A presente pesquisa investiga a mercadorização do esporte espetáculo, tendo como fundamento o método materialismo histórico dialético. o objetivo geral desta pesquisa foi compreender a possível relação entre o esporte – como esporte espetacularizado – e o processo de fetiche. tratase de uma análise teórico-bibliográfica da estrutura da troca de mercadorias e suas inter-relações com o sistema esportivo espetacularizado. nesse tocante, as categorias analíticas que serviram de apoio ao processo de conhecimento de nosso objeto são: alienação, estranhamento, ideologia, valor de troca, mais-valia, trabalho abstrato, mercadoria e fetiche. com efeito, no desenvolvimento do texto abordamse categorias que possibilitam compreender o processo de apaziguamento dos conflitos sociais implicados no espetáculo esportivo que se articulam com o processo de fetiche. para isso, organizou-se exposição em três capítulos, dos quais o primeiro apresenta a contextualização do objeto desta pesquisa, assim como a relevância teórica de se compreender o fenômeno esportivo inserido sob os ditames do modo de produção capitalista. o segundo capítulo aborda a constituição do ser social mediante a categoria trabalho como fundamento do desenvolvimento do ser social, dando ênfase ao processo histórico elaborado pelo homem para produzir sua existência. em seguida, adentra-se no processo de produção do espetáculo esportivo e na reflexão em relação às categorias objetivação, alienação e estranhamento, concomitantemente ao esporte e suas implicações no processo ideológico. o terceiro capítulo, por sua vez, trata do desenvolvimento das práticas corporais e articula o processo de mercadorização esportiva com o conceito de fetiche da mercadoria. o espetáculo esportivo apresenta-se como mercadoria que se vincula ao sistema de relações fetichizadas em torno do trabalhador do espetáculo, do espectador do espetáculo e do capitalista, elementos constituintes do espetáculo esportivo. os resultados sinalizam que o esporte, subsumido à lógica capitalista, conduz os produtores do espetáculo esportivo ao movimento de estranhamento, reificação e fetiche.