
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Não Informado
Departamento: Não Informado
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Social
Tipo do Documento: Tese
Título: CARACTERIZAÇÃO DA CEFALEIA PÓS-TRAUMÁTICA EM UM MODELO EXPERIMENTAL DE TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO: PAPEL DAS FIBRAS SENSÍVEIS À CAPSAICINA
Orientador
- LUIZ FERNANDO FREIRE ROYES
Aluno
- FERNANDO DA SILVA FIORIN
Conteúdo
Em todo o mundo, o traumatismo cranioencefálico (tce) é uma das principais causas de incapacidade, incluindo déficits motores, cognitivos, comportamentais, cefaleia e dor generalizada. embora alguns estudos pré-clínicos tenham demonstrado os efeitos do tce na cefaleia, algumas questões sobre o melhor grupo controle para esta avaliação e as adaptações moleculares que acarretam este distúrbio após o tce são pouco compreendidas. assim, este estudo teve como um dos objetivos demonstrar os efeitos de cada etapa do procedimento cirúrgico no modelo de lesão por percussão de fluido (fpi) em ratos sobre a alodinia periorbital, um componente associado à cefaleia. a alodinia periorbital foi avaliada utilizando filamentos de von frey pelo método up and down. os grupos naive, incisão, raspagem, craniectomia e tce foram criados e avaliados em 1, 3, 7, 14, 21, 28, 35, 45 e 60 dias em ambos os lados da cabeça. concomitantemente, os grupos naive, craniectomia e tce foram submetidos à avaliação da hiperalgesia das patas traseiras ao longo do tempo (7, 28, 35, 45 e 60 dias) após a lesão. o procedimento cirúrgico diminuiu os limiares para os filamentos de von frey após vinte e quatro horas em todos os grupos quando comparado ao grupo naive (p<0,0001). os grupos raspagem, craniectomia e tce mostraram uma diminuição no limiar mecânico periorbital por 35 dias em comparação com os grupos naive e incisão (p<0,0001). apenas o grupo tce demonstrou uma diferença significativa na alodinia periorbital em 45 e 60 dias após a lesão (p<0,01). a diminuição da latência de retirada da pata traseira contralateral à lesão foi observada no grupo tce em comparação com o grupo naive em 7 dias e 28 dias após a lesão (p<0,05). além disso, em outro objetivo, este estudo verificou o efeito das fibras que contém o canal trpv1 na alodinia periorbital e na inflamação trigeminal após o tce em ratos através da depleção destas fibras induzida pela capsaicina, bem como o efeito do canal trpv1 na alodinia periorbital através da administração de antagonistas do tipo seletivo (capsazepina) e não seletivo (vermelho de rutênio) deste canal. para isso, a avaliação foi realizada até 7 dias após o tce e as análises bioquímicas para o imunoconteúdo de gfap e iba-1 no gânglio trigeminal, tronco encefálico e córtex foram mensuradas em 8 dias. o tce induziu uma diminuição nos limiares para alodinia periorbital e a depleção de fibras reverteu esse valor quando avaliado em 7 dias após a lesão (p<0,05). o tce também induziu um aumento da inflamação no gânglio trigeminal, no tronco encefálico e córtex dos animais (p<0,05). as adaptações moleculares induzidas pela depleção de fibras contendo o canal trpv1 protegeram contra o aumento da resposta inflamatória do sistema trigeminal (p<0,05). além disso, a abordagem farmacológica mostrou que o agonista dos receptores serotoninérgicos, bem como o antagonista seletivo e não seletivo do canal trpv1 exerceram uma proteção contra a diminuição dos limiares de alodinia periorbital induzida pelo tce (p<0,05). no entanto, o antagonista seletivo do canal trpv1 demonstrou um melhor efeito nesta inibição. os dados indicam que cada passo do procedimento cirúrgico é capaz de causar alodinia periorbital no modelo de tce por fpi, e que as fibras que contém o canal trpv1, bem como o canal trpv1, estão diretamente envolvidos nesta sensibilização. assim, o modelo de fpi é relevante para o estudo da cefaleia e dor generalizada nas fases aguda e crônica após uma lesão. além disso, os resultados apresentados neste trabalho suportam a ideia que a sensibilização avaliada pela alodinia periorbital em ratos após o tce é conduzida pela interação entre a resposta inflamatória neurogênica e clássica, mediada pelas fibras nociceptivas que contém o canal trpv1.
Índice de Shannon: 3.96448
Índice de Gini: 0.934092
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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6,10% | 5,49% | 10,87% | 6,61% | 5,65% | 4,64% | 5,25% | 7,38% | 6,64% | 6,34% | 6,13% | 4,67% | 4,83% | 6,18% | 5,67% | 7,56% |
ODS Predominates


6,10%

5,49%

10,87%

6,61%

5,65%

4,64%

5,25%

7,38%

6,64%

6,34%

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4,67%

4,83%

6,18%

5,67%

7,56%