Responsive image
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Não Informado

Departamento: Não Informado

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Institucional

Tipo do Documento: Tese

Título: OPERAÇÕES POÉTICAS DE EUGENIO MONTALE: OS MINERAIS EM OSSI DI SEPPIA

Orientador
  • PATRICIA PETERLE FIGUEIREDO SANTURBANO
Aluno
  • ARIVANE AUGUSTA CHIARELOTTO

Conteúdo

Esta pesquisa aborda imagens que os minerais sólidos reverberam nos poemas de ossi di seppia (ossos de sépia), do italiano eugenio montale. nosso estudo será focado em poemas escritos entre 1916 e 1927. o interregno indica que se trata de uma obra concebida e elaborada aos poucos, razão por que por algum tempo o autor considerou ossi di seppia uma obra inacabada, ainda que já a tivesse publicado. o poeta, que nasceu em 1896, em gênova, capital da ligúria, nos tempos em que elaborava a obra vivia as confluências de uma transição cultural, que envolvia o ambiente da família, de tradições católico-burguesas, além da conjuntura política e cultural que compunha o cenário do pós-grande guerra. os minerais, em grande evidência nesta obra, retratam o cenário natural lígure, compreendendo: mar, água, sal, pedras, rochas e cascalho. geralmente, em razão de sua natureza rígida ou dura, os minerais sólidos, são analisados pela crítica sob a perspectiva metafórica, que os associa a obstáculos existenciais. porém, ossi di seppia compreende uma complexa rede de relações, pois, enquanto a época está para os grandes eventos, como a primeira guerra, montale está para um mundo aparentemente insignificante, à sua volta, feito de formigas, passarinhos, mar, fendas das pedras, entre outros. ele lhes concede voz, valendo-se das características imprevisíveis e irreverentes da natureza para questionar a inexorabilidade de determinados percursos. levando-se em conta a concepção de arte do escritor, num momento em que as controvérsias históricas prenunciavam grandes mudanças culturais, como se poderiam interpretar as imagens dos minerais sólidos no texto poético montaliano? nossa hipótese é de que os versos desta obra não podem ser tomados como simples expressão de uma existência angustiada, mas como manifestação particular de um poeta que reconhece o elemento que perdura, ou seja, o real conjugado à memória. ao longo dos três capítulos deste trabalho, demonstraremos que os poemas confrontam, de forma particular, as convenções da representação na obra de arte. muito mais do que operar por associação de sentidos e semelhanças, a abordagem contrabalança ideias opostas, evidenciando, ademais, os fragmentos e os objetos do cotidiano, enquanto modo de construir as contrametáforas. os poemas, lidos sob a ótica da dialética, rompem com os esquemas lineares e expressam uma particular percepção da história. comprovaremos as correlações entre concepções filosóficas e texto poético, operação que dá origem a uma arte poética que atualmente se pode denominar de poesia-pensamento.

Índice de Shannon: 3.85507

Índice de Gini: 0.922853

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
5,49% 4,78% 4,02% 4,13% 8,94% 6,95% 3,89% 11,87% 3,97% 4,42% 5,62% 3,67% 4,31% 7,74% 5,74% 14,47%
ODS Predominates
ODS 16
ODS 1

5,49%

ODS 2

4,78%

ODS 3

4,02%

ODS 4

4,13%

ODS 5

8,94%

ODS 6

6,95%

ODS 7

3,89%

ODS 8

11,87%

ODS 9

3,97%

ODS 10

4,42%

ODS 11

5,62%

ODS 12

3,67%

ODS 13

4,31%

ODS 14

7,74%

ODS 15

5,74%

ODS 16

14,47%