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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Filosofia e Ciências Humanas

Departamento: Não Informado

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Econômica

Tipo do Documento: Tese

Título: TERRITÓRIO PERIFÉRICO: A PRODUÇÃO E REPRODUÇÃO DA VIDA DAS E DOS JOVENS DO MACIÇO DO MORRO DA CRUZ, FLORIANÓPOLIS, SC, QUE ABANDONARAM A ESCOLA

Orientador
  • LUIZ FERNANDO SCHEIBE
Aluno
  • ELISETE GESSER DELLA GIUSTINA DA CORREGGIO

Conteúdo

Aborda-se, nesta tese, o tema território periférico: a produção e reprodução da vida das e dos jovens do maciço do morro da cruz, florianópolis, sc, que abandonaram a escola. a motivação do estudo se dá a partir da aproximação pessoal e profissional da pesquisadora com as e os jovens do território periférico do mmc, mantendo-se o rigor intelectual e uma perspectiva crítica, necessários ao trabalho acadêmico. o objetivo principal foi analisar as relações entre o território de periferia do mmc e as e os jovens que abandonaram a escola e como essas relações se manifestam, visando o entendimento de como se dá a produção e reprodução da vida dessas e desses jovens. com uma perspectiva interdisciplinar, como objetivos específicos buscou-se descrever o processo histórico de constituição do território periférico do mmc e caracterizar novas territorialidades ali constituídas; identificar quem são, onde estão e quais atividades as e os jovens que abandonaram a escola desempenham no território de periferia do mmc e conhecer quais são as aspirações das e dos jovens em relação ao futuro e/ou seus projetos de vida; identificar alternativas existentes, pré e durante a pandemia, que as e os jovens utilizam, ou não, no processo de construção dos projetos de vida. a pesquisa é de caráter exploratório-descritivo, de arcabouço teórico composto por levantamento bibliográfico e documental, complementado por levantamento das escolas que atendem à juventude do mmc, cuja situação de abandono por parte do estado contribui para o abandono das mesmas pelas/os alunas/os, e por trabalhos de campo. no estudo de campo, procedeu-se à observação de vinte e cinco oficinas do projeto procurando caminho (procam) do centro cultural escrava anastácia (ccea), com anotações em diários de campo e entrevistas semiestruturadas. foram entrevistados três grupos de participantes: dez jovens do mmc que abandonaram a escola participantes do procam; quatro educadoras/es de escolas desse território e quatro pessoas que se relacionam diretamente com as e os jovens pesquisadas/os através do referido projeto. as análises evidenciaram que há um ciclo vicioso do empobrecimento a partir do cotidiano das e dos jovens do território de periferia do mmc, que é constantemente atravessado pela incerteza e pela instabilidade, pela insegurança, pelo medo e pela falta de perspectivas e de esperança quanto ao futuro, portanto, não se vislumbra um rompimento desse ciclo, intensamente agravado pela ausência de condições objetivas para o cumprimento dos protocolos de mitigação e pelas dificuldades econômicas derivadas da pandemia de covid-19. a esse quadro, soma-se o fato de que a convivência com o narcotráfico e com as políticas repressivas do estado estimulam uma verdadeira "necropolítica", em que sua caracterização como "vidas invisíveis" lhes confere o status de "sujeitos matáveis", vítimas frequentes da violência de ambos os lados. todos esses aspectos reforçam a importância de políticas públicas inclusivas, complementadas por projetos cidadãos, como os do instituto vilson groh (ivg), para a superação das desigualdades e o oferecimento de novos caminhos para essas e esses jovens. essas ações são necessárias para que possam continuar na luta pela sobrevivência e, acima de tudo, não deixem a chama da esperança (esperançar), expressão da materialidade da liberdade, da vida, se apagar. a esperança é essencial para resgatar velhos e novos sonhos, para seguir em frente, para romper com o ciclo da desigualdade e para a transformação da realidade das e dos jovens destituídos de direitos.

Índice de Shannon: 3.38254

Índice de Gini: 0.849686

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
4,87% 3,63% 5,94% 14,38% 4,05% 2,27% 2,41% 32,72% 3,15% 2,98% 5,80% 3,76% 2,60% 2,66% 2,48% 6,30%
ODS Predominates
ODS 8
ODS 1

4,87%

ODS 2

3,63%

ODS 3

5,94%

ODS 4

14,38%

ODS 5

4,05%

ODS 6

2,27%

ODS 7

2,41%

ODS 8

32,72%

ODS 9

3,15%

ODS 10

2,98%

ODS 11

5,80%

ODS 12

3,76%

ODS 13

2,60%

ODS 14

2,66%

ODS 15

2,48%

ODS 16

6,30%