O câncer é considerado um sério problema de saúde pública, podendo atingir a todos indistintamente. a dor é um dos sintomas mais comuns e angustiantes em pacientes oncológicos, afetando de 49 % a 57 % dos pacientes com câncer curável e 56 % a 75 % dos pacientes com doença avançada. o sintoma dor é um fenômeno de caráter multifatorial, sendo necessária uma avaliação da dor total, que extrapole os sintomas físicos, associando-os aos fatores psicológicos, sociais e, até mesmo, espirituais. o objetivo desta pesquisa foi avaliar o tratamento e controle da dor em pacientes oncológicos em tratamento no hospital universitário professor polydoro ernani de são thiago, localizado na cidade de florianópolis/sc, bem como identificar sua eficácia resolutiva, por meio da mensuração da dor atual desses pacientes. trata-se de um estudo de natureza observacional, analítico do tipo prospectivo. o estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa sob o nº 14381519.9.0000.0121, em 08/07/2019, e os pacientes consentiram formalmente em participar. foram entrevistados 15 pacientes em tratamento quimioterápico, entre os meses de agosto a dezembro de 2019, utilizando os questionários de avaliação de dor mcgill e de avaliação funcional da terapia do câncer / grupo de oncologia ginecológica - neurotoxicidade (funcional assessment of cancer therapy/gynaecologic oncology group – neurotoxicity - fact/gog-ntx). os dados coletados foram inseridos no programa sigmaplot 14.0 e analisados utilizando-se estatística inferencial. a população, em sua maioria, constituiu-se de indivíduos do sexo feminino, com média de 57,9 anos de idade, e nível de escolaridade médio em 46,7 % e superior completo em 33,3 % dos participantes. o principal sítio primário do câncer foi intestino (n=11; 73,3 %). a maioria da amostra apresentava-se sem sintoma doloroso (73,3 %). para os pacientes que apresentaram dor nos últimos 07 dias (26,7 %), não foi possível detectar correlação do sintoma doloroso com os aspectos de qualidade de vida e bem-estar. o perfil predominante foi o de pacientes com boa capacidade funcional e com condições de desenvolver relativamente bem suas atividades de vida diárias. para o controle da dor, observamos predominância de analgésicos não opioides e aines quando comparado aos analgésicos opioides. entretanto, o n amostral obtido não permitiu análises estatísticas robustas quanto às variáveis dependentes analisadas, e da correlação direta entre dor e qualidade de vida e bem-estar dos pacientes.