Nos últimos anos a matriz energética mundial vem demonstrando um constante aumento de participação de fontes renováveis. as características de tais fontes de geração impactam sobretudo no planejamento a curto prazo, impondo incertezas à programação da operação do sistema elétrico. é precípuo a necessidade de flexibilidade para manter em níveis de segurança o sistema elétrico, assegurando o balanço entre carga e geração. é possível buscar flexibilidade no estágio de operação por meio do dimensionamento da reserva operacional, de modo a garantir o uso racional das tecnologias de geração existentes em um parque produtor. neste contexto, a reserva pode ser avaliada em duas circunstâncias: quando a carga aumenta, há riscos de a geração programada não atender à demanda (e.g. insuficiência de geração por perda de uma unidade produtora, por súbita perda de recurso eólico ou solar e/ou erro grosseiro na previsão de carga), possibilitando a análise da flexibilidade do parque produtor em compor a reserva operacional a subir (ros); em momentos de perda súbita de blocos de carga combinados com a utilização de geração renovável de alto grau de variabilidade e incerteza (eólica e fotovoltaica), pode-se avaliar a flexibilidade do parque produtor para responder a uma condição operacional que conduz a redução rápida da produção convencional (hídricas e térmicas), compondo a reserva operacional a descer (rod), a qual pretende verificar a resposta do sistema mantendo os requisitos de inércia e verificando a existência de desperdício de geração renovável variável ou comprometimento da programação da operação de curto prazo. a avaliação da flexibilidade na reserva operacional pode ser determinada por meio de métodos probabilísticos, possibilitando estimar numericamente eventos ou grandezas de falha de flexibilidade por meio de indicadores que avaliam a confiabilidade e adequação de um parque gerador para atender a demanda. neste contexto, o presente trabalho propõe a introdução do conceito de flexibilidade da reserva operacional, a implementação de um algoritmo com base em simulação de monte carlo sequencial que contempla a representação da operação do sistema considerando a flexibilidade e possíveis ações de remediação considerando uma formulação do modelo matemático para a avaliação da adequação e ainda, a proposta de indicadores de risco para avaliação de falha do sistema elétrico em atender o excesso ou deficit de geração através da rod e ros, respectivamente, possibilitando evidenciar a metodologia da operação em estudos de planejamento de expansão.