
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Não Informado
Departamento: Não Informado
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Social
Tipo do Documento: Tese
Título: PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA (PAVM): AVALIAÇÃO DO ESTADO FUNCIONAL E SOBREVIDA
Orientador
- ROSEMERI MAURICI DA SILVA
Aluno
- ROBERTA RODOLFO MAZZALI BISCARO
Conteúdo
Introdução: a pneumonia associada à ventilação mecânica (pavm) é a infecção nosocomial predominante nas unidades de terapia intensiva (uti). a incidência, prevalência e desfechos variam de acordo com alguns fatores, como ambiente até método diagnóstico empregado. apesar da mortalidade atribuível a pavm ainda ser discutível, desfechos como aumento nos tempos de ventilação mecânica e de internação em uti são constantes nessa condição. esses desfechos são um dos principais marcadores para o desenvolvimento da fraqueza adquirida em uti (fma-uti). o comprometimento do estado funcional como consequência de uma internação em uti pode acarretar prejuízos físicos, cognitivos, emocionais e de reinserção à sociedade, por períodos superiores a 5 anos. o acompanhamento de indivíduos que sobrevivem à pavm durante a hospitalização é pouco descrito, tanto na mortalidade quanto nas morbidades. objetivo: investigar o estado funcional e a sobrevida em pacientes com diagnóstico de pneumonia associada à ventilação mecânica (pavm). metodologia: estudo longitudinal e prospectivo, que incluiu pacientes adultos, em ventilação mecânica por mais de 48 horas. foram realizadas coletas diárias de dados clínicos e rastreamento de casos de pavm, até a alta ou óbito. na alta da uti, o estado funcional foi avaliado por medidas de força periférica- identificar fma-uti e escalas funcionais e de mobilidade. após a alta hospitalar, o paciente foi avaliado em 1 ano, por contato telefônico, para identificação da sobrevida (óbito total), reinternação hospitalar e retorno às atividades prévias. os dados foram comparados por teste t- student ou u mann whitney e associados pelo teste chi- quadrado ou exato de fisher. foi utilizada análise multivariada para determinação dos fatores relacionados à fma-uti e óbito, e modelo de kaplan- meier para construção de curva de sobrevida no período de 1 ano. resultados: dos 98 indivíduos incluídos, 40,8% foram diagnosticados com pavm. não houve diferença entre os grupos pavm e sem pavm nas condições prévias, como fragilidade e nível de dependência funcional, comorbidades, causa da internação e índices de gravidade. nos dados da internação, o grupo pavm apresentou maior tempo de ventilação mecânica (vmi), de internação em uti, traqueostomia e falha na extubação. com relação ao estado funcional, não houve diferença entre os grupos, com ambos mantendo uma taxa de fma-uti de cerca de 30%. mobilidade e atividades de vida diária também se mantiveram sem diferenças com a ocorrência da pavm. não houve influência multivariada sobre a fma-uti. a mortalidade foi maior na pavm na uti e hospitalar, porém sem diferenças no seguimento de 1 ano. as variáveis que contribuíram de forma multivariada para o óbito hospitalar foram: pavm (or 2,950; ic95% 1,219- 7,140) e uso de corticoide na internação (or 2,499; ic95% 1,031- 6,059) e para óbito total: índice de comorbidades de charlson (or 1,230; ic95% 1,022- 1,479) e tempo de vmi> 7 dias (or 2,825; ic95% 1,017- 7,853). conclusão: a ocorrência de pavm não contribuiu para um maior acometimento do estado funcional nos indivíduos que sobreviveram a essa condição na terapia intensiva. as dificuldades no diagnóstico e magnitude da infecção podem ter contribuído para o resultado. questionam-se as condições pavm e fma-uti como possíveis mediadores de piores desfechos. a mortalidade se associa à pavm no âmbito hospitalar, porém sem impacto após a alta. fatores prévios, como comorbidades, parecem ser os principais causadores de piores desfechos após a saída do hospital.
Índice de Shannon: 2.22967
Índice de Gini: 0.552688
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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2,15% | 1,99% | 66,29% | 3,22% | 2,23% | 2,22% | 1,69% | 2,43% | 2,27% | 2,42% | 3,15% | 1,68% | 1,68% | 2,40% | 2,32% | 1,87% |
ODS Predominates


2,15%

1,99%

66,29%

3,22%

2,23%

2,22%

1,69%

2,43%

2,27%

2,42%

3,15%

1,68%

1,68%

2,40%

2,32%

1,87%