As células dendríticas (cds) são células apresentadoras de antígenos que participam ativamente da resposta imune, especialmente após infeccões virais tais como as causadas pelo vírus do papiloma humano (hpv). o objetivo deste estudo foi quantificar e comparar o número de cd maturas e imaturas em lesões orais benignas e malignas associadas ao hpv. vinte e um casos de papiloma oral (po), 33 casos de carcinoma de células escamosas tonsilar (ccet) e 12 amostras de tecido normal de mucosa oral coletadas de autopsias (grupo controle), foram obtidos dos laboratórios de patologia bucal da universidade federal de santa catarina (lpb-ufsc) e anatomia patológica da faculdade de ciências médicas da universidade de campinas (fcm-unicamp). reações imunoistoquímicas contra cd1a e cd83 foram realizadas para identificar cds imaturas e maturas, respectivamente. a presença do hpv em po e ccet foi avaliada através da imunoexpressão do anticorpo p16. a quantidade de cds foi analisada com o software image j 1.51k e as diferenças entre os grupos foram comparadas estatisticamente por testes paramétricos e não-paramétricos utilizando o software spss versão 18.0. os valores foram expressos como média e desvio padrão (dp) e um nível de significância de 5% (p < 0,05) foi considerado. a densidade de cds cd1a+ intratumorais no ccet foi significativamente menor do que no tecido intraepitelial do controle e do po (p = 0,017 e p = 0,005, respectivamente). as cds cd83+ estavam significativamente diminuídas no po e ccet quando comparadas ao tecido conjuntivo normal (p < 0,001). embora foi detectado uma maior proporção de imunomarcação do p16 nas lesões do ccet, não houve diferenças estatisticamente significativas entre a quantificação de cds entre as lesões p16+ e p16- (p > 0,05). assim, a positividade de p16 em po e ccet não contribui para a depleção das cds.