
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Desportos
Departamento: Não Informado
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Social
Tipo do Documento: Dissertação
Título: MULTIMORBIDADE DE DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS NO BRASIL: PREVALÊNCIA E ASSOCIAÇÃO COM INDICADORES SOCIODEMOGRÁFICOS, DE ATIVIDADE FÍSICA E DE COMPORTAMENTO SEDENTÁRIO EM ADULTOS E IDOSOS
Orientador
- GIOVANI FIRPO DEL DUCA
Aluno
- MARINA CHRISTOFOLETTI DOS SANTOS
Conteúdo
O objetivo do presente estudo foi identificar a prevalência da multimorbidade e a simultaneidade de doenças crônicas não transmissíveis (dcnts), bem como sua associação com indicadores sociodemográficos, de atividade física e de comportamento sedentário em adultos e idosos no brasil. trata-se de um estudo transversal de base populacional, realizado com indivíduos =18 anos de idade, residentes nas 27 capitais das unidades federativas do brasil. para isso, foi realizada uma análise secundária do inquérito nacional vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico, do ano 2013. o instrumento utilizado foi um questionário previamente validado, aplicado via entrevista telefônica. a multimorbidade de dcnts, foi mensurada a partir do autorrelado de =2 doenças (diabetes, dislipidemia, hipertensão arterial e obesidade). as exposições foram os indicadores sociodemográficos (sexo, idade, situação conjugal, cor da pele, escolaridade e macrorregiões demográficas); de atividade física (domínios do deslocamento, domicílio, lazer e trabalho, prática de atividade física total =10 min/semana, 11 a 149 min/semana e =150 min/semana); e de comportamento sedentário (tempo de televisão diário <2 horas/dia e =2 horas/dia). o estudo teve aprovação do comitê nacional de ética em pesquisa para seres humano do ministério da saúde (parecer n° 355.590). a estatística descritiva contou com as prevalências absoluta e relativa, médias e desvio padrão. na estatística inferencial, foram empregadas as regressões de poisson, logística binária e multinomial. todas as análises foram acompanhadas de seus intervalos de confiança de 95% (ic95%), e os níveis de significância adotados foram de 5%. a prevalência de multimorbidade de dcnts foi de 13,7% em adultos e 42,9% em idosos. quanto ao cenário nacional, houve variação de 7,8% e 13% pontos percentuais desse desfecho em adultos e idosos, respectivamente, entre as capitais brasileiras. quanto às combinações, houve destaque para a presença simultânea da diabetes, hipertensão arterial e obesidade. a hipertensão arterial foi doença mais frequente na ocorrência da multimorbidade, aparecendo em 77,1% dos casos em adultos e 90,7% em idosos. o risco de ocorrência de multimorbidade foi 27,65 vezes maior em hipertensos adultos e 16,52 vezes maior nos hipertensos idosos quando comparados aos não hipertensos. considerando as combinações específicas de doenças, o maior risco esteve para os adultos e idosos com diabetes e hipertensão arterial, que tiveram a probabilidade 3,84 e 2,79 vezes maior, respectivamente, de coexistirem. em adultos, houve associação da simultaneidade de dcnts conforme o avanço da idade e para aqueles com companheiro(a) e menor escolaridade. nos idosos, esse desfecho se associou com o sexo feminino e naqueles com a cor de pele preta ou parda, que viviam com companheiro(a) e tinham menor escolaridade. considerando as variáveis comportamentais em adultos, o maior tempo de televisão e a não prática de atividade física no lazer foram exposições de risco para a multimorbidade, ao passo que a proteção para tal desfecho esteve na prática de atividade física total e na atividade física no deslocamento e trabalho. para os idosos, o maior tempo de televisão foi uma exposição de risco e a atividade física no domicílio e trabalho foram exposições protetoras para a ocorrência do desfecho. por fim, houve interação da prática de atividade física com o comportamento sedentário na ocorrência de multimorbidade. conclui-se que na população adulta e idosa das capitais brasileiras, a hipertensão arterial foi identificada como a doença que oferece maior risco para o acúmulo de novas dcnts. o avanço da idade, a menor escolaridade e o maior tempo de televisão foram importantes exposições de risco para a multimorbidade, em ambos os grupos etários. contudo, a atividade física mostrou-se um comportamento preventivo para a ocorrência do desfecho, com destaque para a sua prática total suficiente. logo, medidas incentivando a prevenção de novas doenças, em especial a hipertensão arterial, e mudanças de comportamento para a redução do tempo de televisão e aumento da prática de atividade física, devem existir para o combate da multimorbidade de dcnts no brasil.
Índice de Shannon: 3.59946
Índice de Gini: 0.880188
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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6,02% | 7,06% | 28,70% | 8,05% | 6,81% | 3,59% | 2,88% | 6,01% | 3,77% | 4,17% | 4,25% | 3,26% | 4,00% | 3,67% | 3,71% | 4,05% |
ODS Predominates


6,02%

7,06%

28,70%

8,05%

6,81%

3,59%

2,88%

6,01%

3,77%

4,17%

4,25%

3,26%

4,00%

3,67%

3,71%

4,05%