Atualmente é notória e crescente preocupação em proporcionar assistência segura aos pacientes com avanços importantes na área da saúde. no entanto, o paciente ainda está sujeito a riscos enquanto usuário dos serviços de saúde. trata-se de estudo do tipo descritivoexploratório de abordagem quantitativa e revisão integrativa, que teve como objetivo geral é construir um guia de boas práticas para prevenção de infecção primária de corrente sanguínea associada ao uso de cateter venoso central de curta permanência e os específicos, conhecer o “saber” e o “fazer” dos profissionais da equipe de saúde quanto aos cuidados relacionados à inserção, manutenção e manuseio do cateter venoso central; e, elencar as boas práticas, com base na literatura científica e no conhecimento dos profissionais de saúde, com vistas à elaboração do guia de boas práticas. a coleta de dados deu-se entre novembro e dezembro de 2016 por meio da aplicação de um questionário aplicado a 68 profissionais de saúde que atuam no serviço de emergência geral, obtendo-se a participação de 82,9% da equipe de saúde integrante do processo de cuidados do cateter venoso central. foi realizada ainda, revisão integrativa para buscar evidências das boas práticas no manuseio do cateter. a análise dos dados deu-se por meio de análise estatística, inferencial e descritiva. os aspectos éticos da pesquisa foram respeitados, conforme resolução 466/12 e respectivos comitês de ética. o resultado foram dois manuscritos e um produto. o primeiro manuscrito “o processo de cuidado do cateter venoso central de uma emergência adulto: fatores contribuintes para infecção primária de corrente sanguínea”, traz o saber e fazer dos profissionais quanto às recomendações da agência nacional de vigilância sanitária do ano de 2013. os dados apontam fragilidades na etapa de inserção, como falhas na escolha do sítio preferencial para inserção do cateter venoso central e indicações prioritárias para seu uso, bem como falta de capacitação permanente sobre o assunto e inexistência de protocolos e rotinas; potencialidades, como boa prática na higienização das mãos em todas as etapas do processo de cuidados com o cateter em questão, conscientização das principais causas de infecção primária de corrente sanguínea. o segundo manuscrito apresenta os resultados da revisão integrativa, o qual trouxe as melhores práticas que posteriormente compuseram o guia. como produto o “guia de boas práticas para prevenção de infecção primária de corrente sanguínea”, identificando as melhores práticas na inserção, manutenção e manuseio do cateter venoso central de curta permanência, com vistas à prevenção de infecção primária de corrente sanguínea. o estudo demonstrou que a segurança do paciente tem potencial de melhorias em todas as etapas de processo de cuidados com o cateter venoso central e expressivas recomendações com vistas a fortalecer a segurança do paciente, como a conscientização da higienização das mãos, a importância da barreira máxima no momento da inserção do cateter, avaliação diária da necessidade de permanência do cateter, uso da veia subclávia como sítio preferencial de inserção do cateter, entre outros cuidados. assim, conclui-se que o uso de guias de boas práticas são estratégias eficazes para prevenção e redução de infecções, garantindo qualidade nos serviços em saúde.