
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Não Informado
Departamento: Não Informado
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Econômica
Tipo do Documento: Tese
Título: PRÁTICAS ESPACIAIS E PLANEJAMENTO INSURGENTE: OS CASOS DO CAMPECHE EM FLORIANÓPOLIS E POINTESAINT- CHARLES EM MONTREAL
Orientador
- ELSON MANOEL PEREIRA
Aluno
- LUIS FELIPE CUNHA
Conteúdo
As décadas que se seguiram ao final dos anos 1990, vêm sendo marcadas pela confluência entre a financeirização da economia, e a consolidação de formas de participação direta nos governos democráticos. nas cidades contemporâneas, diversificados desenhos institucionais participativos foram implementados na elaboração de políticas públicas de planejamento urbano. todavia, a abertura destes canais entre a sociedade civil e o estado, nem sempre permitiu que mudanças efetivas pudessem ocorrer, e transformar as relações de poder nas cidades. florianópolis e montreal, ainda que sejam duas cidades amplamente diferenciadas do ponto de vista de suas dinâmicas territoriais, apresentam contradições semelhantes, considerando os conflitos entre o planejamento urbano institucional e as práticas de planejamento - insurgentes no contexto destes conflitos. neste sentido, estas cidades possuem experiências como a do campeche, e de pointe-saint-charles, bairros em que ativismos e movimentos sociais se organizaram para resistir contra grandes planos urbanos conduzidos pelas administrações municipais, e, ao mesmo tempo, propor alternativas de planejamento, elaboradas a partir de uma visão coletiva, orientada por perspectivas diferenciadas de futuro em relação ao planejamento convencional. o objetivo deste trabalho foi pesquisar as táticas de ação destas práticas insurgentes de planejamento, e colocá-las em relação, sob a orientação de um mesmo referencial teórico, considerando-se conceitos e temas de pesquisa como: o urbanismo neoliberal, a participação social, a territorialidade, as práticas espaciais e o planejamento insurgente. em que medida as experiências de planejamento nos bairros do campeche e de pointe-saint-charles se constituíram em práticas espaciais insurgentes, capazes contrapor, propor alternativas, e influenciar as decisões tomadas no âmbito do planejamento urbano institucional nas cidades de florianópolis e de montreal? esta tese converge para o ponto de que a combinação entre ação direta e luta institucional é fundamental para a obtenção de respostas às demandas populares no contexto atual, e que estas práticas, apresentam como singularidade um forte conteúdo de associado à apropriação territorial. o espaço não é somente o palco dos conflitos, como também o meio condicionante da ação destas práticas sociais densas de espacialidade. esta pesquisa entre dois estudos de caso, foi possibilitada pela coleta de dados, realizada em ambas as cidades, e pela ocasião de um período de doutorado sanduíche no quebec, canadá. o cruzamento dos dados possibilitou a proposta de quadros de análise, em relação ao planejamento institucional, e em relação às práticas de planejamento insurgente. as conclusões deste estudo deixam a perspectiva de um campo aberto, para o surgimento de novas questões de pesquisa sobre as práticas espaciais insurgentes. os casos analisados no campeche e em pointe-saint-charles nos fornecem meios de reflexão sobre um direito à cidade atualizado, ancorado em espaços de contrapoder, transgressivos e imaginativos, em relação ao problemático cenário de destruição criativa imposto pela neoliberalização, do qual o planejamento urbano institucional faz parte.
Índice de Shannon: 1.3724
Índice de Gini: 0.341533
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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1,09% | 0,65% | 0,90% | 0,85% | 1,51% | 1,29% | 1,07% | 1,18% | 0,99% | 0,99% | 80,85% | 0,53% | 0,83% | 0,62% | 0,76% | 5,91% |
ODS Predominates


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0,65%

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0,85%

1,51%

1,29%

1,07%

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0,53%

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0,76%

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