Sistemas álcali ativados são novos produtos formados por uma fonte de aluminossilicato amorfo (precursor) ativado com soluções de metais alcalinos. os precursores podem ser minerais ou resíduos industriais. na indústria carbonífera em santa catarina – brasil, cerca de 60% da massa de rom extraída das minas, é resíduo e implica em grandes depósitos de descarte levando a uma série de problemas ambientais. esse material contém principalmente argilominerais, quartzo e pirita, que se submetidos a tratamento térmico podem produzir fases vítreas. o objetivo desse trabalho foi avaliar o potencial de utilização dos resíduos de mineração de carvão (rejeito grosso - r2, lama da bacia de decantação - lmd e resíduo de combustão espontânea - rce) no desenvolvimento de cimento álcali ativado (aac), identificando os parâmetros que podem intervir na álcali ativação. as misturas foram desenvolvidas em sistemas simples, binários com metacaulim e híbridos com cimento portland. a solução ativadora é composta por naoh dissolvido em silicato de sódio (10,3m), cura térmica a 50°c por 24 horas. os resultados apresentaram o bom comportamento mecânico das pastas produzidas com o resíduo lmdt com valores chegando a 68 mpa aos 28 dias, porém os resíduos r2t e rce apresentaram desempenho inferior, o que pode estar relacionado com o desenvolvimento da microestrutura, pois foi evidenciado a maior formação de géis n-a-s-h nas pastas com lmdt, diferente do observado para os rce, as análises sugerem falta da polimerização durante os processos de reação para esse resíduo. a adição de metacaulim e cimento portland proporcionaram aos resíduos r2t e rce maior ganho de rigidez e resistência, atingindo resistência à compressão de 71mpa para o r2t e 59 mpa para o resíduo rce com 50% de metacaulim. por fim, foi evidenciada a viabilidade de utilização de resíduos de mineração de carvão principalmente a lama da bacia de decantação e o rejeito grosso como matéria prima, em cimentos álcali ativados, esse último quando em composição com metacaulim.