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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Filosofia e Ciências Humanas

Departamento: Não Informado

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Institucional

Tipo do Documento: Tese

Título: POR HISTÓRIAS INDÍGENAS: O POVO MAKURAP E O OCUPAR SERINGALISTA NA AMAZÔNIA

Orientador
  • JULIANA SALLES MACHADO BUENO
Aluno
  • ROSELINE MEZACASA

Conteúdo

Esta pesquisa historiográfica propõe-se a compartilhar histórias indígenas. para tanto, o estudo se sustenta tanto em registros documentais quanto em oralidades do povo makurap. a região onde tradicionalmente o povo makurap habita – território que envolve a bacia do rio branco e rio colorado, afluentes da margem direita do rio guaporé – foi efetivamente ocupada pela indústria extrativista, ao longo do século xx, na constituição de seringais. o objetivo da pesquisa foi historicizar o processo em que os territórios, tradicionalmente habitados pelo povo makurap, foram transformados em ocupação seringalista, entretanto, a partir das perspectivas indígenas, das experiências que atravessaram as décadas do século xx. este estudo historiográfico foi realizado tomando como ponto de partida a escuta profunda das histórias indígenas, evidenciando, a partir dos protagonistas dessa história, um habitar antigo naqueles territórios transformados em terras devolutas pelo estado brasileiro e, consequentemente, em seringais. ao longo do século xx os impactos da presença dos ere (não indígenas) do seringal nos territórios indígenas trouxeram inúmeros desafios às trajetórias do povo makurap, experiências que ficaram marcadas por histórias de violências físicas, violências simbólicas, epidemias avassaladoras – tal como a de sarampo em 1954, que ceifou centenas de vidas indígenas. em toda a região, a engrenagem extrativista valeu-se de seus corpos, utilizando-os enquanto mão de obra em inúmeras funções no interior dos seringais, dentre elas a função de indígenas seringueiros, em que sofreram todo tipo de explorações econômicas. contudo, o povo makurap, juntamente com os outros povos na região, em diferentes períodos e circunstâncias, costurou experiências múltiplas de resistência e re-existência no interior dos seringais que ocupavam suas terras tradicionais. costurando protagonismos que envolvem, entre outros acontecimentos históricos importantes, a demarcação da terra indígena rio branco na década de 1980 e a retirada da estrutura do seringal das suas terras, malhando a permanência no habitar do território tradicional, ou mesmo em partes dele. todas essas temáticas são abordadas ao longo do presente estudo. para tanto, utilizamos dos princípios metodológicos da etno-história, que perpassa o cruzamento de diversas áreas do conhecimento – história, antropologia, geografia, arqueologia, entre outras –, dialogando com diversas fontes históricas, dentre elas as narrativas das anciãs e dos anciões registradas ao longo dos trabalhos de campo, além da análise de documentos escritos, bem como as experiências territoriais e etnográficas.

Índice de Shannon: 3.91929

Índice de Gini: 0.930371

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
6,67% 5,12% 9,89% 8,09% 5,60% 5,78% 4,48% 7,61% 5,39% 4,69% 6,87% 3,44% 3,32% 4,12% 8,40% 10,53%
ODS Predominates
ODS 16
ODS 1

6,67%

ODS 2

5,12%

ODS 3

9,89%

ODS 4

8,09%

ODS 5

5,60%

ODS 6

5,78%

ODS 7

4,48%

ODS 8

7,61%

ODS 9

5,39%

ODS 10

4,69%

ODS 11

6,87%

ODS 12

3,44%

ODS 13

3,32%

ODS 14

4,12%

ODS 15

8,40%

ODS 16

10,53%