
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Não Informado
Departamento: Não Informado
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Social
Tipo do Documento: Dissertação
Título: DESAFIOS À AMPLIAÇÃO DO ACESSO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Orientador
- CHARLES DALCANALE TESSER
Aluno
- MAYRA GONCALVES ARAGON
Conteúdo
O sistema único de saúde (sus) posiciona a atenção primária a saúde (aps) como ordenadora do sistema público de saúde brasileiro, por meio da estratégia saúde da família (esf), seu modelo organizativo preferencial. a aps tem como atributo essencial o acesso, pré-requisito para os outros atributos como integralidade e equidade: o bom acesso ou o acesso oportuno é aquele em que o usuário consegue o cuidado quando dele necessita. essa pesquisa investigou a experiência de profissionais da esf selecionados por terem participado de processos de ampliação do acesso nos seus centros de saúde (cs), focando nas facilidades e barreiras presentes nesse processo. realizou-se um estudo qualitativo, através de entrevistas semiestruturadas com 20 profissionais e gestores da secretaria municipal de saúde (sms) de florianópolis-sc, cuja rede de serviços de aps é formatada via esf. na análise temática das entrevistas, emergiram três polos temáticos: papel dos profissionais, questões organizacionais e papel da gestão. o primeiro revelou a grande importância dos processos internos das equipes, mostrando que características dos profissionais e suas inter-relações apresentaram forte influência na ampliação do acesso. os médicos(as) e enfermeiros(as) são figuras chaves, cujo protagonismo e parceria foram fundamentais para mudanças nos processos de trabalho e sua manutenção. a relação entre profissionais de diferentes equipes dentro de um cs também foi importante (como facilitadora ou obstáculos). a formação pós-graduada específica em aps teve grande relevância para motivação profissional em ampliar o acesso, principalmente a residência em medicina de família e comunidade (mfc), assim como uma forte atuação clínica da enfermagem aumentou de forma consistente o acesso. um fator dificultador da ampliação do acesso foi a heterogeneidade de entendimento dos profissionais e coordenadores sobre como deve ser o acesso e sua importância na aps. quanto às questões organizacionais, destacou-se a importância do vínculo com uma população definida, ligando acesso com longitudinalidade do cuidado; a importância do manejo do tempo, devido à necessidade de priorizar a agenda para a assistência e de aperfeiçoar a habilidade de realizar consultas mais eficientes; espaços protegidos para reuniões, para articular as mudanças nos processos de trabalho; as tecnologias de comunicação, para tornar mais ágil a comunicação entre os profissionais, aprimorar as formas de agendamento e melhorar o contato com os usuários (e-mail, telefone e aplicativos de bate-papo). no polo papel da gestão, os coordenadores locais demonstraram ter grande importância para auxiliar (ou ser um obstáculo) nos processos de ampliação de acesso. quanto à gestão municipal, foi unânime a percepção de seu pouco apoio nos processos internos de mudanças das equipes e cs, e da falta de alguma recompensa ou cobrança institucional para ampliar o acesso, que poderia facilitar os processos locais. em consonância com a literatura, dois fatores estruturais básicos foram identificados como limitadores da ampliação do acesso: adequação de recursos humanos (equipes completas) e dimensionamento populacional das equipes, dependentes da gestão municipal. ambos influenciam a capacidade das equipes e comumente favorecem a sobrecarga dos profissionais que trabalham na aps.
Índice de Shannon: 0.0812892
Índice de Gini: 0.012964
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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ODS Predominates


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