
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Não Informado
Departamento: Não Informado
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Ambiental
Tipo do Documento: Dissertação
Título: ASSEMBLEIAS DE OURIÇOS-DO-MAR E RELAÇÕES COM O HABITAT EM DIFERENTES RECIFES BRASILEIROS
Orientador
- SERGIO RICARDO FLOETER
Aluno
- RACHEL LABBE BELLAS
Conteúdo
Em ambientes costeiros rasos, sabe-se que os ouriços-do-mar têm um papel ecológico importante, controlando a abundância de macroalgas e permitindo a coexistência de algas crostosas coralinas, e muitas vezes o assentamento de larvas de corais. o efeito dos ouriços sobre as algas é um fenômeno bem documentado em uma ampla variedade de habitats. o interesse sobre esse tópico iniciou na década de 70, nos estados unidos da américa, com o trabalho de base nos mares temperados, onde aconteceu a proliferação de ouriços que causou a depleção nas zonas de macro algas, transformando-as em áreas dominadas por algas calcarias sabe-se também que a estrutura física do habitat e outros fatores bióticos e abióticos podem influenciar a distribuição dos ouriços, devido à intensa relação que esses organismos têm com o substrato, como alimentação e locomoção. poucos estudos foram realizados no atlântico tropical sudoeste avaliando as assembleias de ouriços em substratos consolidados. cinco espécies de equinóides são conhecidas para os estados de santa catarina e bahia do brasil, não existindo para elas dados de densidade e distribuição com relação aos habitats. o objetivo geral desse estudo foi avaliar os padrões de ocorrência e abundância de ouriços em função das características do micro-habitat em recifes coralíneos e rochosos do atlântico sul ocidental. para isso verificamos: (1) a abundância e diversidade dos ouriços e (2) as relações dos ouriços com o habitat em diferentes tipos de recifes. particularmente, buscamos avaliar a abundância em três recifes rochosos (sc) e um recife de coral (ba) para entender a relação das assembleias de ouriços com a estrutura do habitat: complexidade, profundidade, porcentagem de cobertura de bentos. foi quantificada a riqueza e abundância dos ouriços-do-mar e foram avaliadas variáveis bióticas e abióticas do habitat. as amostragens foram realizadas através de mergulho autônomo, e os parâmetros bióticos e abióticos foram avaliados in situ através de contagens de organismos e classificação dos microhabitats em quadrados de 0.5mx0.5m. seis espécies foram encontradas para sc, incluindo um novo registro da espécie tripneustes ventricosus. no recife coralíneo (recife de fora, ba), encontramos quatro espécies mas e. lucunter foi a espécie dominante com média de 12,7 ±1,1 ind.m-2. nos recifes rochosos de santa catarina, a densidade média de e. lucunter na faixa rasa (1-5 m) foi de 5,12 ± 2,1 ind.m-2. outras espécies, apesar de terem densidades mais baixas, também foram representativas (e.g. arbacia lixula 1,67 ind.m-2; paracentrotus gaimardi 1,34 ind.m-2). em relação ao habitat, na escala do microhabitat, a composição de ouriços de santa catarina foi melhor explicada pela seguinte variável: a complexidade de habitat (bioenv; pw=0,22). no recife de fora (ba), a abundância de ouriços foi melhor explicada pela cobertura de buracos (bioenv; pw= 0,217), que também é resultado do ouriço escavando o recife, e assim criando uma maior complexidade do habitat. no mesmo recife, a densidade de e. lucunter também teve relação com esse mesmo fator abiótico (r=0,37; p<0,0001). os resultados do ambiente rochoso em santa catarina nos levam a concluir que o efeito de habitat na comunidade de ouriços é espécie-específico. para o recife coralíneo amostrado na bahia, sugerimos uma menor redundância funcional de ouriços herbívoros no sistema (quando comparado ao recife rochoso). esse resultado pode ser importante em termos de resiliência do sistema. mais estudos sobre os ouriços devem ser considerados para ajudar entender seu papel em sistemas recifais em mudança e para subsidiar ações que promovam a manutenção da resiliência de sistemas recifais.
Índice de Shannon: 3.40473
Índice de Gini: 0.851886
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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3,32% | 3,37% | 3,87% | 2,93% | 3,71% | 3,01% | 3,38% | 3,97% | 4,01% | 3,81% | 5,39% | 2,95% | 3,97% | 31,85% | 16,46% | 4,03% |
ODS Predominates


3,32%

3,37%

3,87%

2,93%

3,71%

3,01%

3,38%

3,97%

4,01%

3,81%

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2,95%

3,97%

31,85%

16,46%

4,03%