Este trabalho apresenta um estudo sobre ondas e marés meteorológicas extremas no sul do brasil através de análises de séries com defasagem temporal. utilizaram-se dados de ondas e nível da água medidos no norte do estado de santa catarina. foi realizada uma análise sazonal e direcional de ondas extremas em águas profundas, identificando-se que, em todas as estações do ano, acontecem eventos extremos com quatro direções predominantes: sul, sudeste, leste e nordeste. foi calculada a correlação parcial serial entre a maré meteorológica e os dados de vento e pressão atmosférica, identificando-se que a plataforma continental interna ao longo da argentina e uruguai é a área com maior correlação na geração de marés meteorológicas; verificando-se, também, que as ondas e as marés meteorológicas são geradas em diferentes momentos da tempestade. foram traçadas as trajetórias dos ciclones, sendo identificadas três regiões ciclogenéticas no período, que coincidiram com as áreas de maior correlação. encontrou-se a defasagem temporal ideal: lag de -9 h para a pressão e lag de -26 h para o vento, o que possibilitou a criação de um modelo de regressão linear múltipla com defasagem temporal – este modelo representou 82% das variações no nível meteorológico. identificou-se que os ventos provenientes de sul-sudoeste, paralelos à costa da américa do sul, com uma inclinação de 30° com relação ao norte, causam uma maré meteorológica positiva e ventos provenientes de norte-nordeste causam uma maré meteorológica negativa. como validação desta metodologia, foi testado o modelo para o porto de itajaí, o qual representou 74% das variações no nível meteorológico, demonstrando que é possível desenvolver um sistema de monitoramento e previsão de maré meteorológica para o sul do brasil. foi realizada uma análise de extremos de ondas para os períodos de retorno de 1, 10 e 100 anos, e propagadas para a costa, identificando-se em todas as estações do ano acontecem eventos extremos em quatro direções predominantes: sul, sudeste, leste e nordeste mas nenhuma das direções de ondas simuladas para os diferentes períodos de retorno representa um evento extremo para as praias da enseada do itapocorói