
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Ciências da Saúde
Departamento: Não Informado
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Social
Tipo do Documento: Dissertação
Título: DETECÇÃO DE CHLAMYDIA TRACHOMATIS EM AMOSTRAS ENDOCERVICAIS DE MULHERES HIV SOROPOSITIVAS DE PALHOÇA/SC
Orientador
- ALEXANDRE SHERLLEY CASIMIRO ONOFRE
Aluno
- JOICE DE SOUZA PEREIRA
Conteúdo
A infecção genital por chlamydia trachomatis (ct) é reconhecida atualmente como uma das infecções sexualmente transmissíveis (ists) mais prevalentes no mundo, acometendo principalmente mulheres jovens. o caráter primariamente assintomático da infecção por ct constitui a base para formação de reservatórios que perpetuam a transmissão e a aquisição de demais ist, favorecendo a ascensão da infecção para o trato genital superior, resultando em agravos que modulam o risco de transição da infecção cervical para a malignidade. admite-se que a coinfecção por ct em mulheres hiv soropositivas favorece a infectividade viral, prolongando e/ou aumentando o seu potencial de infecciosidade no trato genital, promovendo o aumento da excreção viral em decorrência do recrutamento de leucócitos infectados pelo hiv em resposta à infecção local e/ou por causa da crescente produção de citocinas inflamatórias que podem estimular a replicação do vírus. diante desse cenário, o objetivo deste estudo transversal foi avaliar a prevalência de ct em mulheres hiv soropositivas atendidas pelo sistema único de saúde do município de palhoça/sc. durante o período de abril a julho de 2016, foram coletadas 111 amostras endocervicais durante consulta médica ginecológica no centro especializado em aconselhamento e prevenção (ceap) de palhoça/sc. as análises foram realizadas em parceria com o laboratório de biologia molecular, sorologia e micobactérias (lbmm) da universidade federal de santa catarina. as amostras foram submetidas à extração de dna utilizando um método in house baseado na extração por acetato de amônio, e posteriormente submetidas à técnica padronizada de pcr multiplex, utilizando os conjuntos de iniciadores pco3/pco4 para identificação do gene da ?-globina humana, e ctp1/ctp2 para a identificação do dna bacteriano. a coinfecção ct/hiv foi detectada com taxa de prevalência de 1,8% (2/111) na população estudada. observou-se associação da coinfecção ct/hiv com a variável idade (p=0,013). não houve diferença significativa entre as demais variáveis e a positividade para ct. das 104 (93,7%) participantes que relataram 2 ou mais parceiros ao longo da vida, 48,1% (50) relataram uso irregular de camisinha. no grupo das coinfectadas ct/hiv, 50,0% (1) também declarou uso descontínuo de preservativo. esse fato eleva a chance de infecção por outras ists e/ou reinfecção, possibilitando inclusive gestações de alto risco. foi observada a associação entre o conhecimento de ter hpv e o histórico de lesão no colo do útero (p=0,001). de maneira mais minuciosa, do total de 96 (86,5%) pacientes que responderam não ter hpv ou desconhecer ter, 10 (10,4%) declararam algum grau de lesão. o histórico de condiloma acuminado (hpv) também foi associado ao conhecimento de ter hpv (p=0,000). a metodologia de pcr multiplex exibiu bom desempenho no estudo para a identificação do material genético bacteriano. a técnica de pcr é financeiramente vantajosa e pode ser aplicada em processos de rastreamento que se baseiam na investigação de infecções assintomáticas em mulheres hiv soropositivas. apesar da baixa prevalência na população analisada, mais estudos acerca da epidemiologia sinérgica da coinfecção ct/hiv em mulheres são necessários a fim de reduzir as conseqüências à saúde da mulher e os custos com tratamento, principalmente em mulheres com idade ?30 anos. por conseguinte, é necessário aprimorar a gestão de campanhas de prevenção e esclarecimento a respeito das ists, suas causas e desfechos, juntamente com a inclusão do rastreamento de ct em mulheres hiv soropositivas na prática clínica aos programas já existentes no município.
Índice de Shannon: 3.29973
Índice de Gini: 0.81578
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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3,02% | 5,68% | 39,87% | 4,07% | 3,33% | 3,78% | 3,52% | 4,70% | 3,56% | 3,24% | 5,10% | 5,58% | 2,90% | 4,05% | 3,33% | 4,28% |
ODS Predominates


3,02%

5,68%

39,87%

4,07%

3,33%

3,78%

3,52%

4,70%

3,56%

3,24%

5,10%

5,58%

2,90%

4,05%

3,33%

4,28%