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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Não Informado

Departamento: Não Informado

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Social

Tipo do Documento: Tese

Título: VARIÁVEIS PREDITIVAS DE RESPOSTA AO TRATAMENTO NEUROCIÚRGICO DA DOR CRÔNICA ATRAVÉS DA ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA DA MEDULA ESPINHAL OU INFILTRAÇÃO DE FACETAS ARTICULARES

Orientador
  • ROGER WALZ
Aluno
  • WUILKER KNONER CAMPOS

Conteúdo

Estudos prévios sobre tratamento com estimulação elétrica da medula espinhal (eeme) para pacientes com dores neuropáticas, e com infiltração de facetas articulares (ifa) para pacientes com dor lombar, têm demonstrado melhora estatisticamente significativa nos escore de dor e qualidade de vida. entretanto, a melhora estatística destes trabalhos não traduz necessariamente uma melhora clínica percebida pelos pacientes, chamada de melhora clínica significativa (mcs). o presente estudo objetivou determinar os fatores preditivos de mcs nos pacientes com dor crônica refratária ao melhor tratamento clínico submetidos à eeme e da recorrência da dor nos pacientes com dor lombar facetária tratados com ifa. trinta e quatro pacientes com dor neuropática refratária submetidos ao tratamento com eeme foram avaliados no pré-operatório com escalas psicométricas como inventário de ansiedade e depressão de beck e escala de catastrofização da dor; escala visual analógica de dor (vas); e escala de qualidade de vida short form health survey 36 (sf-36) antes do procedimento e em média 22 meses após o procedimento (vas, sf-36). a mcs nas escalas de vas e sf-36 foram determinadas baseadas na percepção de melhora do paciente utilizando-se os critérios de macnab de efetividade global da cirurgia. houve redução na média da pontuação da escala de dor e melhora média da qualidade de vida após eeme (p < 0,00001). vinte e três pacientes (67,6%) atingiram mcs da dor, e 16 entre (47,7%) a 23 pacientes (67,7%) relataram mcs nos diferentes domínios da qualidade de vida. as variáveis preditivas da mcs da dor foram: parestesias cobrindo = 80% da área da dor; baixos níveis de ansiedade e catastrofismo, tempo curto de dor, sexo feminino e não uso de opióides prévio à cirurgia. níveis pré-operatórios reduzidos de catastrofização estiveram associados de forma independente à mcs da qualidade de vida como um todo. o sexo dos pacientes, tipo de dor, duração da dor, índice de massa corpórea (imc), e uso de opióides antes da cirurgia mostraram-se associados à mcs de forma variável com os diferentes domínios da qualidade de vida. quarenta e três pacientes consecutivos com dor lombar crônica de origem facetaria foram tratados com ifa e seguidos prospectivamente por 6 meses. os pacientes realizaram infiltração nas facetas l3-l4/l4-l5/l5-s1 bilateralmente com 2 ml da solução de 10 ml de ropivacaína 10 mg/ml e 2 ml de betametasona através de uma agulha espinhal 22-g. as variáveis analisadas foram idade, sexo, imc, escolaridade, tipo de atividade laborativa, tabagismo, diabetes, hipertensão arterial, fibromialgia, uso prévio de opióides, cirurgias da coluna prévias, duração da dor, local da dor, achados de ressonância magnética (rm), inventário de ansiedade e depressão de beck e escala de catastrofização da dor. a análise no 6o mês de acompanhamento mostrou melhora geral (p < 0,0001) nas escalas da dor vas (7,9 para 2,5) e de incapacidade funcional oswestry (52,8 para 20,8). durante o período de acompanhamento mínimo de 6 meses a recorrência da dor ocorreu em 25 pacientes (58,1%). após análise com regressão logística múltipla de cox, somente níveis elevados de catastrofização antes da realização do procedimento (nível da escala = 5) estiveram independentemente associadas à recorrência da dor (hr ajustado 4,2; ic 95% 1,6 - 10,8; p = 0,003). ifa foi eficiente em reduzir a dor lombar facetária e melhorou a incapacidade funcional dos pacientes com dor lombar facetária crônica. a catastrofização da dor foi o preditor negativo mais relevante para recorrência da dor lombar. a conclusão deste trabalho mostrou que o catastrofismo foi o preditor de resultado mais importante em ambos estudos e pode representar uma importante ferramenta de refinamento no momento de tomada de decisão para indicar ou não estes procedimentos. isto não só representaria uma melhora na indicação, mas também uma grande economia para as fontes pagadoras públicas e/ou privadas que evitariam gastos desnecessários envolvidos nestes procedimentos. além do mais, levanta-se a questão sobre o uso do questionário de catastrofismo para validação em outros tipos de procedimentos para controle de dor como um preditor de resultados.

Índice de Shannon: 3.84517

Índice de Gini: 0.918578

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
4,54% 4,83% 18,98% 6,74% 6,97% 5,83% 4,93% 6,83% 5,66% 4,53% 7,31% 4,43% 4,05% 5,18% 4,49% 4,70%
ODS Predominates
ODS 3
ODS 1

4,54%

ODS 2

4,83%

ODS 3

18,98%

ODS 4

6,74%

ODS 5

6,97%

ODS 6

5,83%

ODS 7

4,93%

ODS 8

6,83%

ODS 9

5,66%

ODS 10

4,53%

ODS 11

7,31%

ODS 12

4,43%

ODS 13

4,05%

ODS 14

5,18%

ODS 15

4,49%

ODS 16

4,70%