Também conhecidas por icemakers, as máquinas de gelo estão cada vez mais presentes em refrigeradores domésticos, onde ar frio, proveniente do compartimento congelador ou evaporador dedicado, é utilizado para produzir gelo de forma automática e periódica. o presente trabalho tem seu foco voltado à caracterização do desempenho de máquinas de gelo através de métodos numéricos e experimentais. a frente experimental do trabalho contou com um túnel de vento em circuito fechado especialmente projetado e construído para esta finalidade, o qual permite um controle rigoroso da vazão e da temperatura do ar na entrada da seção de testes, onde a máquina de gelo, instrumentada com termopares, é posicionada de maneira a emular a condição existente no refrigerador. curvas de resfriamento e congelamento foram obtidas para diferentes cubos de gelo em duas bandejas distintas, com 10 e 21 volumes, em diferentes condições de operação (vazões entre 5 e 25 m³/h, temperaturas entre -5 e -25°c). com base nas curvas de resfriamento, um algoritmo foi desenvolvido para identificar o momento exato em que o cubo de gelo está totalmente na fase sólida, aumentando a produção. a frente numérica tratou da modelagem do processo de transferência de calor com mudança de fase a fim de simular a produção de gelo a partir da geometria da bandeja e das condições de operação. um modelo tridimensional de fronteiras móveis foi desenvolvido com base na solução de stefan e validado contra os dados experimentais, apresentando erros na faixa de ±10% para o tempo de produção de gelo. por fim, uma correlação semi-empírica, formulada a partir do modelo de plank para o tempo de congelamento, foi proposta e ajustada para cada um dos modelos de máquinas de gelo, sendo capaz de prever o tempo de produção de gelo com erros na faixa de ±10%. utilizando os métodos numéricos e experimentais desenvolvidos neste trabalho, uma nova máquina de gelo foi projetada, prototipada e testada, apresentando o dobro da taxa diária de produção de gelo da máquina original.