
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Não Informado
Departamento: Não Informado
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Econômica
Tipo do Documento: Tese
Título: A IMPORTAÇÃO COMO FUNÇÃO DE DESEMPENHO DE EMPRESAS DE CAPITAL ABERTO NO BRASIL
Orientador
- JOSE ALONSO BORBA
Aluno
- GERMANO ADOLFO GEHRKE
Conteúdo
Sabe-se muito pouco do detalhamento das importações (em oposição às exportações), seus determinantes e seu papel na dinâmica do comércio internacional (wagner, 2015). a presente tese combinou fontes distintas para verificar a mediação da importação no desempenho (lucro bruto) das empresas, sendo i) a disponibilidade de dados sobre as importações no nível organizacional, publicados pelo mdic até o ano de 2016, ii) a demonstração de resultados divulgada pelas empresas de capital aberto no brasil e iii) o uso do instrumento de drawback por empresas nacionais, como proxy para integração às cadeias globais de valor, por meio de lista divulgada pelo mdic para os anos de 2016 e 2017. foi avaliado o desempenho de 202 empresas de capital aberto no brasil ao longo do período compreendido entre 2009 e 2016. adotou-se a análise de dados em painel para a avaliação quantitativa. confirmou-se a hipótese (p-valor < 0,01) de que empresas que operam com importação apresentam melhores resultados que aquelas que atuam somente no mercado doméstico. também, que empresas que operam simultaneamente com importação e exportação alcançam melhores resultados que aquelas que se dedicam somente ao mercado doméstico. foi verificada, sem sucesso, a hipótese de que empresas integradas às cadeias globais de valor (identificadas pelo uso do instrumento de drawback) alcancem resultados mais favoráveis do que aquelas que somente importam e exportam sem pertencer às cadeias. ainda adotando a análise de dados em painel, criou-se um modelo econométrico com a variável dependente lucro bruto e nove variáveis independentes, sendo 3 internas à organização (tamanho, variação de caixa, adoção de drawback), 3 externas à organização (valor do us$, variação do pib, variação do pib setorial) e 3 relacionadas a negócios internacionais (importação, exportação e receita líquida no exterior). para as 202 empresas, o modelo apontou a importação como variável estatisticamente significativa (p-valor < 0,01) como mediadora do lucro bruto. a análise estendeu-se a 9 setores econômicos, dos quais 5 apresentaram uma relação positiva entre importação e lucro bruto (p-valor < 0,01), setores que contemplam 74,2% das empresas avaliadas. foram analisados também 13 setores de negócios, dos quais 6 apresentaram relação positiva e estatisticamente favorável (p-valor < 0,05 ou menor) entre importação e lucro bruto, representando 63,1% das empresas. aos resultados quantitativos foi acrescida uma análise qualitativa, abordando o segmento que teve o maior crescimento relativo de importações brasileiras no período compreendido entre 2004 e 2016, o setor têxtil catarinense, mais concretamente o segmento do vestuário. o instrumento utilizado foi entrevista com o presidente do sindicato das indústrias de fiação, tecelagem e do vestuário de blumenau. a posição do entrevistado confirma os resultados quantitativos, à medida que considera a importação como ação responsável pelo sucesso das empresas têxteis catarinenses. inspirado pela entrevista, foi desenvolvido mais uma análise de dados em painel somente com as indústrias têxteis de capital aberto (12 do total de 202 organizações), criando-se uma variável categorizada independente adicional, a localização no estado de santa catarina. a análise do modelo apontou, novamente, uma relação estatisticamente significativa (p-valor < 0,01) e positiva entre importação e lucro bruto, bem como a relação favorável entre localização (santa catarina) e o lucro bruto, com p-valor < 0,01. por fim, relatório publicado pela fiesc (2014) aponta para um alinhamento entre os resultados quantitativos e qualitativos apresentados nesta tese, uma vez que indica o aumento do valor industrial do segmento vestuário catarinense e a manutenção da participação do emprego do setor, não havendo, portanto, sinais de desindustrialização.
Índice de Shannon: 3.90288
Índice de Gini: 0.928046
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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5,76% | 9,04% | 4,53% | 3,67% | 5,04% | 3,77% | 5,26% | 13,06% | 9,82% | 7,25% | 5,40% | 6,59% | 3,89% | 5,83% | 4,99% | 6,10% |
ODS Predominates


5,76%

9,04%

4,53%

3,67%

5,04%

3,77%

5,26%

13,06%

9,82%

7,25%

5,40%

6,59%

3,89%

5,83%

4,99%

6,10%