
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Ciências Agrárias
Departamento: Não Informado
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Social
Tipo do Documento: Tese
Título: FUNGOS: ESTRATÉGIAS DE DESCONTAMINAÇÃO POR PLASMA A FRIO E OZÔNIO GASOSO NA SEGURANÇA DE ALIMENTOS EXTRUSADOS
Orientador
- VILDES MARIA SCUSSEL
Aluno
- JULIANA REGINA DA SILVA
Conteúdo
A indústria de alimentos para animais de estimação vem crescendo ao longo dos anos impulsionada pela exigência dos tutores desses animais quanto a qualidade nutricional, bem-estar e segurança desses alimentos. as rações comercialmente disponíveis apresentam composições diversificadas, como carne e/ou vegetais, cereais, gorduras, vitaminas e minerais, os quais durante o processamento estão susceptíveis à contaminação por propágulos fúngicos, que também já poderiam estar incorporados às matérias primas. a presença desses microrganismos em grãos e rações assim como outros organismos vivos como insetos e ácaros, está sujeita a influência de fatores ambientais como umidade e temperatura. portanto, a contaminação desses alimentos comerciais pode variar de acordo com as condições ambientais, métodos de processamento ou produção e armazenamento. diante desse contexto, o objetivo foi estudar estratégias de descontaminação fúngica utilizando métodos alternativos, como o ozônio gasoso e plasma a frio em cepas fúngicas de armazenagem encontradas nesses alimentos. indicadores de qualidade e segurança alimentar como sujidades leves e contagens totais fúngicas foram avaliadas em amostras de alimentos para esses animais comercializadas em embalagens fechadas e a granel. constatou-se que 34% tiveram alguma sujidade detectada, sendo 30% delas em alimentos comercializados a granel. a principal sujidade encontrada foram fragmentos de insetos, nas amostras a granel. em relação à contagem total de fungos, 48% das amostras vendidas a granel apresentaram contaminação, em contrapartida com as embalagens fechadas que apresentaram apenas 28%. em avaliação realizada para verificar as condições de comercialização em embalagens abertas (à granel), essa forma de exposição proporcionou aumento nos teores de umidade, favorecendo o crescimento de fungos. a presença de insetos e pelos de roedores no produto final também devem ser considerados como importantes veiculadores desses agentes biológicos. no estudo de descontaminação por gás ozônio (o3) em rações inoculadas com aspergillus flavus, um dos principais fungos de armazenagem encontrados nesses alimentos, mostrou sua eficácia (98,3%) sobre esses esporos após 120 min em concentração de 40 e 60 ¿mol/mol. em adição, os valores de umidade antes e após os tratamentos não apresentaram diferença entre eles, mantendo os alimentos dentro dos parâmetros seguros estabelecidos pela indústria para evitar o crescimento fúngico. o mesmo ocorreu com a estabilidade lipídica, em que o gás o3 não alterou esse parâmetro. assim, é possível inferir que o gás o3 teve um efeito positivo na inativação de a. flavus em alimentos para cães e pode ser um procedimento promissor, com potenciais aplicações na área de venda de alimentos. com relação a descontaminação por plasma a frio (potência de 240 w) em estudos in vitro, este mostrou eficiência na inativação de fungos (100%), especialmente a. flavus, fusarium verticillioides no tempo de 10 min e penicillium citrinum no tempo de 20 min de exposição, e em adição apresentaram alta sensibilidade quanto a alterações morfológicas, mortalidade e aumento da produção de espécies reativas de oxigênio nas hifas. no estudo in vivo, realizado em alimentos extrusados naturalmente contaminados e inoculados com a. flavus, o plasma a frio (540 w) mostrou ser efetivo na inativação desses microrganismos após 20 e 40 min de tratamento, no entanto, resultou na alteração do conteúdo lipídico da ração. neste sentido, tanto o gás ozônio como o plasma a frio possuem vantagens de inativarem cepas fúngicas, são internacionalmente reconhecidos como seguros, além de não deixarem resíduos nos alimentos, podem ser métodos promissores de descontaminação a serem aplicados em alimentos extrusados para cães, a fim de reduzir a contaminação e garantir a segurança do alimento.
Índice de Shannon: 1.66079
Índice de Gini: 0.413698
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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0,96% | 76,21% | 1,21% | 0,90% | 0,85% | 1,12% | 2,82% | 1,07% | 1,37% | 0,81% | 1,32% | 4,63% | 1,19% | 3,21% | 1,33% | 1,01% |
ODS Predominates


0,96%

76,21%

1,21%

0,90%

0,85%

1,12%

2,82%

1,07%

1,37%

0,81%

1,32%

4,63%

1,19%

3,21%

1,33%

1,01%