
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Não Informado
Departamento: Não Informado
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Social
Tipo do Documento: Dissertação
Título: ATITUDES E PERCEPÇÕES DE PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS DA ÁREA DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS NO BRASIL SOBRE BEM-ESTAR ANIMAL NA AGRICULTURA
Orientador
- MARIA JOSE HOTZEL
Aluno
- AURILEDIA BATISTA TEIXEIRA
Conteúdo
Este trabalho foi realizado para analisar as atitudes e percepções dos docentes universitários das ciências agrárias do brasil, em relação ao bem-estar de animais de produção. a pesquisa foi realizada através de um questionário enviado por e-mail para 1951 docentes de 51 instituições de ensino das cinco regiões do brasil. a taxa de resposta foi de 15,8%. nossos respondentes consistiram de 60% de veterinários, 28% de zootecnistas e 12% de agrônomos, sendo 56% de todos os respondentes do sexo masculino e 44% feminino. dos profissionais que participaram da pesquisa, apenas 23% dos agrônomos, 46% dos zootecnistas e 30% dos veterinários afirmaram ter recebido informações específicas sobre bem-estar animal. de forma geral, os docentes concordaram com as cinco liberdades com mais de 90% de aprovação, exceto para a liberdade comportamental que apenas 79% dos respondentes concordaram ou concordaram fortemente. respondentes do sexo feminino apresentaram valores médios na escala likert maiores do que os do sexo masculino para as liberdades relacionadas: a dor e desconforto (p=0,02), comportamentos naturais (p=0,01) e, medo ou estresse (p=0,05). entre as profissões, zootecnistas apresentaram valores médios menores para a liberdade comportamental (p=0,03). mais de 65% dos participantes responderam que várias mudanças são necessárias no sistema de criação de poedeiras, suínos e frangos de corte; já na criação de bovinos leiteiros, bovinos de corte, ovinos e caprinos mais de 55% dos participantes acreditam que poucas mudanças são necessárias. os profissionais que afirmaram não ter recebido ensino de bem-estar animal durante a sua formação profissional escolheram mais do que aqueles que receberam (p<0,05) a opção ?várias mudanças são necessárias? na criação de poedeiras, suínos e frango de corte. das dez práticas de produção apresentadas no questionário a opção ?precisa mudar ou eliminar mesmo havendo custos? obteve um maior número de respostas. a maior parte dos respondentes (64%) considerou a opção ?o animal sentir-se bem, expressar seus comportamentos naturais e ter saúde? como uma definição adequada de bem-estar animal. somente em relação à criação de suínos houve uma tendência das mulheres responderem mais que homens (p=0,07) que várias mudanças são necessárias na criação. os profissionais que afirmaram não ter recebido ensino de bem-estar animal que receberam (p<0,05) a opção ?várias mudanças são necessárias? na criação de poedeiras, suínos e frango de corte. em relação à inserção da disciplina obrigatória de bem-estar animal nos cursos das ciências agrárias, 89% concordou que é importante que haja uma disciplina obrigatória e 69% concordaram que o tema deve ser ensinado em todos os cursos de ciências agrárias. concluímos que as atitudes dos docentes, de forma geral, são boas em relação ao bem-estar animal. porém quando deparados com práticas específicas relacionadas ao bem-estar animal, a preocupação foi menor em muitos casos. a visão econômica e produtiva em relação à criação animal parece determinar algumas respostas em relação às práticas. assim, ao responder sobre as práticas que estão incorporadas nos sistemas de criação animal no brasil há anos, muitos docentes respondem com a visão de que as mudanças podem gerar aumento do custo, tempo e trabalho. embora o processo de melhorar atitudes em relação ao bem-estar animal possa ser lento, maior incentivo público a pesquisas na área podem auxiliar positivamente na mudança de atitudes dos profissionais das ciências agrárias.
Índice de Shannon: 3.60199
Índice de Gini: 0.877481
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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3,83% | 29,67% | 5,22% | 5,64% | 6,49% | 3,89% | 4,03% | 6,14% | 4,72% | 3,18% | 3,73% | 3,72% | 4,49% | 4,83% | 6,25% | 4,17% |
ODS Predominates


3,83%

29,67%

5,22%

5,64%

6,49%

3,89%

4,03%

6,14%

4,72%

3,18%

3,73%

3,72%

4,49%

4,83%

6,25%

4,17%