Responsive image
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Não Informado

Departamento: Não Informado

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Social

Tipo do Documento: Tese

Título: INTEGRAÇÃO DE MEDIDAS ERGONÔMICAS QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS PARA O DIAGNÓSTICO DA SOBRECARGA FÍSICA E INCIDÊNCIA DE LESÕES OSTEOMUSCULARES

Orientador
  • EUGENIO ANDRES DIAZ MERINO
Aluno
  • GIULIANO MANNRICH

Conteúdo

A preocupação com o bem-estar, saúde e segurança do ser humano no trabalho é algo cada vez mais realizado pelas empresas nos últimos anos. no brasil observa-se que houve, entre 2007 e 2013, 5 milhões de acidentes de trabalho, dos quais 45% acabaram em morte, invalidez permanente ou então, afastamento temporário do emprego. para os profissionais da saúde institucionalizados em hospitais públicos e privados, a realidade não é diferente: a incidência de lesões e afastamento do trabalho é frequente, representando risco à saúde. a ergonomia busca otimizar o bem-estar humano e o desempenho global do sistema de trabalho utilizando a tecnologia e pesquisas para a adequação desses sistemas às necessidades do homem. as ler e a dort que acometem o trabalhador de etiologia multifatorial, ocorrem muitas vezes por sobrecarga física sofrida entre a demanda de trabalho e a capacidade do trabalhador em realiza-la, exigindo assim, avaliação e controle permanente do risco de lesões laborais e os reflexos no absenteísmo decorrente da incapacidade funcional progressiva. este estudo, para melhor avaliar e controlar este risco oferecido pela sobrecarga física sofrido por estes trabalhadores, propõe uma integração de avaliações ergonômicas para obtenção de medidas quantitativas e qualitativas desta sobrecarga física, que acometem o trabalhador em seu ambiente de trabalho utilizando as tecnologias de instrumentação biomecânica e fisiológica, e utilizando entrevista, um questionário e uma escala de dor, instrumentos subjetivos, com o intuito de identificar os limites físicos e o impacto do esforço laboral nas regiões corporais de técnicos de enfermagem de um hospital público psiquiátrico, durante a realização de seu trabalho junto ao atendimento dos pacientes. a amostra deste estudo é composta por 10 profissionais técnicos de enfermagem. caracterizam-se por uma predominância do sexo feminino 7 técnicos (70%), em relação ao sexo masculino 3 técnicos (30%). a idade variou entre 25 a 58 anos, com uma média de 45 anos, com histórico no hospital por no mínimo 10 anos, com uma média de 22 anos de trabalho. a incidência de lesões que acometem os profissionais é alta, presente em 100% dos entrevistados. a maior incidência de dor está localizada na região lombar (80%), com intensidade média de 8 na escala (interpretada como dor intensa), seguida pela região cervical (50%) que apresenta dor 7 (classificada como dor intensa), dorsal e ombros (ambos com 40%) que apresentam respectivamente 7,5 e 7 de intensidade de dor, representando também quadro de dor intensa para estes segmentos. para avaliações biomecânicas utilizou-se do sistema de captura de movimentos por centrais inerciais mvn biomech – xsens, que nos dados captados e analisados, apontou uma frequência de erros posturais e de posturas inadequadas, como a média de ângulo de flexão anterior de tronco, postura mais frequente realizada pelos técnicos de enfermagem de 43° (ângulo min.12° - ângulo máx.74°) representando grande risco para lombalgias. na avaliação com a termografia corporal da região mais acometida, a região lombar, constatou-se um aumento médio de temperatura de 0,95º (34,31°c em repouso para 35,35°c), após duas horas de trabalho. na eletromiografia de superfície foi constatado os tempos de limiar de fadiga dos músculos paravertebrais para as posições de 20° e 60° de ângulos de flexão de tronco dos técnicos de enfermagem, obtendo tempos médios de 6min48s e 3min10s respectivamente, como limite de resistência dos músculos paravertebrais avaliados. apresentou-se para essa população, picos de amplitude de sinal de 155,9 ¿v para 20° de flexão anterior de tronco e 273,5 ¿v para 60°. com a integração dos dados obtidos pelas avaliações objetivas e subjetivas, pode-se constatar que o esforço realizado pelos técnicos de enfermagem no atendimento dos pacientes, em sua demanda de trabalho utilizando posturas de difícil manutenção muscular e consequentemente incorretas, resulta em um progressivo quadro de dor, principalmente lombar, que se torna constante e intenso. esta intensidade produz uma sobrecarga física e metabólica para estes grupos musculares, constatados pelo aumento residual da temperatura na região lombar após o esforço, ocasionando a fadiga, limitação funcional e sobrecarga física para manter os atendimentos dos pacientes. esta manutenção ocasiona, neste contexto, a incapacidade e causa inevitavelmente o absenteísmo, causando o comprometimento da qualidade dos serviços prestados ao paciente e promovendo danos à saúde dos técnicos de enfermagem.

Índice de Shannon: 3.21964

Índice de Gini: 0.817754

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
3,42% 3,55% 37,54% 3,26% 6,86% 2,87% 2,91% 15,51% 3,34% 3,61% 3,48% 2,26% 3,24% 2,68% 2,38% 3,10%
ODS Predominates
ODS 3
ODS 1

3,42%

ODS 2

3,55%

ODS 3

37,54%

ODS 4

3,26%

ODS 5

6,86%

ODS 6

2,87%

ODS 7

2,91%

ODS 8

15,51%

ODS 9

3,34%

ODS 10

3,61%

ODS 11

3,48%

ODS 12

2,26%

ODS 13

3,24%

ODS 14

2,68%

ODS 15

2,38%

ODS 16

3,10%