
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Não Informado
Departamento: Não Informado
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Social
Tipo do Documento: Dissertação
Título: EXTRATOS DE PRÓPOLIS NO TRATAMENTO DA MASTITE BOVINA: AVALIAÇÃO IN VITRO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA E DA VIABILIDADE CELULAR EM EXPLANTES DA GLÂNDULA MAMÁRIA
Orientador
- SHIRLEY KUHNEN
Aluno
- SAMIRA DE AQUINO LEITE FIORDALISI
Conteúdo
A mastite é a doença mais frequente e importante dos rebanhos leiteiros, afetando a qualidade e a produção do leite, podendo ainda acarretar na presença de resíduos de antibióticos no alimento. por estas razões a descoberta de novos agentes preventivos ou terapêuticos tem sido justificada, destacando-se a busca na natureza. nesse contexto, extratos de própolis são candidatos em potencial, uma vez que estão descritos na literatura como antimicrobianos, anti-inflamatórios, antifúngicos, entre outros. desse modo, o presente trabalho teve como objetivo avaliar in vitro a atividade antimicrobiana de extratos de própolis de origens geográficas distintas, e determinar a viabilidade celular em explantes mamários bovinos após exposição a estes extratos. foram testadas amostras de própolis dos municípios catarinenses de água doce, urupema e são joaquim e o extrato típico de minas gerais (própolis verde). a extração foi realizada com etanol 70% (1:10, p/v) por 24 h. após a remoção do solvente em estufa a 60º c, os resíduos foram analisados pelos testes de folin-ciocalteau, reação com cloreto de alumínio e 1,1-difenil-2-picrilidrazil (dpph). a atividade antimicrobiana foi determinada através da técnica de pour plate, após dois períodos de contato (6 e 24 h) com um inóculo de 105 ufc/ml de cepas padronizadas de s. aureus e e. coli e isolados de leite mastítico, utilizando diferentes concentrações dos extratos (de 0 à 1000 ?g/ml). a citotoxicidade foi avaliada em explantes de glândula mamária bovina cultivadas em meio dmem-f12, após exposição aos extratos de própolis, nas concentrações de 0, 17.5, 35, 70, 140, 280 e 560 ?g/ml por 48 h. o teor de fenólicos não diferiu entre os extratos variando de 97,97 à 116,29 ?g de eag/mg (p<0,05). contudo, houve maior conteúdo de flavonoides no extrato de minas gerais (15,91 ?g de eq/mg) e menor no de urupema (7,33 ?g de eq/mg) (p<0,05). o extrato de urupema apresentou também a menor atividade antioxidante, enquanto os demais não diferiram entre si (p<0,05). o crescimento de s. aureus foi reduzido após exposição aos extratos. porém, sua eficácia foi dependente da origem da própolis e concentração. os extratos de urupema, minas gerais e são joaquim reduziram o crescimento de s. aureus em 4 log10 vezes a partir de 500 ?g/ml e a zero na concentração de 1000 ?g/ml. por outro lado, houve fraca ação antimicrobiana sobre as cepas de e. coli. o extrato mineiro foi o único que reduziu o crescimento bacteriano em 2 log10 na concentração de 500 ?g/ml, enquanto os demais apenas a partir de 750 ?g/ml. o ensaio in vitro com explantes da glândula mamária bovina mostrou-se adequado para avaliação da citotoxicidade, não ocorrendo queda na viabilidade celular após 96 h de cultivo (p<0,05). porém, a origem e a concentração da própolis afetaram a viabilidade do tecido mamário. o extrato de água doce mostrou a menor citotoxicidade às células do úbere bovino (p<0,05). os valores de ic50 encontrados foram 272,4 ?g/ml, 171,8 ?g/ml, 63,85 ?g/ml e 13,26 ?g/ml para os extratos de água doce, urupema, são joaquim e minas gerais, respectivamente. considerando-se que na concentração próxima do ic50, o extrato de urupema reduziu 1,2 log10 vezes o crescimento de s. aureus, este se destaca com maior potencial de uso no tratamento de mastite. em conjunto, os resultados encontrados evidenciaram que a eficácia da própolis para o tratamento da mastite é dependente da sua origem. além disso, verificou-se que as concentrações de maior atividade antimicrobiana mostraram-se prejudiciais à glândula mamária, restringindo o uso intramamário e justificando a necessidade de estudos futuros com nanoemulsões ou frações purificadas.
Índice de Shannon: 3.94992
Índice de Gini: 0.932927
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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4,90% | 9,76% | 8,54% | 5,13% | 4,47% | 6,02% | 5,18% | 8,59% | 8,76% | 5,00% | 7,25% | 6,03% | 5,24% | 5,80% | 4,45% | 4,89% |
ODS Predominates


4,90%

9,76%

8,54%

5,13%

4,47%

6,02%

5,18%

8,59%

8,76%

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6,03%

5,24%

5,80%

4,45%

4,89%