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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Não Informado

Departamento: Não Informado

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Social

Tipo do Documento: Tese

Título: BIOLOGIA FUNCIONAL E ESTRUTURAL RELACIONADA À HOMEOSTASE GLICÊMICA EM MORCEGOS (MAMMALIA, CHIROPTERA): UMA ABORDAGEM PAUTADA NOS DIFERENTES HÁBITOS ALIMENTARES

Orientador
  • ALEX RAFACHO
Aluno
  • GUILHERME DURANTE CRUZ

Conteúdo

O hábito alimentar de uma espécie pode ser determinante para o seu metabolismo geral. muitos morcegos são conhecidos por fazerem uso restrito de determinadas dietas, e isso envolveu adaptações em sua estrutura corpórea, acumuladas ao longo de milhares de anos, incluindo os órgãos metabólicos (i.e., pâncreas, fígado, musculatura esquelética, intestinos, etc). assim, buscamos nos morcegos uma forma de avaliar comparativamente essa relação de órgãos envolvidos na homeostase glicêmica com determinados padrões alimentares. mais especificamente, objetivamos avaliar parâmetros metabólicos e estruturais relacionados a homeostase glicêmica em quatro espécies de morcegos com diferentes hábitos alimentares (frugívoro, hematófago, insetívoro e nectarívoro). nossa hipótese é que as espécies que se restrinjam mais a dietas proteicas (i.e., hematófagos e insetívoros) possuirão ilhotas pancreáticas com uma contribuição menor das células beta e maior das células alfa; fígado e músculo com maiores reservas de glicogênio e mais aptos a disponibilidade energética e intestinos com arquitetura mais complexa. da mesma forma nas espécies com dieta rica em carboidratos (i.e., frugívoros e nectarívoros) esperamos diferentes adaptações funcionais e estruturais em relação as espécies com dieta rica em proteína. morcegos das espécies artibeus lituratus e a. fimbriatus (frugívoros), n=15; desmodus rotundus (hematófago), n=9; molossus molossus (insetívoro), n=6 e anoura caudifer (nectarívoro), n=5, foram capturados na natureza e pernoitaram em laboratório antes de serem estudados. foram analisados glicemia, perfil lipídico (colesterol total, triglicerídeos, ldl, hdl, vldl), sensibilidade a insulina e tolerância a glicose, conteúdo de glicogênio hepático e muscular, comprimento intestinal, massa de órgãos e relações com a massa corpórea, exames histológicos de microscopia de luz, imunofluorescência bem como microscopia de transmissão e de varredura. nossos principais resultados revelaram que morcegos em dietas ricas em proteína apresentam equivalências metabólicas e estruturais entre si e diferenças em relação aos morcegos com dietas predominantes em carboidratros. houve diferenças complexas no perfil lipídico e no teor de glicogênio hepático entre as espécies, em particular na espécie insetívora, que apresentou glicogênio tipo beta (¿) (lenta mobilização) em fígado e músculo e em grande abundância. a espécie hematófaga foi a única com valores de glicogênio muscular superior ao hepático. em relação as estruturas intestinais foram observadas evidências indiretas de atividade paracelular intestinal nas espécies com dieta rica em carboidrato, bem como maiores vilosidades e microvilosidades. na espécie insetívora foi observado co-localização de grânulos endócrinos em células acinares pancreáticas. a relação de massa absoluta de ilhota (mg) foi maior no hematófago. a relação de massa absoluta normalizada pelo peso corpóreo (mg/g p.c.), massa relativa de ilhotas (%), bem como a densidade foram maiores na espécie nectarívora. os dois grupos com dietas ricas em carboidratos e os insetívoros, na sequência, obtiveram as maiores massas de células beta. o hematófago foi o único grupo com massa absoluta de células alfa mais elevado que a massa de células beta. assim, concluímos que morcegos com dieta predominante em proteínas possuem maiores reservas de glicogênio, embora questionável no hematófago, e ilhotas pancreática onde as células alfa apresentam uma preponderância maior do que nas espécies com predomínio em dieta rica em carboidrato, sendo estas espécies munidas de maior massa de células beta e um intestino com maior complexidade luminal. além da dieta, outros fatores como o modo de forrageamento certamente influenciaram em adaptações metabólicas e morfológicas únicas dentro de cada grupo, ainda que estes sejam tão próximos filogeneticamente.

Índice de Shannon: 3.94574

Índice de Gini: 0.932779

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
5,38% 9,97% 7,47% 6,29% 5,26% 4,00% 8,02% 8,41% 6,52% 7,85% 6,42% 3,79% 3,98% 6,51% 4,52% 5,59%
ODS Predominates
ODS 2
ODS 1

5,38%

ODS 2

9,97%

ODS 3

7,47%

ODS 4

6,29%

ODS 5

5,26%

ODS 6

4,00%

ODS 7

8,02%

ODS 8

8,41%

ODS 9

6,52%

ODS 10

7,85%

ODS 11

6,42%

ODS 12

3,79%

ODS 13

3,98%

ODS 14

6,51%

ODS 15

4,52%

ODS 16

5,59%