A densidade de estocagem se torna importante no desempenho dos sistemas de cultivo, pois uma densidade ideal pode contribuir para um bem-estar, produzir um lote mais homogêneo e obter boas taxas de produção. o presente estudo teve por objetivo avaliar a influência da densidade de estocagem no crescimento e bem-estar de juvenis de pintado-amarelo pimelodus maculatus criados em sistemas de recirculação de água e em diferentes densidades de estocagem. o experimento foi conduzido durante 120 dias, em delineamento experimental inteiramente ao acaso em sistema de recirculação de água com aeração constante, com seis tratamentos, em três repetições, assim definidos 166 peixes/m³, 333 peixes/m³, 500 peixes/m³, 666 peixes/m³, 833 peixes/m³ e 1.000 peixes/m³, que em caixas com volume de 120 l, equivalem à estocagem de 20, 40, 60, 80, 100 e 120 peixes, respectivamente. os juvenis foram alimentados com ração comercial para peixes onívoros com teor de 32% de proteína bruta na proporção de 3% da biomassa, dividida em duas refeições por dia, às 9:00 e 18:00 h e fotoperíodo de 12 h. a análise de desempenho zootécnico foi avaliada através de biometrias realizadas a cada 30 dias, com balança digital e ictiômetro, sendo que a alimentação foi suspensa 24 horas antes do procedimento. após cada biometria foi realizado o ajuste da quantidade de ração oferecida aos peixes. para avaliação dos níveis de estresse foram avaliadas as concentrações de cortisol, glicemia e lactato, além do hematócrito. os peixes criados na densidade de 500 peixes/m³ apresentaram a menor conversão alimentar aparente (1,93 ± 0,03), melhor taxa de crescimento específico (1,21 ± 0,02%), bons resultados dos níveis de cortisol (84,37 ± 44,70) e taxa de sobrevivência de 100%. entretanto, a densidade de 1.000 peixes/m³ apresentou os melhores índices de cortisol (70,48 ± 16,82) e glicemia (66,22 ± 24,79) na qual pode ser explicado pelo efeito cardume observado nas maiores densidades de estocagem que favoreceu a diminuição dos níveis de estresse dos peixes. além disso, a produtividade foi a mais elevada entre todas as densidades (48 ± 3,17 kg/m³). diferente dos resultados de estresse, a conversão alimentar aparente nessa densidade apresentou um valor mais elevado (2,15 ± 0,11) em comparação a melhor conversão alimentar do estudo. a uniformidade de lote não apresentou diferença significativa entres as densidades de estocagem (166 peixes/m³: 31,67 ± 14,43%, 333 peixes/m³: 34,17 ± 8,04%, 500 peixes/m³: 37,11 ± 6,71%, 666 peixes/m³: 33,33 ± 4,39%, 833 peixes/m³: 39,00 ± 6,24%, 100 peixes/m³: 39,17 ± 3,82%), podendo estar relacionada as hierarquias sociais que podem ter sido estabelecidas nas unidades experimentais e pela origem dos reprodutores que são selvagens, logo não passaram por melhoramento genético. com isso, a densidade de estocagem sugerida é a de 500 peixes/m³, pois apresentou bons resultados no desempenho zootécnico, principalmente por apresentar a melhor taxa de crescimento específico e a menor conversão alimentar aparente, mas também, apresentando valores favoráveis das medidas de estresse.