
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Não Informado
Departamento: Não Informado
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Social
Tipo do Documento: Dissertação
Título: OS PROCESSOS DE (DES)INSTITUCIONALIZAÇÃO DE USUÁRIOS DE CAPS AD: CRONIFICAÇÃO OU INSERÇÃO EM REDES?
Orientador
- DANIELA RIBEIRO SCHNEIDER
Aluno
- PRISCILA TOMASI TORRES
Conteúdo
O presente estudo aborda como ocorre o processo de desinstitucionalização na rede de atenção psicossocial na percepção dos profissionais nos dias de hoje. o modelo de institucionalização psiquiátrica teve grande evolução a partir do século xviii, implicando as concepções sobre a loucura, a proposta do cuidado como internação asilar e mais adiante, a contenção medicamentosa. somente no século xx que ganharam força as contestações ao fazer da psiquiatria e ao modelo hegemônico de saúde, o modelo biomédico, fortificando-se o movimento da desinstitucionalização em todo o mundo. no brasil, a reforma psiquiátrica brasileira, que se apoiou nas críticas ao modelo hospitalocêntrico do cuidado em saúde mental, evoluiu na década de 1980 e consumou a criação de modelos de serviços extra-hospitalares. a rede de atenção psicossocial (raps) concretizou a política nacional de saúde mental, álcool e outras drogas, organizando-se por serviços de base territorial e comunitária. a presente pesquisa pretendeu, na direção do fortalecimento dos processos de cuidado e da clínica da atenção psicossocial, compreender como ocorre hodiernamente o fenômeno de "desinstitucionalização" de usuários com problemas relacionados ao uso de álcool e outras drogas e como ele é percebido e manejado pelos profissionais tanto da atenção básica (ab), quanto das equipes dos centros de atenção psicossocial - álcool e outras drogas (capsad) de duas cidades diferentes, que tem a raps em formato semelhante. o enfoque da pesquisa foi qualitativo, exploratório e descritivo. para a coleta dos dados foram utilizadas entrevistas semiestruturadas e grupos focais com os profissionais de saúde. para a análise das entrevistas foi utilizada a análise de conteúdo. os resultados encontrados tornaram-se categorias de análise, estas organizadas entre: a desinstitucionalização, a partir da percepção dos profissionais, na qual foram discutidos os níveis diversificados de conhecimento dos profissionais sobre este processo, onde pudemos depreender que ainda é necessário difundir a temática, levar a lógica da desinstitucionalização aos espaços de saúde e qualificar o cuidado. vimos ainda os aspectos que promovem a episteme do movimento da desinstitucionalização, características singulares e plurais no sentido em que também nos deparamos com práticas já implantadas, como o trabalho no território e o projeto terapêutico singular. no entanto, também destacamos os impasses vividos pelos profissionais para o trabalho de desinstitucionalizar. podemos apontar a persistência de pensamentos voltados ainda ao processo estigmatizador e exclusório na sociedade, a desresponsabilização familiar, o preconceito com o usuário de drogas, e a falta de espaço na rede de cuidado. constatamos também que no processo de cronificação e institucionalização existem diversas influências, estas descritas por camadas, desde o próprio usuário até a quota do estado. e por fim, no intuito de tornar as discussões mais palpáveis, discutimos casos que as equipes vivenciaram neste processo. outra categoria levantada foi: o encerramento do cuidado no caps ad, na qual sinalizamos o entendimento das equipes sobre o fim do cuidado, compreendido como alta terapêutica. pudemos adentrar aos critérios utilizados para o processo de alta dos usuários, estes amplos e coerentes com a lógica integral e singular de compreender o processo saúde/doença. ainda descrevemos quais os tipos de alta nos serviços. e por fim, a última categoria de análise: as redes de atenção psicossocial, na qual discutimos as redes encontradas nas cidades pesquisadas, seus fluxos e suas problemáticas. pudemos perceber que as dificuldades citadas não se diferenciavam entre as diferentes cidades, a comunicação entre serviços, a falta de conhecimento da rede, o despreparo profissional, e a descaracterização das instituições pelo desmonte das políticas públicas, pela falta de investimento em saúde e pelo avanço neoliberal no país, são problemas que afetam as duas cidades pesquisadas e trazem angústia aos profissionais.
Índice de Shannon: 0.317535
Índice de Gini: 0.0613781
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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0,16% | 0,14% | 96,88% | 0,18% | 0,35% | 0,14% | 0,12% | 0,22% | 0,45% | 0,23% | 0,25% | 0,13% | 0,15% | 0,10% | 0,14% | 0,38% |
ODS Predominates


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