
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Não Informado
Departamento: Não Informado
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Institucional
Tipo do Documento: Tese
Título: VISIBILIZAR HISTÓRIAS OUTRAS DA ANTROPOLOGIA: GERAÇÕES DE ANTROPÓLOGOS E ANTROPÓLOGAS EM MOÇAMBIQUE PÓS-COLONIAL
Orientador
- ANTONELLA MARIA IMPERATRIZ TASSINARI
Aluno
- HELDER PIRES AMANCIO
Conteúdo
O principal objetivo deste trabalho é compreender o percurso da antropologia em moçambique, com atenção ao contexto pós-colonial. para o efeito, baseei-me na pesquisa documental e bibliográfica, na participação observante e nas entrevistas narrativas junto às e aos protagonistas moçambicanos/as do campo antropológico acadêmico. a pesquisa teve a duração de aproximadamente doze meses. sustento que o desenvolvimento da antropologia em moçambique reflete a dinâmica histórica complexa e contraditória do país, que ela própria ajudou a construir, e também por ela foi constituída. neste trabalho identifico quatro gerações de antropólogos/as em moçambique. centro-me na descrição das trajetórias de vida, de formação, redes de relações intelectuais, institucionais, afetivas e de amizade das duas primeiras gerações, que contemplam o período que vai da crise e marginalização da antropologia à sua revitalização, principal foco da tese. demonstro que durante a vigência do colonialismo no país, o poder oficial instrumentalizou a antropologia e a colocou a seu serviço, embora houvesse antropólogos e missionários (sobretudo, protestantes) que foram severamente críticos ao poder colonial. nesse sentido, sustento que as fronteiras entre a antropologia e o colonialismo em moçambique são ambíguas. discuto ainda a relativa marginalização da antropologia no período pós-independência, situação que ocorreu em muitos outros países africanos, porque conotada como arma de arremesso do poder colonial e entendida como estudo das sociedades tradicionais, num contexto em que se pretendia construir sociedades e estados-nações modernos (o homem novo, no caso moçambicano). argumento que a revitalização da antropologia em moçambique resulta do fracasso dos projetos de desenvolvimento socialistas, quando ela é novamente instrumentalizada para auxiliar na compreensão dos obstáculos colocados a esses projetos. na atualidade a antropologia é cada vez mais convocada para compreender os complexos processos socioculturais, políticos e econômicos no âmbito do desenvolvimento do país. essa demanda tem com objetivo de produzir conhecimento e supostamente ajudar a promover a igualdade, o bem-estar e justiça social, num contexto de profundas desigualdades sociais, resultantes das escolhas políticas e econômicas do período socialista e capitalista, da guerra civil e das múltiplas e cíclicas crises (econômicas, político-militares, sanitárias) que perduram no país ao longo da sua história recente. procuro com este trabalho visibilizar histórias outras, atrizes e atores moçambicanas/os da antropologia e contribuir para a promoção de uma perspectiva crítica e plural da história de nossa disciplina, desafio que permanece aberto a novas abordagens.
Índice de Shannon: 3.7874
Índice de Gini: 0.911603
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
4,92% | 4,43% | 5,64% | 4,70% | 7,44% | 3,36% | 5,70% | 7,58% | 7,96% | 6,55% | 5,60% | 3,29% | 4,34% | 3,95% | 3,74% | 20,80% |
ODS Predominates


4,92%

4,43%

5,64%

4,70%

7,44%

3,36%

5,70%

7,58%

7,96%

6,55%

5,60%

3,29%

4,34%

3,95%

3,74%

20,80%