
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Socioeconômico
Departamento: Não Informado
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Social
Tipo do Documento: Dissertação
Título: ASPECTOS SOCIAIS E DE GÊNERO DA OBESIDADE EM MULHERES NO SERVIÇO DE CIRURGIA BARIÁTRICA DO HU/UFSC
Orientador
- LUCIANA PATRICIA ZUCCO
Aluno
- MAYARA ZIMMERMANN GELSLEICHTER
Conteúdo
Esta dissertação aborda os aspectos sociais e de gênero da obesidade em mulheres no processo pré-operatório de um serviço de cirurgia bariátrica. a pesquisa em questão é empírica, descritiva exploratória e de abordagem qualitativa. a coleta de dados ocorreu no hospital universitário da universidade federal de santa catarina (hu/ufsc), conveniado ao sistema único de saúde (sus) e contou com a participação de dez mulheres que aguardavam para a realização da cirurgia bariátrica. a entrevista semiestruturada foi utilizada para a coleta dos dados, sendo que os mesmos foram organizados mediante a análise de conteúdo. partiu-se do pressuposto que o prevalente índice de realização de cirurgias bariátricas em mulheres aponta para aspectos sociais e de gênero. embora as mulheres acessem mais o serviço de cirurgia bariátrica, suas experiências são secundarizadas no tratamento, invisibilizando as condições sociais e de gênero durante o pré-operatório. da mesma forma, há pouca projeção do fenômeno da obesidade e sua relação com os aspectos sociais e de gênero na literatura. a partir do feminismo interseccional, foi investigado a história da obesidade e do processo de saúde-doença narrados pelas mulheres. os resultados demonstram que a obesidade se manifestou em meio à pobreza extrema, insegurança alimentar, violências de gênero, com destaque aos abusos sexuais, racismo, bem como, ao trabalho infantil e precarizado. ao mesmo tempo que a obesidade se desencadeou em uma dinâmica de opressões, aprofundou tal dinâmica, ao agregar mais uma discriminação: a gordofobia. logo, as opressões de gênero, classe, raça/etnia foram explicitadas em seu conjunto ou individualmente nas histórias de obesidade das entrevistadas. de modo geral, o acesso à cirurgia bariátrica, como um dos últimos recursos ao tratamento da obesidade, foi consequência de um conjunto de privações dos direitos humanos e das políticas públicas. na perspectiva das mulheres, o acompanhamento pré-cirúrgico figurou como um importante acesso aos cuidados de saúde. as narrativas de destituições, aprofundadas pela dinâmica de violências de gênero e prestação dos cuidados doméstico-familiares, foram partilhadas e se constituíram em experiências de promoção do autocuidado. suas expectativas em relação à cirurgia bariátrica visavam superar a gordofobia ao emagrecerem, e reduzir as comorbidades reconhecidamente associadas a obesidade. a pressão estética e a subvalorização dos corpos femininos explicitam a disparidade do acesso à cirurgia bariátrica. entretanto, é a partir da gordofobia vivida pelas mulheres entrevistadas que foi possível apresentar as violações de direitos relativas ao trabalho, vestuário, arquitetura urbana, mobiliários e transporte coletivo público. os acessos são dificultados para as mulheres gordas que convivem cotidianamente com os limites institucionais e estruturais que as marginalizam. a importância de novos estudos na área do tratamento cirúrgico da obesidade pela ótica do feminismo, partindo de uma escuta político-feminista das experiências e realidades sociais das mulheres, se impôs como um resultado.
Índice de Shannon: 2.55611
Índice de Gini: 0.723585
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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3,27% | 2,51% | 29,35% | 1,27% | 42,75% | 1,20% | 0,95% | 2,21% | 1,78% | 2,88% | 2,54% | 1,13% | 0,95% | 0,98% | 0,96% | 5,27% |
ODS Predominates


3,27%

2,51%

29,35%

1,27%

42,75%

1,20%

0,95%

2,21%

1,78%

2,88%

2,54%

1,13%

0,95%

0,98%

0,96%

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