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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Não Informado

Departamento: Não Informado

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Econômica

Tipo do Documento: Dissertação

Título: RESPOSTAS FISIOLÓGICAS E PERCEPTUAIS DA VELOCIDADE CRÍTICA EM ATLETAS DE HANDCYCLING

Orientador
  • RICARDO DANTAS DE LUCAS
Aluno
  • DIEGO ANTUNES

Conteúdo

Nos últimos anos, o handcycling vem se consolidando como uma modalidade excelente para melhora da aptidão física e como modalidade paradesportiva para pessoas com lesão medular (lm). a avaliação aeróbia e o entendimento das demandas fisiológicas nos esportes paralímpicos são essenciais para cientistas, treinadores e atletas, principalmente em esportes de endurance. além disso, ela é imprescindível para prescrição dos exercícios com membro superior, podendo assim fornecer o que é possível alcançar em termos de capacidade aeróbia. a caracterização da relação velocidade-tempo limite, conhecida como modelo de velocidade crítica (vc) carece de mais investigações nessa modalidade; atletas com lm tem características específicas em relação as respostas fisiológicas e perceptuais durante o exercício de endurance. dessa forma, o objetivo do presente estudo foi caracterizar a relação velocidade-tempo no handcycling, bem como analisar as respostas fisiológicas e perceptuais durante o exercício na vc em sujeitos com lm. além disso, analisar a associação da vc com métodos tradicionalmente utilizados (2º limiar ventilatório – lv2 e ponto de deflexão da frequência cardíaca - pdfc) para determinação dos limiares fisiológicos. oito atletas de handcycling com lm sendo duas mulheres e seis homens (34 ± 4,6 anos; 69,6 ± 9,4 kg; 173 ± 8,2cm; 4 tetraplégicos e 4 paraplégicos) participaram do estudo. os participantes realizaram em esteira rolante, i) um teste incremental; ii) três testes até a exaustão para determinação da vc; iii) uma sessão de exercício intervalado na vc. a vc foi calculada e comparada a partir de três modelos matemáticos, sendo dois lineares e um hiperbólico. o exercício intervalado na vc foi realizado com 5 minutos de exercício e pausas de 50 segundos, sendo proposto ao atleta completar 6 repetições (total 30 minutos de exercício) ou até atingir a exaustão. a partir desta sessão, foi identificada a carga de treinamento através da percepção subjetiva de esforço (pse) pós sessão e pela fc média. desta forma, o impulso de treino da sessão (trimp), foi comparado pelo método baseado na pse (trimppse) e outro baseado na frequência cardíaca (trimpfc). os parâmetros de vc e d’ não apresentaram diferenças (p>0,05) entre os três modelos de determinação (linear relação entre distância-tempo: lin - dt; linear relação entre velocidade1/tempo: lin - v; hiperbólico: relação entre velocidade-tempo). foi encontrado um excelente ajuste em todos os modelos lin – dt (r² = 0,99), lin – v (r² = 0,94) e hiperbólico (r²= 0,97); e também um baixo erro padrão de estimativa para os modelos lin – dt (1,79 ± 0,45%), lin – v (3,1 ± 1,89%) e hiperbólico (1,79 ± 0,45%). o lv2, pdfc e a vc foram identificadas na mesma zona de intensidade (70,8-74,1% do vo2pico), e os três métodos apresentaram boa correlação entre as variáveis de velocidade, consumo de oxigênio (vo2) e frequência cardíaca (fc). durante o exercício intervalado na vc, a resposta do vo2 e as concentrações de lactato [lac] permaneceram estáveis ao longo das repetições. adicionalmente, a fc após 10 minutos de exercício também permaneceu estável ao longo do exercício intervalado na vc. de outra forma a pse foi aumentando ao longo do exercício. a carga de treino através dos dois métodos foram de 127 ± 20ua (trimpfc) e 197 ± 33ua (trimppse), sendo diferentes entre si e os dois métodos apresentaram uma baixa correlação (r=-0,12). por tanto, estes resultados demonstram que o modelo de vc apresenta uma boa aplicabilidade em atletas com lm na modalidade de handcycling. o modelo de vc se apresenta potencialmente como uma ferramenta para delimitação dos domínios de intensidade pesado e severo, assim como para a determinação mais precisa de intensidades durante o treinamento intervalado. a partir das respostas fisiológicas e perceptuais durante o exercício na vc, quando se busca um treinamento intervalado com o estado estável das [lac] e do vo2 em intensidades submáximas, o modelo utilizado de (5min:50seg) se apresenta como uma interessante alternativa. deve-se ter cautela com a utilização da fc tanto para regular a intensidade do exercício como para o monitoramento da carga de treino. por outra lado, a pse ainda se apresenta como uma alternativa para regular a intensidade do exercício e monitoramento de carga nessa população. em conclusão, o modelo de vc parece ser uma boa alternativa para determinação das intensidades do treinamento em atletas de handcycling com lm, apresentando boa associação com os métodos tradicionais (lv2 e pdfc) para determinação dos limiares fisiológicos e quando realizado o exercício intervalado na vc é provável estar associado com o estado estável de lactato nesses atletas. mais estudos são necessários para investigar as respostas na vc ou usando o modelo da vc em exercícios com membros superiores e em indivíduos com lm, também é preciso compreender a tolerância em exercícios de resistência na intensidade da vc.

Índice de Shannon: 3.9352

Índice de Gini: 0.931297

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
5,58% 5,68% 10,53% 7,39% 5,68% 4,73% 6,11% 11,17% 6,76% 5,32% 7,12% 4,93% 3,62% 5,27% 4,62% 5,48%
ODS Predominates
ODS 8
ODS 1

5,58%

ODS 2

5,68%

ODS 3

10,53%

ODS 4

7,39%

ODS 5

5,68%

ODS 6

4,73%

ODS 7

6,11%

ODS 8

11,17%

ODS 9

6,76%

ODS 10

5,32%

ODS 11

7,12%

ODS 12

4,93%

ODS 13

3,62%

ODS 14

5,27%

ODS 15

4,62%

ODS 16

5,48%