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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Não Informado

Departamento: Não Informado

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Ambiental

Tipo do Documento: Tese

Título: REPENSANDO A QUESTÃO AMBIENTAL: A CONTRIBUIÇÃO DE GIORGIO AGAMBEN

Orientador
  • LUIZ FERNANDO SCHEIBE
Aluno
  • EVANDRO DE OLIVEIRA

Conteúdo

A sociedade contemporânea vem debatendo há décadas a questão ambiental. conforme ocorreram avanços nos debates sobre o tema, distintas vertentes do conhecimento aderiram à discussão, a saber: a economia, a sociologia, a biologia, dentre outras. com isso, surgiram múltiplos conceitos e teorias que procuram compreender o meio ambiente, ou até mesmo, demonstrar possíveis soluções para a designada “crise ambiental”. esta tese foi escrita com o intuito de dar continuidade ao debate em volta de temáticas ambientais, não no sentido de apresentar soluções, mas com a intenção de propor novas perguntas, de criticar e, acima de tudo, repensar distintas perspectivas ambientalistas. para alcançar o objetivo, lançamos mão de uma estrutura conceitual do filósofo italiano giorgio agamben para refletir sobre temas ambientais discutidos pelos autores ignacy sachs, enrique leff, carlos walter porto gonçalves e héctor ricardo leis. a tese ficou dividida em quatro capítulos. no capítulo um, apresentamos a perspectiva de walter benjamim de que o capitalismo é uma religião, e nela estão contidos cultos práticos e permanentes que geram culpa, desespero e esfacelamento. deus tornou-se dinheiro, de acordo com a religião capitalista. partindo desta ideia criticamos temas como ecodesenvolvimento e o desenvolvimento sustentável, abordando a interação entre os cultos do capital (o mercado, o consumo, o agronegócio, etc) e o meio ambiente. destacamos a relação entre o deus/dinheiro e o meio ambiente e a “dívida ambiental”. por fim, neste capítulo, entendemos que olhar o capitalismo não apenas como um sistema econômico, mas como algo essencialmente religioso, propicia um novo olhar sobre esse modelo que gera tantos males sociais e ambientais. no capítulo dois, adentramos na filosofia de agamben, que partindo da ótica de que o capitalismo é uma religião, vai propor profanar o mesmo. juntamente com o conceito de profanação, outros conceitos que possuem correlação com este foram abordados, a destacar: consagração, museificação, dispositivo, uso, meios puros, secularização e fetiche. usando esses conceitos, discutimos assuntos como a “consagração ambiental”, a “captura do amor”, a “natureza no museu”, e criticamos a racionalidade ambiental e a dicotomia homem/natureza. como conclusão preliminar do capítulo, enfatizamos como agamben pode propiciar um novo olhar sobre temas que envolvem principalmente economia, política e meio ambiente. no capítulo três discutimos a biopolítica em agamben, relacionando-a aos conceitos de vida nua, estado de exceção, campo e o bando soberano. a partir da biopolítica em agamben, discutimos a exclusão inclusiva da natureza, a “biopolítica ambiental”, a tranformação dos povos originários em vida nua, a destituição do poder jurídico, e por último, criticamos os projetos de desenvolvimento. as considerações finais do capítulo três se respaldam principalmente na interação entre biopolítica e meio ambiente, e as possíveis conseqüências desta relação. no último capítulo da tese, o capítulo quatro, explicamos o conceito de forma-de-vida em agamben. para compreender a forma-de-vida, explicitamos também a relação entre regra e vida, norma e vida, máquina biopolítica e inoperosidade. com isso, repensamos assuntos como responsabilidade ambiental, normas ambientais, bem como propomos olhar o estilo de vida atual como uma regra e destacamos a importância de a questão ambiental ser menos normativa. ainda no capítulo quatro, compreendemos que a proposta de agamben de viver uma vida que não seja desprovida de sua forma, pode auxiliar a ver a questão ambiental de uma nova maneira. por fim, na conclusão da tese, defendemos que existe, sim, a possibilidade de usar os conceitos de agamben para repensar temas ambientais, mesmo que esse filósofo não aborde diretamente tais questões, obtendo como retorno diversas reflexões que contribuem para se repensar a questão ambiental.

Índice de Shannon: 3.19213

Índice de Gini: 0.809122

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
1,89% 2,47% 2,30% 2,43% 3,28% 4,96% 3,39% 2,37% 3,31% 2,01% 5,76% 39,55% 4,46% 4,17% 4,94% 12,71%
ODS Predominates
ODS 12
ODS 1

1,89%

ODS 2

2,47%

ODS 3

2,30%

ODS 4

2,43%

ODS 5

3,28%

ODS 6

4,96%

ODS 7

3,39%

ODS 8

2,37%

ODS 9

3,31%

ODS 10

2,01%

ODS 11

5,76%

ODS 12

39,55%

ODS 13

4,46%

ODS 14

4,17%

ODS 15

4,94%

ODS 16

12,71%