
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Não Informado
Departamento: Não Informado
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Social
Tipo do Documento: Tese
Título: SISTEMAS NANOESTRUTURADOS PARA LIBERAÇÃO DE PROGESTERONA: NANOPARTÍCULAS POLIMÉRICAS, MICROEMULSÃO E NANOPARTÍCULAS LIPÍDICAS SÓLIDAS
Orientador
- PEDRO HENRIQUE HERMES DE ARAUJO
Aluno
- ODINEI FOGOLARI
Conteúdo
Progestógenos possuem diversas aplicações na saúde humana e animal, especialmente em protocolos de inseminação artificial em tempo fixo (iatf). a progesterona (p4) apresenta vantagens em relação a progestinas, no entanto possui baixa biodisponibilidade quando administrada por via oral e é um composto hidrofóbico de difícil solubilização em formulações injetáveis. por isso, este trabalho tem por objetivo obter, caracterizar e avaliar a incorporação de progesterona em nanopartículas poliméricas (pmma e p(mma-co-aa)), microemulsão à base de tensoativos não iônicos e nanopartículas lipídicas sólidas, a fim de auxiliar na administração e liberação sustentada deste composto. inicialmente, foi validado um método espectrofotométrico uv para quantificação de p4 em nanopartículas poliméricas. os ensaios demonstraram que o método é seletivo, preciso, exato e robusto o suficiente para a determinação de p4 em partículas de pmma. em seguida, foi realizada análise da síntese e caracterização de nanopartículas poliméricas, as quais foram obtidas por meio de reações de polimerização em miniemulsão de metacrilado de metila (mma). as partículas apresentaram morfologias de nanoesferas e nanocápsulas, com diâmetros médios entre 150-300 nm. foi possível incorporar até 20 mgp4.glátex-1 mantendo estabilidade e eficiência de encapsulação acima de 60%. nos testes de liberação in vitro com nanoesferas, aproximadamente 20% do fármaco foi instantaneamente solubilizado no meio, possivelmente por estar adsorvido na camada superficial das partículas. enquanto em nanocápsulas, apenas 2% foi liberado instantaneamente. apesar do perfil semelhante de liberação, os ensaios demonstraram que nanocápsulas apresentam maior potencial de retenção do fármaco. o segundo sistema polimérico avaliado foi partículas de p(mma-co-aa) sensíveis ao ph, as quais foram sintetizadas por meio da copolimerização de mma e ácido acrílico (aa) em miniemulsão. as partículas apresentaram tamanhos entre 200-300 nm quando em ph < 4,25. verificou-se que 54% das cargas ácidas decorrentes da ionização do p(mma-co-aa) encontram-se na superfície das partículas. a eficiência de encapsulação para amostras com 20 mgp4.glátex-1 ficou em aproximadamente 60%. a liberação in vitro ocorreu de forma mais rápida em ph 6 e 8 se comparado ao ph 3, devido à ionização dos grupos carboxílicos e inchamento das partículas. a ocorrência de intumescimento no processo de liberação foi confirmada com a aplicação do modelo de weibull, cujos coeficientes obtidos estão correlacionados com mecanismo de transporte combinado (intumescimento/difusão). a próxima etapa envolveu a obtenção e caracterização de microemulsão com potencial para entrega de p4. a microemulsão foi preparada com polisorbato 80/1-butanol e triglicerídeos de ácido cáprico/caprílico (crodamol gtcc®) como fase oleosa. por meio do diagrama de fase foram identificadas as proporções entre os componentes que formaram microemulsão. foram selecionadas duas formulações para testes com progesterona, as quais contêm 45% e 10% de água na composição e permitiram incorporar 24,7 e 52,5 mgp4.gme-1, respectivamente. as microemulsões apresentaram ph neutro, gotas com tamanho inferior a 30 nm, comportamento newtoniano e baixa viscosidade (< 44,6 mpa.s). sob esses aspectos, apresentaram estabilidade e potencial para uso na liberação de p4. nos testes de permeação em célula de difusão, a liberação de p4 incorporada em microemulsão foi mais lenta se comparada ao controle (p4 solubilizada em crodamol). a liberação na amostra de crodamol foi controlada pela erosão, enquanto para microemulsão ocorreram mecanismos combinados (difusão e erosão). o quarto sistema avaliado foi nanopartículas lipídicas sólidas (nls), preparadas pelo método de emulsificação-ultrassom a partir de lipídeos sólidos (ácido láurico, ácido esteárico e monoestearato de glicerila - meg) e líquido (crodamol gtcc®). as formulações que apresentaram melhor estabilidade e potencial para incorporação de fármaco foram ácido esteárico/crodamol e meg/crodamol, ambas com teores lipídicos de 1 e 2,5%. essas formulações apresentaram tamanho de partícula entre 140 360 nm. o limite de incorporação de p4 na mistura lipídica ficou entre 0,5 1,0 gp4.glipídeo-1. as eficiências de encapsulação ficaram acima de 93%. as análises de ftir indicaram que a formulação meg/crodamol pode favorecer a solubilização de p4 nas partículas se comparadas ao sistema ácido esteárico/crodamol. mudanças no tipo de lipídeo e relação p4/lipídeos produziram diferentes perfis de permeação em célula de difusão. formulações com meg/crodamol e menor relação p4/lipídeo apresentaram perfis de liberação mais lentos. neste caso, os coeficientes obtidos com a aplicação do modelo de weibull foram correlacionados com mecanismo difusional de fick.
Índice de Shannon: 3.93955
Índice de Gini: 0.931724
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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4,05% | 5,63% | 12,06% | 5,14% | 4,87% | 7,17% | 7,22% | 6,87% | 7,64% | 4,96% | 7,17% | 4,09% | 4,35% | 6,52% | 5,56% | 6,68% |
ODS Predominates


4,05%

5,63%

12,06%

5,14%

4,87%

7,17%

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