
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Não Informado
Departamento: Não Informado
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Social
Tipo do Documento: Dissertação
Título: ERVA-MATE (ILEX PARAGUARIENSIS) ST. HIL EM CÁPSULAS: ESTUDOS DE TOXICIDADE CLÍNICA E EFEITOS HIPOCOLESTEROLÊMICO E ANTIOXIDANTE EM INDIVÍDUOS COM DISLIPIDEMIAS
Orientador
- EDSON LUIZ DA SILVA
Aluno
- ALINE MINUZZI BECKER
Conteúdo
Infusões de erva-mate (ilex paraguariensis, st. hil., aquifoleacea) possuem propriedades hipocolesterolêmica e antioxidante, dentre outras. no entanto, muitas pessoas não mantém o hábito de ingerir chás, particularmente aqueles de sabor amargo como a erva-mate, e deixam de se beneficiar dessas propriedades. assim, idealizamos a produção de cápsulas de erva-mate e o objetivo deste estudo foi verificar a eventual toxicidade clínica da ingestão de cápsulas contendo extrato seco de erva-mate verde por indivíduos saudáveis, e avaliar o potencial hipocolesterolêmico e antioxidante das cápsulas de erva-mate verde (emv) e tostada (emt), em indivíduos dislipidêmicos (dlp), e em indivíduos com hipercolesterolemia sob tratamento com estatinas (hce). participaram deste estudo 77 indivíduos (n = 48/29, m/h), com idade média de 45,2  1,4 anos. inicialmente, foi realizado o estudo toxicológico agudo (sete dias) e crônico (60 dias) com indivíduos normolipidêmicos (nlp; n = 14) que ingeriram emv. no estudo hipocolesterolêmico e antioxidante, os indivíduos dlp foram distribuídos em três grupos: i) dlp-emv, n = 16; ii) dlp-emt, n = 16 e; iii) placebo (dlp-pl), n = 16. os indivíduos hce foram distribuídos em dois grupos: i) hce-emv, n = 8; e ii) hce-pl, n = 7. todos os indivíduos ingeriram três cápsulas com extrato seco de erva-mate verde, tostada ou placebo, 3 vezes/dia, durante 60 dias. amostras de sangue foram coletadas, após jejum de 12-14 h antes e após 7, 30 e 60 dias da ingestão das cápsulas, para as avaliações toxicológicas e determinações do perfil lipídico e marcadores do estresse oxidativo. as diferenças foram avaliadas pela análise de variância (anova) e teste de tukey, teste t pareado de student, anova para medidas repetidas e teste complementar de tukey ou teste de friedman, considerando p < 0,05 como signficativo. com base nos resultados das análises bioquímicas, hematológicas e do eletrocardiograma, não houve alterações toxicológicas agudas ou crônicas referentes à ingestão das cápsulas de emv por indivíduos saudáveis. nos indivíduos nlp, houve aumento médio de 10,4 mg/dl (20,5%) no hdl-c e diminuição de 13,5 e 17,5% nas relações ct/hdl-c e ldl-c/hdl-c, respectivamente, após 60 dias (p < 0,05). nos indivíduos do grupo dlp, a ingestão de cápsulas de emv durante 60 dias provocou aumento no hdl-c de 5,6 mg/dl (10,7%; p < 0,001) após 60 dias e o consumo de cápsulas de emt provocou diminuição de tg de 30,1 e 45,7 mg/dl (-13,6 e -20,7%, respectivamente; p < 0,05), após 30 e 60 dias, respectivamente. não houve variação expressiva no grupo pl. o consumo de cápsulas de emv pelos indivíduos hce promoveu diminuição média de 18,8 mg/dl de ldl-c (-12,7%) após 60 dias, porém sem diferença estatística. após 30 e 60 dias, houve redução não significativa de tg de 42,2 mg/dl (-12,0%) e 20,2 mg/dl (-7,3%), respectivamente, e sd-ldl-c de 10,0 e 9,9 mg/dl respectivamente, enquanto que as variações no grupo pl foram inexpressivas. também houve melhora nos marcadores do estresse oxidativo, especialmente nos indivíduos que consumiram as cápsulas de emv. nos indivíduos nlp e dlp, foi observado aumento significativo na capacidade antioxidante sérica de 16 e 17,5%, em média, respectivamente (p < 0,001); diminuição na concentração de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (tbars) de 42 e 52%, respectivamente (p < 0,001); diminuição na concentração de hidroperóxidos lipídios (looh) de 35 e 47,5%, respectivamente (p < 0,05). os indivíduos nlp apresentaram elevação de glutationa reduzida após 7 e 60 dias, respectivamente, do consumo de cápsulas de emv. houve aumento de 50%, em média, na atividade da superóxido dismutase (sod) nos indivíduos nlp e de 42% nos indivíduos dlp após 60 dias (p < 0,05). a atividade da catalase aumentou 82 e 27,5%, após sete e 30 dias, respectivamente, nos indivíduos nlp e 14,7% nos indivíduos dlp após 30 dias de consumo de emv. no entanto, não houve alteração significativa na atividade da glutationa peroxidase (gpx). a atividade da enzima paroxonase aumentou 28,7 e 17,4% nos indivíduos nlp e dlp, respectivamente, após sete dias de consumo de emv. nos indivíduos do grupo hce-emv, houve aumento de 18%, em média, na capacidade antioxidante e diminuição de 43%, em média, na concentração de looh e de 60% de tbars após sete dias (p < 0,05). após 30 dias, houve aumento de 26% na atividade da sod (p < 0,05). porém, não houve variação significativa para gsh, gpx e catalase. com base nestes resultados, evidencia-se que as cápsulas de erva-mate não apresentaram toxicidade clínica e podem ser uma alternativa para o consumo de infusões. além disso, o consumo das cápsulas de erva-mate auxiliou na melhora do perfil lipídico e antioxidante, que pode contribuir para a diminuição do risco de doença arterial coronariana.
Índice de Shannon: 3.98427
Índice de Gini: 0.936145
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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4,91% | 5,86% | 7,35% | 7,71% | 6,29% | 5,19% | 5,98% | 7,47% | 7,01% | 5,31% | 7,19% | 5,33% | 6,92% | 6,45% | 4,88% | 6,16% |
ODS Predominates


4,91%

5,86%

7,35%

7,71%

6,29%

5,19%

5,98%

7,47%

7,01%

5,31%

7,19%

5,33%

6,92%

6,45%

4,88%

6,16%