileno, ?-copaeno e ?-bisaboleno. todos extratos foram ativos in vitro contra células de tumor de mama (mcf-7; 24 ou 72 h), mas esc200 foi mais citotóxico (1 – 100 ?g/ml; ce50=14,4 ± 3,3 ?g/ml; 72 h), inibindo de maneira dose-dependente a proliferação clonogênica (mcf-7) após tratamento com esc200 (20 ou 40 ?g/ml; 24 h) causando maior diminuição da área das colônias. houve considerável aumento na geração intracelular de eros após tratamento com o extrato et. observou-se intercalação e danos oxidativos ao ct dna causados por compostos presentes nos extratos. esc200 (20 ?g/ml) causou mais danos oxidativos comparativamente ao et (p<0,001). o extrato et (1000 e 2000 ?g/ml) causou quebras duplas no dna plasmidial. na primeira parte do estudo realizado in vivo os camundongos (balb/c; machos; n=12) foram inoculados com células do carcinoma ascítico de ehrlic (tae) e tratados por via i.p. com et (100 mg/kg/dia; 9 dias). este tratamento causou inibição do crescimento tumoral (60 %) com aumento de sobrevida (76 %) associados ao aumento de morte por apoptose destas células. et (100 mg/kg/dia) determinou maior expressão de proteínas pró-apoptose bax e p53 com diminuição da expressão de proteína anti-apoptose bcl-xl. et (100 mg/kg/dia) causou parada do ciclo celular em g1 das células de tae devida à diminuição da expressão de ciclina a nestas células. adicionalmente, o tratamento com et (100 mg/kg/dia) estabeleceu condições pró-oxidantes nas células de tae com maior atividade da cat, da sod e da glutationa redutase; com depleção de gsh e elevação dos níveis de peroxidação de lipídios e carbonilação proteica. tal efeito antitumoral observado com o extrato et (100 mg/kg/dia) sugere ser parcialmente decorrente do aumento da geração de eros e condições pró-oxidantes citotóxicas estabelecidas nas células tumorais. enquanto que na segunda etapa (parte ii) de estudos realizados in vivo os camundongos balb/c (machos, n=16) foram tratados via i.p. com et e esc200 (10 ou 20 mg/kg/dia; 9 dias). os melhores resultados foram obtidos com 10 mg/kg/dia para esc (200 bar) com inibição no crescimento tumoral (76 %) e aumento da sobrevida (67 %) comparativamente aos tratamentos com et (42 % de inibição tumoral e 56 % de sobrevida). nos tratamentos com et observou-se parada do ciclo das células de tae na fase g1 enquanto houve parada do ciclo na fase g2/m para as células de tae coletadas dos animais tratados com esc (200 bar). houve aumento de apoptose das células de tae que foi significativamente maior nas células de tae dos animais tratados com esc (200 bar). assim, a extração supercrítica realizada para produzir o extrato esc (200 bar; 40 oc, 240 min) pode ser considerada como melhor tecnologia apropriada para a obtenção de piperina, alcamidas e terpenóides. ademais, o sinergismo entre estes compostos provavelmente promoveu as atividades antiproliferativa e antitumoral observadas in vitro e in vivo.

Índice de Shannon: 3.80987

Índice de Gini: 0.913956

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
4,25% 6,92% 20,36% 4,45% 4,95% 5,73% 7,28% 6,82% 5,06% 4,62% 4,67% 7,58% 4,58% 5,19% 4,32% 3,21%
ODS Predominates
ODS 3
ODS 1

4,25%

ODS 2

6,92%

ODS 3

20,36%

ODS 4

4,45%

ODS 5

4,95%

ODS 6

5,73%

ODS 7

7,28%

ODS 8

6,82%

ODS 9

5,06%

ODS 10

4,62%

ODS 11

4,67%

ODS 12

7,58%

ODS 13

4,58%

ODS 14

5,19%

ODS 15

4,32%

ODS 16

3,21%