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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Ciências Jurídicas

Departamento: Não Informado

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Institucional

Tipo do Documento: Tese

Título: O SUJEITO CIDADÃO NOS DESLOCAMENTOS HUMANOS FORÇADOS: UMA CONCEPÇÃO DE CIDADANIA FRATERNA

Orientador
  • OLGA MARIA BOSCHI AGUIAR DE OLIVEIRA
Aluno
  • DEISEMARA TURATTI LANGOSKI

Conteúdo

A presente tese doutoral versa sobre a cidadania e o sujeito cidadão nos deslocamentos humanos forçados, com o intuito de propor indicativos para uma concepção de cidadania, sob o fulcro da teoria da fraternidade. voltada aos direitos humanos, apresenta uma contribuição com estudos interdisciplinares, para o entendimento da situação dos migrantes e refugiados. como problema de pesquisa, propõe-se: é possível afirmar se, de acordo com a proteção internacional dos direitos humanos, a teoria da fraternidade pode ser um referencial para a (re)interpretação da concepção de cidadania, a fim de que o estado constitucional com base nesses aportes, reconheça os migrantes e refugiados, como autênticos sujeitos cidadãos, em face da diversidade social e pluralista que caracteriza a sociedade do século xxi? verifica-se a evolução dos modelos de cidadania, a partir de sua origem, passando pelas revoluções burguesas, inclusive o fenômeno da globalização. apresenta-se a origem da fraternidade e sua historicidade, assentando como marco a revolução francesa de 1789 e, ao assinalar episódios históricos relevantes: o pleito da insurreição, o papel das mulheres no evento, a revolução haitiana e a condição dos “não franceses”, busca-se entender o abandono do ideal da fraternidade e, na época atual, sua pretensa demanda ética, política e jurídica. discute-se a migração como um direito humano, com a percepção do estado constitucional para a reafirmação do sujeito cidadão na contemporaneidade, a partir da matriz constitutiva do direito fraterno e dos estudos pós-modernos do ius migrandi, o qual se consagra no direito de mobilidade humana, perante o intenso fluxo migratório internacional. analisa-se o (re)vivificar da fraternidade pela apreensão do tríptico: direito a migrar, autrement e hospitalidade, com o escopo de anunciar um novo arquétipo de cidadania que se denomina de cidadania fraterna. a tese, estruturada em quatro capítulos, os quais correspondem aos objetivos específicos da pesquisa científica, apresenta como metodologias, a abordagem dedutiva, o procedimento monográfico e a técnica de pesquisa bibliográfica. a complexidade dos recentes deslocamentos humanos internacionais, contrastam com estudos ue sustentam questões como cidadania, direitos humanos e direito fraterno, sendo que este propõe deslocar o olhar do sujeito de direito para o outro em suas concepções jurídicas, ao evidenciar a dignidade humana nos campos da subjetividade e da relacionalidade. não se pode mais pensar em um processo que compreenda direitos, enquanto pertencentes e possíveis, exclusivamente, aos nacionais ou apenas aos residentes de um determinado país. é imperioso conceber uma demanda em torno do estado constitucional, que impõe considerar direitos cujas possibilidades de entrega são feitas na perspectiva do estado democrático de direito - tendo referida expressão o sentido de pensar em direitos afetos aos cidadãos circunscritos e pertencentes em uma comunidade, indistintamente considerados, quais sejam cidadãos e cidadãs do mundo. tendo como alvo o direito dos migrantes e refugiados, convém indicar para a efetivação dos direitos humanos - nos termos preconizados na declaração universal de direitos humanos de 1948 - um mínimo de multifuncionalidade e estruturas jurídico-sociais, cujo protagonista da cidadania consubstancia-se no sujeito cidadão. a hipótese levantada foi verificada no último capítulo e o resultado da pesquisa centra-se na seguinte consideração: é imperiosa a necessidade de ampliar a compreensão da cidadania, a qual pressupõe além dos direitos e deveres tradicionais já preconizados, reconheça à todas as pessoas, indistintamente, o pertencimento mundial, com a proteção ao direito de migrar, sendo a matriz teórica da fraternidade o fundamento para uma nova relacionalidade. neste contexto, vislumbra-se indicativos para a constituição de um modelo de cidadania com a ampliação de seu conceito para uma cidadania fraterna.

Índice de Shannon: 0.657999

Índice de Gini: 0.140454

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
0,54% 0,45% 0,40% 0,44% 0,87% 0,39% 0,28% 0,45% 0,60% 0,65% 0,67% 0,33% 0,34% 0,52% 0,38% 92,69%
ODS Predominates
ODS 16
ODS 1

0,54%

ODS 2

0,45%

ODS 3

0,40%

ODS 4

0,44%

ODS 5

0,87%

ODS 6

0,39%

ODS 7

0,28%

ODS 8

0,45%

ODS 9

0,60%

ODS 10

0,65%

ODS 11

0,67%

ODS 12

0,33%

ODS 13

0,34%

ODS 14

0,52%

ODS 15

0,38%

ODS 16

92,69%