Este estudo teve como objetivo analisar como a interação da colaboração interprofissional e a formalidade dos controles gerenciais reflete na identidade social e na satisfação do trabalho dos profissionais em um ambiente complexo. estudo com caráter descritivo e exploratório, com abordagem qualitativa, realizado a partir da técnica de estudo de caso por meio de entrevistas, observações e documentos e com aplicação de análise de conteúdo para o tratamento dos dados. as principais conclusões evidenciadas foram: (i) alguns momentos formais em que mais ocorre a comunicação é durante a passagem de plantão e do round multiprofissional; (ii) grande parte das informações é compartilhada informalmente por meio dos canais de relacionamento face a face, além de canais institucionalizados como o prontuário do paciente; (iii) em relação ao compartilhamento da tomada de decisão percebeu-se que na maior parte dos casos é centrada no médico apesar de se perceber espaço para discussões com outros profissionais; (iv) quanto ao compartilhamento de responsabilidades verificou-se que cada profissional tem importância para a resolução de problemas e para formulação e execução de planos de cuidado ao paciente; (v) observou-se inúmeros controles gerenciais com diferentes níveis de formalidade tanto para o andamento da própria unidade quanto para a execução dos procedimentos realizados pelos profissionais; (vi) percebeu-se que dependendo da formalidade dos controles gerenciais afeta a saliência da identidade social de equipe multiprofissional; (vii) um elemento importante para a satisfação dos profissionais é a autonomia e de modo geral os participantes declaram estar satisfeitos com o trabalho. conclui-se que foi aceita a tese de que a interação entre as relações de colaboração interprofissional e a formalidade dos controles gerenciais de um ambiente complexo como uma uti influencia na saliência da identidade social de equipe multiprofissional do indivíduo e reflete na sua satisfação no trabalho.