
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Não Informado
Departamento: Não Informado
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Social
Tipo do Documento: Tese
Título: AS UNIVERSIDADES FEDERAIS E A ESTRATÉGIA DEMOCRÁTICO-POPULAR: HETERONOMIA A SERVIÇO DO CAPITAL (2003-2010)
Orientador
- OLINDA EVANGELISTA
Aluno
- FERNANDO SILVA DOS SANTOS
Conteúdo
Esta tese discute a contrarreforma da educação superior proposta pelo governo da estratégia democrático-popular (edp) nas universidades federais. da proposta para o redesenho do modelo da universidade brasileira, por meio de uma lei orgânica como marco regulatório abrangendo instituições de ensino superior (ies) públicas e privadas a proposta foi paulatinamente substituída por uma reforma fatiada em leis, decretos, programas planos e ações. o objetivo geral desta pesquisa foi identificar formas pelas quais o governo do partido dos trabalhadores (pt) atuou no aparelho de estado e quais diretrizes foram fundamentais para sua participação no processo de contrarreforma da educação superior nas universidades federais. o recorte temporal da pesquisa teve como referência inicial os dois primeiros mandatos da edp (2003-2010), sem desconsiderar ações de governos anteriores e posteriores. dessa forma, partindo essencialmente de uma pesquisa documental, analisamos um conjunto de documentos produzidos pelo pt, em período superior ao recorte temporal inicialmente estabelecido, ou seja, da formação do partido, passando pela consolidação de sua estratégia, até àqueles produzidos durante a gestão do estado. do nosso referencial teórico-metodológico, lançamos mão de contribuições marxianas e marxistas para a partir da crítica da economia política extrair as categorias fundamentais para a investigação da realidade concreta. esse referencial nos permitiu colocar em revista as bases da edp em momentos importantes que marcam sua trajetória, institucionalização e atuação no aparelho estatal, captando as categorias emergentes que se expressaram em momento particular de organização da classe trabalhadora, demarcando, assim, os limites da formulação e difusão das políticas públicas para a educação superior. nosso corpus documental contou, ainda, com publicações de aparelhos privados de hegemonia, de organismos multilaterais a entidades classistas, evidenciando importantes debates e propostas para a reforma da educação superior. o resultado de nossas análises aponta que a busca do governo da edp por um novo modelo institucional, que garantisse a regulamentação da autonomia universitária, referendou aquilo que outrora o partido parecia rejeitar como padrão de reforma para o ensino superior, ou seja, um novo modelo de gestão, de avaliação e de financiamento baseado nas recomendações dos organismos multilaterais para a construção da universidade do século xxi. sob a defesa da participação da universidade brasileira no projeto de consolidação das bases democráticas do estado nacional e de um novo projeto de nação, o governo da edp mirou na expansão das universidades federais na tentativa de democratização do acesso à educação superior e acertou na manutenção do caráter heterônomo da universidade brasileira, reafirmando, sob novo contexto, os princípios da contrarreforma prolongada que consolidou o modelo institucional, que ultrapassou os governos militares e sobreviveu aos mais variados governos das feições democráticas, sem, contudo, deixar de ser funcional ao capital. concluímos que o movimento de contrarreforrma da educação superior foi possível por meio do consentimento ativo de direções dos movimentos sociais e sindicais ligados à educação, com a participação de intelectuais orgânicos vinculados ao espaço acadêmico e científico e, ainda, com a participação do lobby dos setores privados. finalmente, entendemos que a trajetória do governo da edp e do pt constituiu o verdadeiro cerne do consentimento para o aprofundamento da contrarreforma preventiva e prolongada do estado brasileiro e da educação superior; e que isso só foi possível com o apassivamento da categoria docente nas ifes.
Índice de Shannon: 1.75408
Índice de Gini: 0.453302
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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0,96% | 1,21% | 1,09% | 73,26% | 2,35% | 1,00% | 1,02% | 2,47% | 1,42% | 1,82% | 1,38% | 0,79% | 1,00% | 0,88% | 0,86% | 8,51% |
ODS Predominates


0,96%

1,21%

1,09%

73,26%

2,35%

1,00%

1,02%

2,47%

1,42%

1,82%

1,38%

0,79%

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0,88%

0,86%

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