A termografia é um instrumento que permite capturar alterações da temperatura corporal em tempo real e auxiliar na avaliação clínica, pois registra imagens térmicas, por meio de um sensor infravermelho que capta radiações emitidas pelo corpo. a utilização da termografia em lesões por queimadura é incipiente, poucos estudos disponíveis na literatura abordam o tema, sendo assim, o objetivo desse estudo foi identificar como a termografia pode contribuir, como método complementar, na avaliação clínica das lesões por queimaduras e identificar aspectos que devem ser considerados na proposta de um protocolo. os passos metodológicos que compuseram o desenvolvimento do estudo foram organizados em duas etapas: 1) revisão sistemática da literatura e; 2) relato de caso. na primeira etapa, foi realizada uma revisão sistemática da literatura, sendo as buscas realizadas em bases de dados, no mês de outubro de 2019.foram incluídos estudos publicados em formato de artigos científicos, originais, completos, sem restrição de linguagem e excluídos os com animais, de revisões bibliográficas não sistematizadas, cartas, resenhas e resumo. dos 11 estudos incluídos foram extraídas as informações, armazenados em programa microsoft excel e sintetizados. identificou-se resultados promissores na utilização da termográfica na avaliação da profundidade e na estimativa do tempo de cicatrização das lesões por queimaduras; contudo, cuidados com relação ao ambiente, termografia e paciente/lesão devem ser adotados. na segunda etapa, é apresentado um relatado de caso de pessoa que sofreu queimadura, em cujo acompanhamento ambulatorial foi utilizada a termografia como ferramenta complementar na avaliação da lesão por queimadura elétrica. os dados foram coletados por meio de entrevista com o paciente, avaliação clínica, foto 2d e termográfica, sendo os registros realizado em instrumento criado pelos autores. foram respeitados todos os preceitos éticos. identificou-se alterações teciduais ao longo do processo de cicatrização, por meio da utilzação da termografia, sendo os tecidos com menor temperatura, representados por tons como violeta e azul, nem sempre sendo compatíveis com os tecidos observados na avaliação clínica e nos registros fotográficos 2d e tecidos com maior temperatura sendo representados por tons como laranja e vermelho. a partir dessa pesquisa, foi possível identificar que a termografia apresenta resultados promissores e é capaz de identificar alterações teciduais que não são possíveis de serem observados na avaliação clínica e fotos 2d, apresenta capacidade de determinar a profundidade, tempo de cicatrização e complementar a avaliação clínica, contudo, aspectos devem ser considerados na sua utilização, principalmente os ambientais, pois podem causar interferências.