A família pomacanthidae, cujas espécies são conhecidas como “peixes-anjo”está listada entre as dez famílias de peixes que compõem o comércio internacional da aquariofilia marinha. dentro da família, espécies do gênero centropyge (peixes-anjo anão), estão entre os peixes mais populares no mercado da aquariofilia e são altamente valorizados. contudo, o mercado de peixes ornamentais marinhos no brasil e no mundo é quase totalmente abastecido por peixes provenientes da extração do ambiente natural. técnicas para coleta são altamente destrutivas e algumas espécies são altamente coletadas. a aquicultura é, portanto, considerada uma alternativa sustentável para suprir indústria de aquários marinhos, além de gerar informações sobre a biologia destas espécies. a larvicultura de peixes marinhos é considerada como o maior gargalo para a produção em laboratório. para os peixes-anjo, isto se deve ao pequeno tamanho das larvas e suas exigências com relação ao tamanho e nutrição adequados dos itens alimentares. desta forma, o objetivo deste trabalho foi avalaiar aspectos da biologia reprodutiva e de fases iniciais de vida de três espécies de peixes-anjo anão, bem como a influência da temperatura no embrião de c. aurantonotus. no primeiro estudo, foi descrito o comportamento reprodutivo, desenvolvimento embrionário e de fases inicias de larvas de c. aurantonotus. ainda foram feitas tentativas de larvicultura utilizando o rotífero como alimento vivo, e como resultado foi observado que larvas apresentaram abertura de boca entre 122 a 137¿m e não foram aptas a capturar este alimento vivo nessa fase de vida. no segundo estudo, foi descrito o desenvolvimento embrionário e larval do c. bicolor e c. bispinosa, e foi encontrado um padrão semelhante morfologicamente e cronologicamente entre as espécies, no entanto, o padrão de pigmentação foi a característica que mais variou entre elas. no terceiro estudo, avaliou-se o efeito da temperatura no desenvolvimento embrionário e no tempo e sucesso de eclosão de ovos fertilizados de c. aurantonotus e verificou que a temperatura influenciou significativamente no tempo de eclosão e dentro da faixa de 24 a 28 oc, obteve-se melhores resultados quando avaliados a taxa de eclosão, viabilidade de larva 24h após eclosão e mortalidade total.