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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Não Informado

Departamento: Não Informado

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Econômica

Tipo do Documento: Dissertação

Título: "TÉCNICAS ETOLÓGICAS PARA TREINO PRÉ-SOLTURA DE PAPAGAIOS-DE-PEITO-ROXO (AMAZONA VINACEA), COMO INSTRUMENTO DE ADAPTAÇÃO À VIDA LIVRE EM AMBIENTE SELVAGEM"

Orientador
  • LUIZ CARLOS PINHEIRO MACHADO FILHO
Aluno
  • JOICE RECHE PEDROSO

Conteúdo

O papagaio-de-peito-roxo (amazona vinacea) é endêmico da mata atlântica e atualmente ameaçado de extinção em decorrência, principalmente, de ações antrópicas. uma das ferramentas para se conservar espécies ameaçadas é reintroduzi-las na natureza. no entanto, para que os indivíduos possuam maiores chances de se adaptar em ambiente selvagem, é importante adotar alguns critérios no período pré-soltura, dentre eles, a preparação comportamental. o presente estudo teve por objetivos melhorar a habilidade de voo e enfraquecer a associação de humanos à oferta de alimentos em papagaios-de-peito-roxo candidatos à soltura em um projeto de reintrodução da espécie no parque nacional das araucárias, santa catarina. para atingir tais objetivos, foram utilizados dois grupos de a. vinacea (grupos 1 e 2) e dois treinamentos comportamentais, sendo o treinamento de voo aplicado nos grupos 1 e 2 e o treinamento de aversão à humanos associados a alimentos aplicado somente no grupo 2. em adicional, foram apresentados os dados de aproximação do grupo 2 à áreas povoadas durante o primeiro ano pós-soltura. o grupo 1 (n=15) foi alojado no centro de triagem de animais silvestres de florianópolis entre setembro de 2010 e janeiro de 2011. por 90 dias, as aves foram treinadas a voar de uma extremidade à outra do recinto utilizando o reforço negativo como técnica de condicionamento operante. para isso, um estímulo negativo (rede de captura) foi apresentado ao grupo e após 5 minutos de resposta de voo, o mesmo foi retirado. o grupo 2 (n=33), alojado na escola sarapiquá de florianópolis entre julho e setembro de 2012, recebeu o treinamento de voo por 49 dias, seguindo a mesma metodologia do grupo 1. para avaliar possíveis diferenças na habilidade de voo individual, foi realizado um teste comportamental pré- e pós-treinamento (teste de habilidade de voo) em ambos os grupos, onde para cada animal foi atribuído um escore que variou de 0 a 4. o escore 0 representou as aves que não levantavam voo do chão e não voavam; o escore 1, aquelas que não levantavam voo do chão, porém voavam em ritmo inconstante sem manter o mesmo nível de altura; o escore 2, os animais que levantavam voo do chão, voavam em ritmo constante mas não mantinham o mesmo nível de altura; o escore 3, as aves que levantavam voo do chão, voavam em ritmo constante e mantinham o mesmo nível de altura; e o escore 4, aquelas que levantavam voo do chão, mantinham o ritmo constante e o mesmo nível de altura epermaneciam fora do alcance humano. as variáveis dependentes (pré- e pós-treinamento) foram comparadas através do wilcoxon matched pairs test (p < 0,05). no grupo 1, a mediana pós-treinamento (md=4) foi significativamente maior que a mediana pré-treinamento (md=2). no grupo 2, não houve diferença entre as medianas pré- e pós-treinamento. os valores mínimos dos escores de ambos os grupos foram superiores pós-treinamento (min = 1). o treinamento de aversão à humanos associados à oferta de alimentos foi aplicado no grupo 2 por 18 dias, utilizando a punição como técnica de condicionamento operante. um humano familiar ao animal entrava no recinto e ofertava para cada animal uma semente de araucaria angustifolia ou mistura de sementes para psitacídeos. quando as aves aproximaram-se do humano para tocar o alimento, as mesmas foram punidas através da apresentação de um estimulo negativo (barulho de uma lata de alumínio com pedras em seu interior). um teste comportamental (teste de oferta de alimentos) avaliou possíveis diferenças individuais pré- e pós-treinamento. as variáveis dependentes (pré- e pós-treinamento) foram comparadas através do wilcoxon matched pairs test (p < 0,05). a mediana pré-treinamento (md = 1) foi significativamente menor do que a mediana pós-treinamento (md = 2). o valor mínimo dos escores foi equivalente pré- e pós-treinamento. treze aves do grupo 1 e 30 do grupo 2 foram soltas no parque nacional das araucárias (pna), santa catarina, em janeiro de 2011 e setembro de 2012, respectivamente. o monitoramento inicialmente foi realizado de janeiro à julho de 2011 (grupo 1) e posteriormente de setembro de 2012 à setembro de 2013 (grupos 1 e 2) através de rádio-telemetria, observações, escuta de vocalização e monitoramento comunitário. das 30 aves soltas do grupo 2, 33% se aproximaram de áreas povoadas em setembro de 2012. o número de aproximações foi reduzido em 78% no último mês de coleta de dados (setembro de 2013). ações de educação ambiental incluindo palestras, diálogos informais com moradores locais, entrega de materiais educativos, entre outras, foram implementadas às comunidades residentes na região do pna, seu entorno e zona de influência. a técnica de condicionamento operante em ambos os treinamentos foi efetiva para atingir em parte os objetivos deste estudo. o treinamento de aversão à humanos associados à oferta de alimentos em conjunto com as atividades de educação ambiental possivelmente preveniram a captura dos espécimes do grupo 2 por humanos no pna.

Índice de Shannon: 3.78478

Índice de Gini: 0.916233

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
4,15% 13,14% 6,32% 12,70% 3,95% 2,71% 2,58% 14,12% 4,60% 5,21% 4,88% 4,24% 3,27% 4,84% 8,24% 5,04%
ODS Predominates
ODS 8
ODS 1

4,15%

ODS 2

13,14%

ODS 3

6,32%

ODS 4

12,70%

ODS 5

3,95%

ODS 6

2,71%

ODS 7

2,58%

ODS 8

14,12%

ODS 9

4,60%

ODS 10

5,21%

ODS 11

4,88%

ODS 12

4,24%

ODS 13

3,27%

ODS 14

4,84%

ODS 15

8,24%

ODS 16

5,04%